A HIPOCRISIA
Tudo em Jesus me impressiona. Seu ser, Suas palavras, Seus gestos, Suas virtudes. Tudo, enfim.
Aguardo o dia de estar na "Casa do Pai" para oferecer-Lhe a adoração que Ele merece, sem as rudes fragilidades desta vida terrenal.
Tudo me impressiona em meu Querido Mestre.
Hoje, quero destacar o Seu cuidado com as palavras, quando por aqui passou. Com que sabedoria as escolheu! Com que sublimidade as pronunciou!
Algumas vezes tenho pensado que Suas mais tristes frases foram as que Ele iniciou com as palavras AI DE VÓS...
Seria de esperar que o Mestre usasse tal expressão para o tipo de pecado – e de pecadores por nós rotulado de pior(es). Os leitores bem os conhecem.
Mas assim não foi.
Ofereceu perdão para a mulher adúltera, retratou a compaixão que merecia o filho perdulário, saboreou uma refeição com o descriminado Mateus, fez de uma ex-endemoninhada a pioneira de Missões, conversou longamente com a destemperada mulher de Samaria, chamou um caloteiro de Jericó de filho de Abraão e entrou em sua casa, convocou dois jovens arruaceiros para estarem entre Seus discípulos e abençoou um malfeitor na hora da morte, tornando-o um convidado especial para a inauguração do Paraiso.
No entanto, quando contemplava os hipócritas, não poupou palavras de dura repreensão e severo juízo.
Todo mundo sabe que os hipócritas continuam a existir. Às vezes proliferam como ratos. E se tornam invulneráveis a qualquer tipo de raticida.
Mas nem todos na Casa de Deus estão combatendo a sua hipocrisia, como Jesus fez.
Quem concorda com um hipócrita, mais cedo ou mais tarde será hipócrita também. O vírus da hipocrisia se transmite mais facilmente do que sarampo ou varíola.
Quem defende um hipócrita é tão hipócrita quanto ele.
Quem bajula um hipócrita é mais hipócrita que ele.
Os hipócritas usam simultaneamente as duas mãos. Com uma afagam. Com a outra, apunhalam. Como morcegos, assopram uma suave brisa enquanto chupam e sugam o sangue de suas vítimas.
Os hipócritas mandam um e-mail de bajulação para um amigo e no e-mail seguinte "detonam" o mesmo amigo.
Os hipócritas levantam a mão no culto apoiando uma decisão pastoral e quando chegam na calçada dizem que apoiaram mas estão visceralmente contra.
Todo hipócrita é conhecido pela facilidade com que dá um tapinha nas costas do seu líder. É com essa mesma mão que cumprimentam outros hipócritas e planejam a derrota do líder.
Todo hipócrita é manhoso. Todo hipócrita é cínico. Todo hipócrita é crítico e zombador sem piedade (Sl 35.16). Todo hipócrita é desleal. Todo hipócrita é falante. Todo hipócrita é destruidor de vidas, Pv 11.9. Todo hipócrita é mentiroso. Todo hipócrita é falso. Vários hipócritas têm o hábito de beijar o líder. Alguns melosamente o chamam de meu pastor.
Todo hipócrita tem duplicidade de palavras e de atos. Diz uma coisa, enquanto está pensando noutra. Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim. Mc 7.6.
Se a hipocrisia é enfermidade entre os membros da Igreja, entre os ministros é veneno letal.
Como identificar os hipócritas?
Jesus declarou (Mt 6.2) que eles gostam de tocar trombetas em função das esmolas que dão, quer nas sinagogas, quer nas ruas. São loucos por aplausos humanos, visto serem famintos inveterados. Têm uma insaciável fome de glória.
Os hipócritas amam os holofotes. Não podem viver fora das manchetes. É isto que entendemos quando lemos Mt 6.4. Para eles, orar baixo não vale a pena, porque os gravadores não registram a beleza de seus discursos para o Infinito. As esquinas das ruas são o local preferido para a montagem de seus palcos, pois a multidão que passa precisa, depois, fazer seus adocicados comentários nos orkuts da vida.
Como não jejuam para Deus, precisam do reconhecimento da congregação. Isto posto, são caprichosos na apresentação visual de um rosto entristecido, adornado pela maquiagem de uma falsa piedade. Parece, às vezes, que perderam filhos na guerra, ou irmãos no incêndio, de tão tristes que se mostram. Na verdade, apenas perderam a si mesmos. Não esqueça a marca registrada dessa matilha: "para serem vistos pelos homens".
Os hipócritas não gostam de aprender. Ao contrário, tentam especializar-se em poucos temas, e fazem deles os ícones da sua vida. E vão a todos os lugares, fazendo perguntas unicamente sobre aquilo que julgam saber, a fim de parecerem sábios, enquanto humilham aqueles aos quais interrogam. Uma plataforma ideal para eles: classes da Escola Bíblica Dominical. Mas, também em outras reuniões, como cultos nos lares, etc., etc.
Foi assim desde os tempos de Jesus, como se lê em Mt 22.18.
Jesus não os chamou de irmãos, nem de discípulos, nem de coitados, nem de servos. Chamou-os de hipócritas. Essa é sua verdadeira identidade.
Jesus nos ensina que os hipócritas, em qualquer igreja, chegam a tornar-se o maior entrave para a Evangelização dos perdidos. Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar, Mt 23.13. Vale acrescentar que eles anulam o evangelismo, mas defendem o proselitismo: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós. Mt 23.15.
Os hipócritas a ninguém poupam. Mas, existem alguns alvos favoritos, como as viúvas. Novamente, é Jesus quem declara: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque devorais as casas das viúvas e sob pretexto fazeis longas orações; por isso recebereis maior condenação. Mt 23.14.
Apesar de serem meticulosos na entrega dos dízimos de hortaliças (e do dinheiro?) Jesus declarou que a balança dos hipócritas está desequilibrada. Pensando nas antigas balanças de dois pratos, os hipócritas somente usam um: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas. Mt 23.23.
O cuidado que os hipócritas manifestam pela aparência das coisas aproxima-se do fanatismo. Para eles o melhor do culto é a liturgia, são escravos da formalidade e críticos mordazes do sobrenatural. Todo hipócrita abomina o sobrenatural. Essa voraz paixão pelo exterior anulou toda a visão do interior, do realmente sagrado, do profundamente espiritual. Recordemos as palavras do Mestre: Ai de vós, escribas e fariseus,hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança. Mt 23.25.
Existe uma grande aproximação entre hipócritas e cemitérios. Hipócritas estão espiritualmente mortos. Cemitério é lugar de mortos. Cemitério é lugar de sepulcros. Hipócritas, declarou Jesus, são semelhantes a sepulcros. Existem cemitérios que encantam pelo visual exterior. Mas todos sabemos o que existe lá por dentro. Exatamente assim são os hipócritas.
Mais uma vez o Mestre fala: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia. Mt 23.27.
Ainda é tempo de colocar as coisas no lugar.
Deixemos os hipócritas onde devem ficar. Por que introduzi-los no sagrado Ministério? Por que lhes oferecer cargos e posições, como se isto pudesse transformar suas vidas ocas? Como fazer de um hipócrita um pastor, se Jesus afirmou que eles não entrarão no Céu (Mt 24.50,51)?
Queira o Senhor Jesus conceder-nos a tríplice graça: (1) de abominarmos (2) de condenarmos e (3) de nos defendermos dos hipócritas.
Sem eles, a igreja marchará muito melhor!
Um grande desejo para o próximo ano: que durante ele haja menos hipócritas na Casa de Deus.
domingo, 25 de dezembro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
PRINCIPES VERSUS SERVOS
Faltariam palavras a qualquer mortal se desejasse expressar a sublimidade do favor divino para com aqueles que dedicam suas vidas ao Senhor Jesus.
Nossa nova condição nos propiciou um status único entre os demais seres humanos: filhos de Deus. Jo 1.12.
Ser filho de Deus significa ser filho do REI DO UNIVERSO, Soberano dos soberanos, Criador Eterno, o Todo-Poderoso, El Shaddai.
Ser filho do Rei significa ser príncipe e possuir autoridade, dignidade, respeitabilidade.
No entanto, devemos ser vigilantes, cautelosos, sensatos e humildes.
Não podemos nem devemos superestimar nossa condição de filhos do Rei. Não devemos confundir filhos do rei com o próprio rei.
Freqüentemente se ouve nos púlpitos de nossas igrejas obreiros sinceros que são possuídos de grande entusiasmo e começam a decretar bênçãos, favores e graças a pessoas da comunidade.
A pergunta é esta: um príncipe possui a mesma autoridade do Rei? Ou seja, príncipe pode decretar, como se rei fosse?
Se não me equivoco, Jesus nos mandou orar PEDINDO e não orar DECRETANDO.
Procure examinar no texto sagrado as referências aos decretos e veja como decretar é próprio das autoridades do mais alto escalão.
Não queiramos ser pequenos deuses. Sejamos grandes filhos de Deus. Grandes em gratidão, grandes em humildade, grandes em submissão.
Não me parece que estamos autorizados a decretar curas e riquezas.
No entanto, podemos ministrar a bênção do Senhor.
Nada perderemos se tomarmos algum tempo examinando a diferença entre bênção ministrada e compartilhada e o decreto outorgado.
Deus em tudo nos ajude a acertarmos sempre, na realização de nossa tarefa ministerial.
EXTRAIDO E COPILADO
Nossa nova condição nos propiciou um status único entre os demais seres humanos: filhos de Deus. Jo 1.12.
Ser filho de Deus significa ser filho do REI DO UNIVERSO, Soberano dos soberanos, Criador Eterno, o Todo-Poderoso, El Shaddai.
Ser filho do Rei significa ser príncipe e possuir autoridade, dignidade, respeitabilidade.
No entanto, devemos ser vigilantes, cautelosos, sensatos e humildes.
Não podemos nem devemos superestimar nossa condição de filhos do Rei. Não devemos confundir filhos do rei com o próprio rei.
Freqüentemente se ouve nos púlpitos de nossas igrejas obreiros sinceros que são possuídos de grande entusiasmo e começam a decretar bênçãos, favores e graças a pessoas da comunidade.
A pergunta é esta: um príncipe possui a mesma autoridade do Rei? Ou seja, príncipe pode decretar, como se rei fosse?
Se não me equivoco, Jesus nos mandou orar PEDINDO e não orar DECRETANDO.
Procure examinar no texto sagrado as referências aos decretos e veja como decretar é próprio das autoridades do mais alto escalão.
Não queiramos ser pequenos deuses. Sejamos grandes filhos de Deus. Grandes em gratidão, grandes em humildade, grandes em submissão.
Não me parece que estamos autorizados a decretar curas e riquezas.
No entanto, podemos ministrar a bênção do Senhor.
Nada perderemos se tomarmos algum tempo examinando a diferença entre bênção ministrada e compartilhada e o decreto outorgado.
Deus em tudo nos ajude a acertarmos sempre, na realização de nossa tarefa ministerial.
EXTRAIDO E COPILADO
sábado, 10 de setembro de 2011
O Ensinador: AINDA CONSIDERAMOS O VALOR DE UMA ALMA?
O Ensinador: AINDA CONSIDERAMOS O VALOR DE UMA ALMA?: AINDA CONSIDERAMOS O VALOR DE UMA ALMA? Ao referir-se ao valor de uma alma, Jesus declarou ser ela superior a todo o mundo, afinal quem gan...
AINDA CONSIDERAMOS O VALOR DE UMA ALMA?
AINDA CONSIDERAMOS O VALOR DE UMA ALMA?
Ao referir-se ao valor de uma alma, Jesus declarou ser ela superior a todo o mundo, afinal quem ganhou o mundo e perdeu a alma jamais ganhou alguma coisa; é por conta disso que me custa entender a depreciação da alma na atual bolsa de valores de certos Ministérios.
Ouço falar com dolorosa (e dolorida) freqüência que líderes eclesiásticos declaram de seus tronos que qualquer pessoa será excluída se visitar determina Igreja (do mesmo nome, por sinal, mas de outra Convenção), ou se ouvir uma emissora de outra Denominação, ou ainda se comungar em outros arraiais. Mesmo sendo da mesma fé, mesmo lendo a mesma Bíblia. Mesmo indo para o mesmo Céu.
Que vergonha! Que decepção! Que deboche! Que péssimo testemunho para os infiéis! Que traição aos ensinos do Mestre!
Como causa prazer a muitos líderes, decididamente incapazes de ganhar uma alma para Cristo, desligar e desligar e desligar. Excluir, excluir e excluir.
Em muitas igrejas, no fim do ano, quando se apresenta um relatório as estatísticas deixam bem claro que o número dos que entraram é bem menor ao dos que saíram ou foram retirados.
Como têm crescido as igrejas dos filhos, das ovelhas e das moedas perdidas.
Nas parábolas de Lucas 15, o filho se perdeu porque o desejou. A ovelha, porque vacilou. A moeda, porque a dona de casa dela não cuidou. Para alguns é prova de heroísmo expulsar os irmãos que se recusaram a cumprir seus caprichos.
Este é o perigo de ser maioria. Não faz diferença perder aquilo que não se ganhou. Este é o principio que os rege. A casa está tão cheia que, segundo alguns, não faz diferença perder uns. Embora esses uns sejam milhares. Nesta época de globalização, pensar em uma vida parece uma prática extinta.
Precisamos de um reavivamento que faça pastores chorarem por ovelhas, ao invés de as ovelhas chorarem por pastores.
Já não bastam os pseudos-avivalistas, que se preocupam apenas com o barulho e o movimento, e nem de longe estão preocupados e embuídos do sentimento e da necessidade de ganhar almas?
Já não bastam os que se intitulam levitas, mas só se preocupam em manipular as pessoasm com os seus bordões de: vire pro seu irmão e diga isso e diga aquilo, e faça aquilo outro, tornando a igreja num bando de marionetes e apenas preocupados em aumentar sua conta bancária?
Já não bastam os que pensam ser os astros e estrelas, que querem brilhar mais que o sol da justiça, e exigem tratamento vip e tapete vermelho estendido por onde passam, mas que nunca sentaram em uma sala de aula para cursar sequer um curso básico regular de teologia?
Para completar, agora desaparecem os apascentadores, visto que se travestiram de a-pau-sentadores. Está na ordem do dia condenar. Condenar os avivamentos, condenar os dons espirituais, condenar os longanimos, condenar os que não são ricos, condenar os misericordiosos, condenar os pobres condenar os que discordam, condenar os que questionam, condenar os que não bajulam. Somente condenar.
É necessário falar ao povo, advertindo e chamando a atenção para o fato de que Deus não tem filhos prediletos, nem compromissos personalizados com áreas restritas de Seu Povo. Deus não é obrigado a estar em nossas reuniões, quando e se elas não O incluem em seus programas.
É hora de refletir.
A paixão de Deus não é por siglas, nem por rótulos, nem por marcas-e-patentes, nem ainda por palácios. Ele é apaixonado por vidas. Tão apaixonado por elas, a ponto de oferecer Seu Filho para as redimir.
Não sejamos insensatos, perdendo tempo em fazer política, retalhando ainda mais o Corpo do Senhor, e desordenando as fileiras dos redimidos, enquanto apoiarmos cismas e espalhamos confusão. Recusemos decididamente a ser o único exército que devora e mata os seus próprios soldados. Começando pelos feridos em pleno campo de batalha. Amemos as vidas. Busquemos as vidas. Preservemos as vidas. Ajudemos as vidas. Elas valem mais que nosso bem-estar. Elas significam mais que o mundo inteiro.
Se não conseguimos ganhar as que poderiam vir, pelo menos não tratemos de perder as que já estão entre nós. O mais importante de tudo ainda é O VALOR DE UMA ALMA.
Ao referir-se ao valor de uma alma, Jesus declarou ser ela superior a todo o mundo, afinal quem ganhou o mundo e perdeu a alma jamais ganhou alguma coisa; é por conta disso que me custa entender a depreciação da alma na atual bolsa de valores de certos Ministérios.
Ouço falar com dolorosa (e dolorida) freqüência que líderes eclesiásticos declaram de seus tronos que qualquer pessoa será excluída se visitar determina Igreja (do mesmo nome, por sinal, mas de outra Convenção), ou se ouvir uma emissora de outra Denominação, ou ainda se comungar em outros arraiais. Mesmo sendo da mesma fé, mesmo lendo a mesma Bíblia. Mesmo indo para o mesmo Céu.
Que vergonha! Que decepção! Que deboche! Que péssimo testemunho para os infiéis! Que traição aos ensinos do Mestre!
Como causa prazer a muitos líderes, decididamente incapazes de ganhar uma alma para Cristo, desligar e desligar e desligar. Excluir, excluir e excluir.
Em muitas igrejas, no fim do ano, quando se apresenta um relatório as estatísticas deixam bem claro que o número dos que entraram é bem menor ao dos que saíram ou foram retirados.
Como têm crescido as igrejas dos filhos, das ovelhas e das moedas perdidas.
Nas parábolas de Lucas 15, o filho se perdeu porque o desejou. A ovelha, porque vacilou. A moeda, porque a dona de casa dela não cuidou. Para alguns é prova de heroísmo expulsar os irmãos que se recusaram a cumprir seus caprichos.
Este é o perigo de ser maioria. Não faz diferença perder aquilo que não se ganhou. Este é o principio que os rege. A casa está tão cheia que, segundo alguns, não faz diferença perder uns. Embora esses uns sejam milhares. Nesta época de globalização, pensar em uma vida parece uma prática extinta.
Precisamos de um reavivamento que faça pastores chorarem por ovelhas, ao invés de as ovelhas chorarem por pastores.
Já não bastam os pseudos-avivalistas, que se preocupam apenas com o barulho e o movimento, e nem de longe estão preocupados e embuídos do sentimento e da necessidade de ganhar almas?
Já não bastam os que se intitulam levitas, mas só se preocupam em manipular as pessoasm com os seus bordões de: vire pro seu irmão e diga isso e diga aquilo, e faça aquilo outro, tornando a igreja num bando de marionetes e apenas preocupados em aumentar sua conta bancária?
Já não bastam os que pensam ser os astros e estrelas, que querem brilhar mais que o sol da justiça, e exigem tratamento vip e tapete vermelho estendido por onde passam, mas que nunca sentaram em uma sala de aula para cursar sequer um curso básico regular de teologia?
Para completar, agora desaparecem os apascentadores, visto que se travestiram de a-pau-sentadores. Está na ordem do dia condenar. Condenar os avivamentos, condenar os dons espirituais, condenar os longanimos, condenar os que não são ricos, condenar os misericordiosos, condenar os pobres condenar os que discordam, condenar os que questionam, condenar os que não bajulam. Somente condenar.
É necessário falar ao povo, advertindo e chamando a atenção para o fato de que Deus não tem filhos prediletos, nem compromissos personalizados com áreas restritas de Seu Povo. Deus não é obrigado a estar em nossas reuniões, quando e se elas não O incluem em seus programas.
É hora de refletir.
A paixão de Deus não é por siglas, nem por rótulos, nem por marcas-e-patentes, nem ainda por palácios. Ele é apaixonado por vidas. Tão apaixonado por elas, a ponto de oferecer Seu Filho para as redimir.
Não sejamos insensatos, perdendo tempo em fazer política, retalhando ainda mais o Corpo do Senhor, e desordenando as fileiras dos redimidos, enquanto apoiarmos cismas e espalhamos confusão. Recusemos decididamente a ser o único exército que devora e mata os seus próprios soldados. Começando pelos feridos em pleno campo de batalha. Amemos as vidas. Busquemos as vidas. Preservemos as vidas. Ajudemos as vidas. Elas valem mais que nosso bem-estar. Elas significam mais que o mundo inteiro.
Se não conseguimos ganhar as que poderiam vir, pelo menos não tratemos de perder as que já estão entre nós. O mais importante de tudo ainda é O VALOR DE UMA ALMA.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
14 ERROS QUE UM TEÓLOGO NÃO DEVE COMETER
1) Deixar de falar “com Deus” para apenas falar “sobre” Deus, reduzindo-o unicamente ao objeto de seu estudo.
2) Desrespeitar as reflexões bíblicas dos leigos.
3) Tornar-se excessivamente racional, a ponto de confinar a vida cristã a uma mera questão de posições teológicas.
4) Formular proposições sem os devidos cuidados, uma vez que muitas pessoas farão de suas palavras uma norma de fé e conduta.
5) Ser facilmente persuadido de suas posições doutrinárias por descobertas científicas que não desfrutam do consenso das autoridades no assunto.
6) Aceitar apenas o que o satisfaz ou o impressiona intelectualmente.
7) Enfatizar uma única doutrina das Escrituras, minimizando as demais.
8) Manipular a verdade, transformando-a em um meio de triunfo pessoal.
9) Construir uma posição doutrinária fundamentando-a em passagens bíblicas controversas.
10) Basear-se em experiências individuais e exclusivas, sem respaldo bíblico, para defender suas posições.
11) Ser excessivamente relativista, a ponto de não ser capaz de definir os conceitos bíblicos absolutos.
12) Não possuir uma posição definida sobre os pontos doutrinários fundamentais da fé cristã.
13) Criar conjetura em campos da ciência que não conhece o suficiente.
14) Intentar qualquer tipo de sincretismo com outras teologias não-cristãs ou pseudocristãs.
Paulo César
2) Desrespeitar as reflexões bíblicas dos leigos.
3) Tornar-se excessivamente racional, a ponto de confinar a vida cristã a uma mera questão de posições teológicas.
4) Formular proposições sem os devidos cuidados, uma vez que muitas pessoas farão de suas palavras uma norma de fé e conduta.
5) Ser facilmente persuadido de suas posições doutrinárias por descobertas científicas que não desfrutam do consenso das autoridades no assunto.
6) Aceitar apenas o que o satisfaz ou o impressiona intelectualmente.
7) Enfatizar uma única doutrina das Escrituras, minimizando as demais.
8) Manipular a verdade, transformando-a em um meio de triunfo pessoal.
9) Construir uma posição doutrinária fundamentando-a em passagens bíblicas controversas.
10) Basear-se em experiências individuais e exclusivas, sem respaldo bíblico, para defender suas posições.
11) Ser excessivamente relativista, a ponto de não ser capaz de definir os conceitos bíblicos absolutos.
12) Não possuir uma posição definida sobre os pontos doutrinários fundamentais da fé cristã.
13) Criar conjetura em campos da ciência que não conhece o suficiente.
14) Intentar qualquer tipo de sincretismo com outras teologias não-cristãs ou pseudocristãs.
Paulo César
quinta-feira, 23 de junho de 2011
A favor de um novo paradigma para os centros de formação teológica
A favor de um novo paradigma para os centros de formação teológica
Uma pergunta inquieta-me. Como educador e teólogo preciso respondê-la. Parece-me, no entanto, que a resposta que encontro é contrária ao próprio sistema teológico e educacional que me formei e defendi durante muitos anos. Lamentavelmente, a resposta não afeta apenas a mim. Desejaria que apenas uma pessoa fosse molestada por essa inquirição. Mas não. Assim como eu, outros teólogos que se ocupam da docência cristã são igualmente culpados. Centenas de seminários também o são. Outras centenas de cursos de teologia por extensão, EAD, correspondência, seja qual for a metodologia empregada também são igualmente culpados.
Pergunto-me por que ensinamos teologia há quase cem anos, investimos em material didático avançado, em tecnologia de ensino, em formação de professores, e mesmo assim, nada, absolutamente nada, se altera, muda ou se transforma em nossas igrejas e ministérios. Os mesmos problemas éticos, os mesmos escândalos, as mesmas disputadas por "campos", ruas e praças.
Os bacharéis em teologia que saem de nossas faculdades não conseguem refletir e nem produzir teologia. As produções científicas desses formandos inexistem. Suas monografias semelham-se aos trabalhos de alunos do Ensino Médio. Não sabem dialogar com a cultura de nosso tempo. Continuam presos aos guetos de sua teologia obscura, ultrafundamentalista, liberais, incapazes do diálogo dialético. Esses formandos em teologia (seja qual for o nível – Básico, Médio, Bacharelado –, seja qual for a instituição), não produzem um texto de qualidade, de exegese profunda, apenas reproduzem a mesma teologia pragmática, o mesmo didatismo: "5 aspectos da natureza dos anjos"; "3 atributos incomunicáveis da Divindade", etc. Se estiverem em uma instituição fundamentalista, reproduzem o fundamentalismo. Se estiverem em uma instituição liberal, reproduzem acriticamente o liberalismo teológico. Infelizmente, nenhum deles é desafiado a pensar o próprio sistema que o forma. São apenas orientados a criticar o sistema dos outros. Incapazes de entrar em diálogo com um autor de linha teológica divergente. A intolerância grassa dos dois lados. O liberal grita como uma criança mimada quando se discorda de sua desletralização das Escrituras. O fundamentalista chora como uma criança que deixou o último pirulito do pacote cair ao chão se questionado a respeito da inspiração verbal e plenária da Bíblia.
O sistema educacional teológico empregado pela maioria das denominações evangélicas não produz transformação e conhecimento teológico significativo e contemporâneo. É um sistema que reproduz uma cultura teológica e eclesiástica planejadas para manter o sistema educacional teológico e ministerial existentes. Claro que essa não é a intenção dos objetivos do currículo, ou das finalidades da educação teológica. As instituições de educação teológica não afirmam que reproduzem um modelo de educação com vistas à estratificação e a obediência cega e incondicional ao sistema que as fundam e as mantêm.
Os centros de (desin) formação teológica reproduzem uma “cultura cristã arbitrária”. E, por isso, os formandos desconhecem o vocabulário teológico – muitos são até ensinados a rejeitarem a linguagem teológica –, além de vários livros e autores serem rotulados negativamente sem ao menos serem lidos – Index Librorum Prohibitorum. Os gestores pensam que, assim fazendo, estarão impedindo o crescimento do liberalismo, do fundamentalismo, assim como a Igreja Católica pensava impedir o avanço do protestantismo.
A educação teológica arbitrária reproduz a linguagem, a teologia de gueto e os valores dominantes de classes e se recusa a refletir a respeito da práxis e missão da Igreja de Cristo no mundo. Essa teologia é incapaz de responder positivamente aos dilemas e desafios da igreja moderna e de compreender as indagações e agonias de nosso tempo. Na verdade, ela não quer; sua preocupação é outra. Menos intolerância acadêmica e mais alteridade e diálogo teológico!
Não (!) ao cerceamento de bibliografias para a pesquisa nos centros de educação teológica. Em alguns seminários, para que um livro e uma bibliografia sejam lançados no limbo, no index, basta apenas que o nome do autor tenha mais consoantes do que vogais, ou o selo editorial não corresponda ao denominacional.
Muitos gestores, infelizmente, nem sabem que estão reproduzindo as iniquidades educacionais e ministeriais de seu tempo, de sua denominação, do mercado cristão. Assim, muitas faculdades de teologia são instrumentos denominacionais para a manutenção ideológica do modelo que ai está.
Muitos pretensos educandos que, na verdade, não se educam, estão apenas em busca de um documento que ratifique e oficialize suas práticas ministeriais já conhecidas. Estudam em instituições teológicas que ensinam contra a teologia da prosperidade e, mesmo assim, continuam pregando e ensinando a teologia da prosperidade, entre outros desvios doutrinários. São aprovados apesar de não terem frequentado a carga horária mínima exigida. Saem da faculdade de teologia sem o menor conhecimento das línguas originais, de exegese, hermenêutica, de teologia, entre outras. Ética e lisura, por exemplo, são vocábulos excluídos dos dicionários de muitos formandos. Solidariedade, sustentabilidade e justiça social resumen-se a "chá de senhoras", "coleta de donativos", entre outros paliativos que anestesiam a consciência. Respeito e fidelidade são mercadorias descartáveis na comercialização do poder. Centenas de bacharéis em teologia saem de nossas faculdades teológicas como entraram – muitos poucos escapam dessa lei inexorável. São mantidos acorrentados nas prisões das quais deveriam se libertados.
Precisamos mudar, mas para a melhor. É necessário repensar os propósitos da educação teológica. Esse modelo de ensino teológico só pode ser chamado de essencialista: a preocupação é apenas com o conteúdo a ser ensinado; o aluno é mero recipiente a ser preenchido. Essa concepção de educação teológica entende que o mundo se reduz a verdades essenciais que estão dentro do sistema epistemológico defendido e proposto. Portanto, não há conflitos e debates, pois as verdades estão no dogma, expresso por meio dos credos. Basta apenas conhecer o credo, manter-se nele e tudo o mais se resolverá. O mundo é simplificado. Sua complexidade e pluralidade são reduzidas a sentenças dogmáticas inquestionáveis. O aluno não é desafiado a mudar a realidade, as injustiças, a lutar pela liberdade cristã.
Todavia, os nossos centros de educação teológica precisam de um novo paradigma de educação teológica. Uma teologia de caráter mais cristã, existencialista e libertadora. Não digo existencialismo no modelo filosófico ateu, mas em seu modelo humano, pedagógico. Um paradigma que reconheça e defina sua visão de homem, de humanidade, de alteridade. Sistema educacional onde a missão do professor é orientar; ele é um arquiteto cognitivo, um engenheiro de teologias, orientador. Nesse modelo, o aluno é o sujeito de sua formação teológica, livre para escolher e orientar-se. O aprendente é orientado a apreender a dinâmica do mundo e construir ele mesmo a teologia para o seu tempo, contexto, realidade e comunidade. Ele não é prisioneiro da teologia, mas autônomo para pensá-la. O estudante de teologia deveria recusar-se a aceitar um modelo teológico que o aprisiona em vez de libertá-lo! Esse paradigma não deve ser elaborado no gabinete, na solitária, nos subterrâneos de nossas igrejas, mas em diálogo dialético-dialógico. Precisamos de um novo paradigma, de uma visão de educação teológica que não seja reducionista, antibíblica e estratificada.
Um paradigma que não proíba o pensar, e que não tenha medo de pensar a si mesmo!
Por Esdras Bentho
Uma pergunta inquieta-me. Como educador e teólogo preciso respondê-la. Parece-me, no entanto, que a resposta que encontro é contrária ao próprio sistema teológico e educacional que me formei e defendi durante muitos anos. Lamentavelmente, a resposta não afeta apenas a mim. Desejaria que apenas uma pessoa fosse molestada por essa inquirição. Mas não. Assim como eu, outros teólogos que se ocupam da docência cristã são igualmente culpados. Centenas de seminários também o são. Outras centenas de cursos de teologia por extensão, EAD, correspondência, seja qual for a metodologia empregada também são igualmente culpados.
Pergunto-me por que ensinamos teologia há quase cem anos, investimos em material didático avançado, em tecnologia de ensino, em formação de professores, e mesmo assim, nada, absolutamente nada, se altera, muda ou se transforma em nossas igrejas e ministérios. Os mesmos problemas éticos, os mesmos escândalos, as mesmas disputadas por "campos", ruas e praças.
Os bacharéis em teologia que saem de nossas faculdades não conseguem refletir e nem produzir teologia. As produções científicas desses formandos inexistem. Suas monografias semelham-se aos trabalhos de alunos do Ensino Médio. Não sabem dialogar com a cultura de nosso tempo. Continuam presos aos guetos de sua teologia obscura, ultrafundamentalista, liberais, incapazes do diálogo dialético. Esses formandos em teologia (seja qual for o nível – Básico, Médio, Bacharelado –, seja qual for a instituição), não produzem um texto de qualidade, de exegese profunda, apenas reproduzem a mesma teologia pragmática, o mesmo didatismo: "5 aspectos da natureza dos anjos"; "3 atributos incomunicáveis da Divindade", etc. Se estiverem em uma instituição fundamentalista, reproduzem o fundamentalismo. Se estiverem em uma instituição liberal, reproduzem acriticamente o liberalismo teológico. Infelizmente, nenhum deles é desafiado a pensar o próprio sistema que o forma. São apenas orientados a criticar o sistema dos outros. Incapazes de entrar em diálogo com um autor de linha teológica divergente. A intolerância grassa dos dois lados. O liberal grita como uma criança mimada quando se discorda de sua desletralização das Escrituras. O fundamentalista chora como uma criança que deixou o último pirulito do pacote cair ao chão se questionado a respeito da inspiração verbal e plenária da Bíblia.
O sistema educacional teológico empregado pela maioria das denominações evangélicas não produz transformação e conhecimento teológico significativo e contemporâneo. É um sistema que reproduz uma cultura teológica e eclesiástica planejadas para manter o sistema educacional teológico e ministerial existentes. Claro que essa não é a intenção dos objetivos do currículo, ou das finalidades da educação teológica. As instituições de educação teológica não afirmam que reproduzem um modelo de educação com vistas à estratificação e a obediência cega e incondicional ao sistema que as fundam e as mantêm.
Os centros de (desin) formação teológica reproduzem uma “cultura cristã arbitrária”. E, por isso, os formandos desconhecem o vocabulário teológico – muitos são até ensinados a rejeitarem a linguagem teológica –, além de vários livros e autores serem rotulados negativamente sem ao menos serem lidos – Index Librorum Prohibitorum. Os gestores pensam que, assim fazendo, estarão impedindo o crescimento do liberalismo, do fundamentalismo, assim como a Igreja Católica pensava impedir o avanço do protestantismo.
A educação teológica arbitrária reproduz a linguagem, a teologia de gueto e os valores dominantes de classes e se recusa a refletir a respeito da práxis e missão da Igreja de Cristo no mundo. Essa teologia é incapaz de responder positivamente aos dilemas e desafios da igreja moderna e de compreender as indagações e agonias de nosso tempo. Na verdade, ela não quer; sua preocupação é outra. Menos intolerância acadêmica e mais alteridade e diálogo teológico!
Não (!) ao cerceamento de bibliografias para a pesquisa nos centros de educação teológica. Em alguns seminários, para que um livro e uma bibliografia sejam lançados no limbo, no index, basta apenas que o nome do autor tenha mais consoantes do que vogais, ou o selo editorial não corresponda ao denominacional.
Muitos gestores, infelizmente, nem sabem que estão reproduzindo as iniquidades educacionais e ministeriais de seu tempo, de sua denominação, do mercado cristão. Assim, muitas faculdades de teologia são instrumentos denominacionais para a manutenção ideológica do modelo que ai está.
Muitos pretensos educandos que, na verdade, não se educam, estão apenas em busca de um documento que ratifique e oficialize suas práticas ministeriais já conhecidas. Estudam em instituições teológicas que ensinam contra a teologia da prosperidade e, mesmo assim, continuam pregando e ensinando a teologia da prosperidade, entre outros desvios doutrinários. São aprovados apesar de não terem frequentado a carga horária mínima exigida. Saem da faculdade de teologia sem o menor conhecimento das línguas originais, de exegese, hermenêutica, de teologia, entre outras. Ética e lisura, por exemplo, são vocábulos excluídos dos dicionários de muitos formandos. Solidariedade, sustentabilidade e justiça social resumen-se a "chá de senhoras", "coleta de donativos", entre outros paliativos que anestesiam a consciência. Respeito e fidelidade são mercadorias descartáveis na comercialização do poder. Centenas de bacharéis em teologia saem de nossas faculdades teológicas como entraram – muitos poucos escapam dessa lei inexorável. São mantidos acorrentados nas prisões das quais deveriam se libertados.
Precisamos mudar, mas para a melhor. É necessário repensar os propósitos da educação teológica. Esse modelo de ensino teológico só pode ser chamado de essencialista: a preocupação é apenas com o conteúdo a ser ensinado; o aluno é mero recipiente a ser preenchido. Essa concepção de educação teológica entende que o mundo se reduz a verdades essenciais que estão dentro do sistema epistemológico defendido e proposto. Portanto, não há conflitos e debates, pois as verdades estão no dogma, expresso por meio dos credos. Basta apenas conhecer o credo, manter-se nele e tudo o mais se resolverá. O mundo é simplificado. Sua complexidade e pluralidade são reduzidas a sentenças dogmáticas inquestionáveis. O aluno não é desafiado a mudar a realidade, as injustiças, a lutar pela liberdade cristã.
Todavia, os nossos centros de educação teológica precisam de um novo paradigma de educação teológica. Uma teologia de caráter mais cristã, existencialista e libertadora. Não digo existencialismo no modelo filosófico ateu, mas em seu modelo humano, pedagógico. Um paradigma que reconheça e defina sua visão de homem, de humanidade, de alteridade. Sistema educacional onde a missão do professor é orientar; ele é um arquiteto cognitivo, um engenheiro de teologias, orientador. Nesse modelo, o aluno é o sujeito de sua formação teológica, livre para escolher e orientar-se. O aprendente é orientado a apreender a dinâmica do mundo e construir ele mesmo a teologia para o seu tempo, contexto, realidade e comunidade. Ele não é prisioneiro da teologia, mas autônomo para pensá-la. O estudante de teologia deveria recusar-se a aceitar um modelo teológico que o aprisiona em vez de libertá-lo! Esse paradigma não deve ser elaborado no gabinete, na solitária, nos subterrâneos de nossas igrejas, mas em diálogo dialético-dialógico. Precisamos de um novo paradigma, de uma visão de educação teológica que não seja reducionista, antibíblica e estratificada.
Um paradigma que não proíba o pensar, e que não tenha medo de pensar a si mesmo!
Por Esdras Bentho
segunda-feira, 18 de abril de 2011
POBREZA TEOLÓGICA
POBREZA TEOLÓGICA
artigosTEOLOGIA: Sobre levitas, apóstolos e outros modismos: um desabafo de um professor de teologia...
Sou um professor de Teologia em crise. Não com minha fé ou com minhas convicções, mas com uma dificuldade que eu e outros colegas enfrentamos nos últimos anos diante dos novos seminaristas enviados para as faculdades de teologia evangélica. Tenho trabalhado como Professor em Seminários Evangélicos presbiterianos, batistas, da Assembléia de Deus e entendem um equacionais desde 1991 e, tristemente, observo que nunca houve safras tão fracas de vocacionados como nos últimos três anos.
No início de meu ministério docente, recordo-me que os alunos chegavam aos seminários bastante preparados biblicamente, com uma visão teológica razoavelmente ampla, com conhecimentos mínimos de história do cristianismo e com uma sede intelectual muito grande por penetrar no fascinante mundo da teologia cristã. Ultimamente, porém, aqueles que se matriculam em Seminários refletem a pobreza e mediocridade teológica que tomaram conta de nossas igrejas evangélicas.
Sempre pergunto aos calouros a respeito de suas convicções em relação ao chamado e à vocação. Pois outro dia, um calouro saiu-se com a brilhante resposta: 'não passei em nenhum vestibular e comecei a sentir que Deus impedira meu acesso à universidade a fim de que eu me dedicasse ao ministério'. Trata-se do mais típico caso de 'certeza da vocação' adquirida na ignorância.
E, invariavelmente, esses são os alunos que mais transpiram preguiça intelectual.
A grande maioria dos novos vocacionados chega aos Seminários influenciada pelos modismos que grassam no mundo evangélico. Alguns se autodenominam 'levitas'. Outros, dizem que estão ali porque são vocacionados a serem 'apóstolos'.
Ultimamente qualquer pessoa que canta ou toca algum instrumento na igreja, se autodenomina 'levita'. Tento fazê-los compreender que os levitas, na antiga aliança, não apenas cantavam e tocavam instrumentos no Templo, como também cuidavam da higiene e limpeza do altar dos sacrifícios (afinal, muito sangue era derramado várias vezes por dia), além de constituírem até mesmo uma espécie de 'força policial' para manter a ordem nas celebrações. Porém, hoje em dia, para os 'novos levitas' basta saber tocar três acordes e fazer algumas coreografias aeróbicas durante o louvor para se sentirem com autoridade até mesmo para mudar a ordem dos cultos.
Outros há, que se auto-intitulam 'apóstolos'. Dentro de alguns dias teremos também 'anjos', 'arcanjos', 'querubins' e 'serafins'. No dia em que inventarem o ministério de 'semideus' já não precisaremos mais sequer da Bíblia.
Nunca pensei que fosse escrever isso, pois as pessoas que me conhecem geralmente me chamam de 'progressista'. Entretanto, ultimamente, ando é muito conservador. Na verdade, 'saudosista' ou 'nostálgico' seriam expressões melhores.
Tenho saudades de um tempo em que havia um encadeamento lógico nos cultos evangélicos, em que os cânticos e hinos estavam distribuídos equilibradamente na ordem do culto.
Atualmente os chamados 'momentos de louvor' mais se assemelham a show ensurdecedores ou de um sentimentalismo meloso.
Pior: sobrepujam em tempo e importância a centralidade da Palavra e da Ceia nas Igrejas Protestantes. Muitas pessoas vão à Igreja muito mais por causa do 'louvor' do que para ouvir a Palavra que regenera, orienta e exige de nós obediência. Dias atrás, na semana da Páscoa comentei com um grupo de alunos a respeito da liturgia das 'sete palavras da cruz' que seria celebrada em minha Igreja na 6ª feira da paixão. Alguns manifestaram desejo de participar. Eu os avisei então que se tratava de uma liturgia que dura, em média, uma hora e meia, durante a qual não é cantado nenhum hino (pelo menos na tradição de minha Igreja - Anglicana), mas onde lemos as Escrituras, oramos e meditamos nas sete palavras pronunciadas por Cristo durante a crucificação. Ao saberem disso, um deles disse: 'se não houver música, não há culto'.
Creio que, em parte, isso é reflexo da cultura pop, da influência da 'Geração MTV', incapaz de perceber que Deus pode ser encontrado também na contemplação, meditação e no silêncio. Percebo também que alguns colegas pastores de outras igrejas freqüentemente manifestam a sensação de sentirem-se tolhidos e pressionados pelos diversos grupos de louvor. O mercado gospel cresceu muito em nosso país e, além de enriquecer os 'artistas' e insuflar seus egos, passou a determinar até mesmo a 'identidade' das igrejas evangélicas. Houve tempo em que um presbiteriano ou um batista sabiam dar razão de suas crenças.
Atualmente, tudo parece estar se diluindo numa massa disforme. Trata-se da 'xuxização' ('todo mundo batendo palma agora… todo mundo tá feliz ? tá feliz!') do mundo evangélico, liderada pelos 'levitas' que aprisionam ideologicamente os ministros da Palavra. O apóstolo Paulo dizia que a Palavra não está aprisionada. Mas, em nossos dias, os ministros da Palavra, estão cativos da cultura gospel.
Tenho a impressão de que isso tudo é, em parte, reflexo de um antigo problema: o relacionamento do mundo evangélico com a cultura chamada 'secular'. Amedrontados com as muitas opções que o 'mundo' oferece, os pais preferem ter os filhos constantemente sob a mira dos olhos aos domingos, ainda que isso implique em modificar a identidade das Igrejas. E os pastores, reféns que são dos dízimos de onde retiram seus salários, rendem-se às conveniências, no estilo dos sacerdotes do Antigo Testamento.
Um aluno disse-me que, no dia em que os evangélicos tomarem o poder no Brasil acabarão com o carnaval, as 'folias de rei', os cinemas, bares, danceterias etc. Assusta-me o fato de que o desenvolvimento dessa sub-cultura 'gospel' torne o mundo evangélico tão guetizado que, se um dia, realmente os evangélicos tomarem o poder na sociedade, venham a desenvolver uma espécie de 'Talibã evangélico'. Tal como as estátuas do Buda no Afeganistão, o ' Cristo Redentor' estará com os dias contados.
Esses jovens que passam o dia ouvindo rádios gospel e lendo textos de duvidosa qualidade teológica, de repente vêm nos Seminários uma grande oportunidade de ascensão profissional e buscam em massa os seminários. Nunca houve tanta afluência de jovens nos seminários como nos últimos anos.
Em um seminário em que trabalhei (de outra denominação), os colegas diziam que a Igreja, em breve teria problemas, pois o crescimento da Igreja não era proporcional ao número de jovens que todos os anos saíam dos Seminários como bacharéis em teologia, aptos para o exercício do ministério.
A preocupação dos colegas era: onde colocar todos esses novos pastores?
Na minha ingenuidade, sugeri que seria uma grande oportunidade missionária: enviá-los para iniciarem novas comunidades em zonas rurais e na periferia das cidades. Foi então que um colega, bastante sábio, retrucou: 'Eles não querem. Recusam-se! Querem as Igrejas grandes, já formadas e estabelecidas, sem problemas financeiros'.
De fato, percebi que alguns realmente se mostravam decepcionados ao saberem que teriam que começar seu ministério em um lugar pequeno, numa comunidade pobre, fazendo cultos nos lares, cantando às vezes 'à capela' e sem o apoio dos amplificadores e mesas-de-som.
Na maioria dos Seminários hoje, os alunos sabem o nome de todas as bandas gospel, mas não sabem quem foi Wesley, Lutero ou Calvino.
Talvez até já tenham ouvido falar desses nomes, mas são para eles, como que personagens de um passado sem-importância e sobre o qual não vale a pena ler ou estudar.
Talvez por isso eu e outros colegas professores nos sintamos hoje em dia como que 'falando para as paredes'. Nem dá gosto mais preparar uma aula decente, pois na maioria das vezes temos sempre que 'voltar aos rudimentos da fé' e dar aos vocacionados o leite que não recebem nas Igrejas. Várias vezes me vi tendo que mudar o rumo das aulas preparadas para falar de assuntos que antes discutíamos nas Escolas Dominicais. Não sei se isso acontece em todos os Seminários, mas em muitos lugares, o conteúdo e a profundidade dos temas discutidos pouco difere das aulas que ministrávamos na Escola Dominical para neófitos.
Sei que muitos que lerem esse desabafo, não concordarão em nada como que eu disse. Mas não é a esses que me dirijo, e sim aos saudosistas como eu, nostálgicos de um tempo em que o cristianismo evangélico no Brasil era realmente referencial de uma religiosidade saudável, equilibrada e madura e em que a Palavra lida e proclamada valia muito mais que o último CD da moda.
Carlos Eduardo Calvani 12/10/2008
artigosTEOLOGIA: Sobre levitas, apóstolos e outros modismos: um desabafo de um professor de teologia...
Sou um professor de Teologia em crise. Não com minha fé ou com minhas convicções, mas com uma dificuldade que eu e outros colegas enfrentamos nos últimos anos diante dos novos seminaristas enviados para as faculdades de teologia evangélica. Tenho trabalhado como Professor em Seminários Evangélicos presbiterianos, batistas, da Assembléia de Deus e entendem um equacionais desde 1991 e, tristemente, observo que nunca houve safras tão fracas de vocacionados como nos últimos três anos.
No início de meu ministério docente, recordo-me que os alunos chegavam aos seminários bastante preparados biblicamente, com uma visão teológica razoavelmente ampla, com conhecimentos mínimos de história do cristianismo e com uma sede intelectual muito grande por penetrar no fascinante mundo da teologia cristã. Ultimamente, porém, aqueles que se matriculam em Seminários refletem a pobreza e mediocridade teológica que tomaram conta de nossas igrejas evangélicas.
Sempre pergunto aos calouros a respeito de suas convicções em relação ao chamado e à vocação. Pois outro dia, um calouro saiu-se com a brilhante resposta: 'não passei em nenhum vestibular e comecei a sentir que Deus impedira meu acesso à universidade a fim de que eu me dedicasse ao ministério'. Trata-se do mais típico caso de 'certeza da vocação' adquirida na ignorância.
E, invariavelmente, esses são os alunos que mais transpiram preguiça intelectual.
A grande maioria dos novos vocacionados chega aos Seminários influenciada pelos modismos que grassam no mundo evangélico. Alguns se autodenominam 'levitas'. Outros, dizem que estão ali porque são vocacionados a serem 'apóstolos'.
Ultimamente qualquer pessoa que canta ou toca algum instrumento na igreja, se autodenomina 'levita'. Tento fazê-los compreender que os levitas, na antiga aliança, não apenas cantavam e tocavam instrumentos no Templo, como também cuidavam da higiene e limpeza do altar dos sacrifícios (afinal, muito sangue era derramado várias vezes por dia), além de constituírem até mesmo uma espécie de 'força policial' para manter a ordem nas celebrações. Porém, hoje em dia, para os 'novos levitas' basta saber tocar três acordes e fazer algumas coreografias aeróbicas durante o louvor para se sentirem com autoridade até mesmo para mudar a ordem dos cultos.
Outros há, que se auto-intitulam 'apóstolos'. Dentro de alguns dias teremos também 'anjos', 'arcanjos', 'querubins' e 'serafins'. No dia em que inventarem o ministério de 'semideus' já não precisaremos mais sequer da Bíblia.
Nunca pensei que fosse escrever isso, pois as pessoas que me conhecem geralmente me chamam de 'progressista'. Entretanto, ultimamente, ando é muito conservador. Na verdade, 'saudosista' ou 'nostálgico' seriam expressões melhores.
Tenho saudades de um tempo em que havia um encadeamento lógico nos cultos evangélicos, em que os cânticos e hinos estavam distribuídos equilibradamente na ordem do culto.
Atualmente os chamados 'momentos de louvor' mais se assemelham a show ensurdecedores ou de um sentimentalismo meloso.
Pior: sobrepujam em tempo e importância a centralidade da Palavra e da Ceia nas Igrejas Protestantes. Muitas pessoas vão à Igreja muito mais por causa do 'louvor' do que para ouvir a Palavra que regenera, orienta e exige de nós obediência. Dias atrás, na semana da Páscoa comentei com um grupo de alunos a respeito da liturgia das 'sete palavras da cruz' que seria celebrada em minha Igreja na 6ª feira da paixão. Alguns manifestaram desejo de participar. Eu os avisei então que se tratava de uma liturgia que dura, em média, uma hora e meia, durante a qual não é cantado nenhum hino (pelo menos na tradição de minha Igreja - Anglicana), mas onde lemos as Escrituras, oramos e meditamos nas sete palavras pronunciadas por Cristo durante a crucificação. Ao saberem disso, um deles disse: 'se não houver música, não há culto'.
Creio que, em parte, isso é reflexo da cultura pop, da influência da 'Geração MTV', incapaz de perceber que Deus pode ser encontrado também na contemplação, meditação e no silêncio. Percebo também que alguns colegas pastores de outras igrejas freqüentemente manifestam a sensação de sentirem-se tolhidos e pressionados pelos diversos grupos de louvor. O mercado gospel cresceu muito em nosso país e, além de enriquecer os 'artistas' e insuflar seus egos, passou a determinar até mesmo a 'identidade' das igrejas evangélicas. Houve tempo em que um presbiteriano ou um batista sabiam dar razão de suas crenças.
Atualmente, tudo parece estar se diluindo numa massa disforme. Trata-se da 'xuxização' ('todo mundo batendo palma agora… todo mundo tá feliz ? tá feliz!') do mundo evangélico, liderada pelos 'levitas' que aprisionam ideologicamente os ministros da Palavra. O apóstolo Paulo dizia que a Palavra não está aprisionada. Mas, em nossos dias, os ministros da Palavra, estão cativos da cultura gospel.
Tenho a impressão de que isso tudo é, em parte, reflexo de um antigo problema: o relacionamento do mundo evangélico com a cultura chamada 'secular'. Amedrontados com as muitas opções que o 'mundo' oferece, os pais preferem ter os filhos constantemente sob a mira dos olhos aos domingos, ainda que isso implique em modificar a identidade das Igrejas. E os pastores, reféns que são dos dízimos de onde retiram seus salários, rendem-se às conveniências, no estilo dos sacerdotes do Antigo Testamento.
Um aluno disse-me que, no dia em que os evangélicos tomarem o poder no Brasil acabarão com o carnaval, as 'folias de rei', os cinemas, bares, danceterias etc. Assusta-me o fato de que o desenvolvimento dessa sub-cultura 'gospel' torne o mundo evangélico tão guetizado que, se um dia, realmente os evangélicos tomarem o poder na sociedade, venham a desenvolver uma espécie de 'Talibã evangélico'. Tal como as estátuas do Buda no Afeganistão, o ' Cristo Redentor' estará com os dias contados.
Esses jovens que passam o dia ouvindo rádios gospel e lendo textos de duvidosa qualidade teológica, de repente vêm nos Seminários uma grande oportunidade de ascensão profissional e buscam em massa os seminários. Nunca houve tanta afluência de jovens nos seminários como nos últimos anos.
Em um seminário em que trabalhei (de outra denominação), os colegas diziam que a Igreja, em breve teria problemas, pois o crescimento da Igreja não era proporcional ao número de jovens que todos os anos saíam dos Seminários como bacharéis em teologia, aptos para o exercício do ministério.
A preocupação dos colegas era: onde colocar todos esses novos pastores?
Na minha ingenuidade, sugeri que seria uma grande oportunidade missionária: enviá-los para iniciarem novas comunidades em zonas rurais e na periferia das cidades. Foi então que um colega, bastante sábio, retrucou: 'Eles não querem. Recusam-se! Querem as Igrejas grandes, já formadas e estabelecidas, sem problemas financeiros'.
De fato, percebi que alguns realmente se mostravam decepcionados ao saberem que teriam que começar seu ministério em um lugar pequeno, numa comunidade pobre, fazendo cultos nos lares, cantando às vezes 'à capela' e sem o apoio dos amplificadores e mesas-de-som.
Na maioria dos Seminários hoje, os alunos sabem o nome de todas as bandas gospel, mas não sabem quem foi Wesley, Lutero ou Calvino.
Talvez até já tenham ouvido falar desses nomes, mas são para eles, como que personagens de um passado sem-importância e sobre o qual não vale a pena ler ou estudar.
Talvez por isso eu e outros colegas professores nos sintamos hoje em dia como que 'falando para as paredes'. Nem dá gosto mais preparar uma aula decente, pois na maioria das vezes temos sempre que 'voltar aos rudimentos da fé' e dar aos vocacionados o leite que não recebem nas Igrejas. Várias vezes me vi tendo que mudar o rumo das aulas preparadas para falar de assuntos que antes discutíamos nas Escolas Dominicais. Não sei se isso acontece em todos os Seminários, mas em muitos lugares, o conteúdo e a profundidade dos temas discutidos pouco difere das aulas que ministrávamos na Escola Dominical para neófitos.
Sei que muitos que lerem esse desabafo, não concordarão em nada como que eu disse. Mas não é a esses que me dirijo, e sim aos saudosistas como eu, nostálgicos de um tempo em que o cristianismo evangélico no Brasil era realmente referencial de uma religiosidade saudável, equilibrada e madura e em que a Palavra lida e proclamada valia muito mais que o último CD da moda.
Carlos Eduardo Calvani 12/10/2008
terça-feira, 12 de abril de 2011
O perigo que certos sonhos e certas revelações podem causar
Como tem Deus revelado a Si mesmo? A resposta cristã a essa pergunta é que Deus revelou-se a Si mesmo "por muitas vezes e de muitas maneiras”, nos dias da antiguidade. Nestes últimos dias, entretanto, Deus se tem revelado a nós plena e finalmente, na pessoa de Jesus Cristo, conforme Ele é apresentado na Bíblia (Hebreus 1.1,2).
A Palavra de Deus, portanto, é a revelação final e completa de Deus, que não pode ser substituída por qualquer outra revelação. As seitas, porém, não têm este compromisso, porquanto acreditam na doutrina herética de supostas revelações extrabíblicas. Eles afirmam que Deus tem falado e registrado palavras, através de quaisquer meios, desde o tempo em que nos deu as Escrituras do Novo Testamento. Asseveram, pois, que Deus fala ou tem falado a parte da Bíblia.
A primeira e mais típica característica de uma seita é que reivindica como sua autoridade alguma revelação distinta das claras assertivas da Palavra de Deus. A maioria das seitas afirma respeitar os ensinamentos da Bíblia. Muitas dessas seitas chegam mesmo a atribuir inspiração divina às Sagradas Escrituras. Logo, porém, anunciam a sua real confiança em alguma revelação subseqüente, o que, na verdade cancela o ensino da Bíblia em favor de algo novo e supostamente mais autoritativo, que, segundo eles dizem, Deus revelou somente há pouco tempo. Portanto, estão dizendo que a Bíblia é apenas uma parcela da revelação verbal de Deus, e que Ele tem falado, ou continua falando, de uma forma extrabíblica, à parte das Escrituras.
Algumas vezes, essas revelações extrabíblicas vêm por intermédio de algum “líder divinamente inspirado”. Muitas religiões têm atribuído autoridade divina à pessoa de algum indivíduo, que é infalível quando fala, cujas palavras têm a mesma autoridade, ou mesmo maior autoridade do que as Santas Escrituras. Algumas dessas religiões têm feito seus líderes iguais a Deus.
Em qualquer lugar do mundo, as seitas continuam em busca de uma revelação melhor do que a Palavra de Deus. William Branham, em seu livro “Word to the Bride” (Uma Palavra à Noiva), escreveu: “Uma noite, quando eu estava buscando ao Senhor, o Espírito Santo disse-me que apanhasse a pena e escrevesse. Enquanto eu estendia a mão para apanhar a pena, o Espírito Santo deu-me uma mensagem para a Igreja. Quero anunciá-la a vocês... Tem a ver com a Palavra e com a noiva”.
O Deus da Bíblia, sabendo que isso sucederia no futuro da Igreja, declarou mui claramente que a Sua Palavra, as Escrituras, é a revelação final e insuperável. O Espírito Santo orientou o apóstolo João a encerrar categoricamente a revelação verbal de Deus, quando disse: “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer cousa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa, e das cousas que se acham escritas neste livro” (Apocalipse 22.18,19).
Como é claro, pois, há nas Escrituras uma temível maldição imposta sobre todo aquele que resume apresentar alguma nova revelação verbal da parte de Deus.
É verdade que, nos tempos bíblicos, a Palavra de Deus era transmitida aos homens por meio de anjos (Hebreus 2:2). No entanto a Bíblia instrui-nos que a revelação de Jesus Cristo ultrapassou a tudo isso. “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo” (Hebreus 1.1,2).
Cristo é superior aos anjos, e a todos os anjos de Deus foi determinado que O adorassem. As palavras finais das Escrituras, “a revelação de Jesus Cristo” (Apocalipse 1.1), jamais poderão ser suplantadas pelos ministérios dos anjos. Por essa precisa razão foi que Jesus Cristo advertiu os Seus discípulos: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos...” (João 8.31). Os homens desta nossa época também foram devidamente avisados a darem ouvidos às palavras do Pai: “Este é o meu Filho amado... a ele ouvi” (Mateus 17.5).
É doutrina fundamental do cristianismo que a verdade final, a palavra definitiva, reside em Jesus Cristo. De fato, a Escritura, em si mesma, é ainda mais contundente, pois diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1).
Os sutis ataques que estão sendo desfechados contra a Escritura, nestes dias, precisam ser respondidos por crentes bem preparados, em todos os níveis da sociedade. Não basta dedicarmos à Bíblia uma tranquila veneração, contemplando-a com profunda admiração, como a pedra de toque da fé cristã. A Bíblia é “a espada do Espírito” e torna-se um instrumento eficaz contra os assaltos satânicos, quando tecemos os ensinos das Santas Escrituras nas próprias fibras de nossos seres.
Está sendo incoerente e, talvez, até hipócrita, o indivíduo que professa ter uma visão superior das Escrituras, mas negligencia dissipar a sua própria ignorância da verdade de Deus, mediante um programa sério de estudos bíblicos. A grande e primeira razão do avanço das seitas no mundo atual é a ignorância das sagradas Escrituras por parte dos crentes. A segunda grande razão é a má vontade por parte do povo de Deus em transmitir a verdade divina, mediante o seu testemunho em favor de Cristo, a pessoas que ainda necessitam receber a salvação que há em Cristo.
Segue-se disso que a grande necessidade da comunidade cristã de nossos dias é o retorno ao estudo cuidadoso da Palavra de Deus. A fé de que a Bíblia é a verdade última resulta exatamente desse programa de estudos bíblicos. O estudo das Escrituras produz, na vida do crente, o cumprimento daquela promessa que diz: “E assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17).
O salmista escondia a Palavra de Deus no seu coração, a fim de que pudesse resistir às alternativas pecaminosas da vida (Salmos 119.11). Isso significa que ele memorizava porções das Escrituras, assim deveríamos fazer.
A vida do crente ficará firmemente ancorada, capaz de resistir a toda oposição, quando estiver firmada em um operoso conhecimento da Sagrada Escritura.
Trecho do livro Conheça as Marcas das Seitas, de Dave Breese
A Palavra de Deus, portanto, é a revelação final e completa de Deus, que não pode ser substituída por qualquer outra revelação. As seitas, porém, não têm este compromisso, porquanto acreditam na doutrina herética de supostas revelações extrabíblicas. Eles afirmam que Deus tem falado e registrado palavras, através de quaisquer meios, desde o tempo em que nos deu as Escrituras do Novo Testamento. Asseveram, pois, que Deus fala ou tem falado a parte da Bíblia.
A primeira e mais típica característica de uma seita é que reivindica como sua autoridade alguma revelação distinta das claras assertivas da Palavra de Deus. A maioria das seitas afirma respeitar os ensinamentos da Bíblia. Muitas dessas seitas chegam mesmo a atribuir inspiração divina às Sagradas Escrituras. Logo, porém, anunciam a sua real confiança em alguma revelação subseqüente, o que, na verdade cancela o ensino da Bíblia em favor de algo novo e supostamente mais autoritativo, que, segundo eles dizem, Deus revelou somente há pouco tempo. Portanto, estão dizendo que a Bíblia é apenas uma parcela da revelação verbal de Deus, e que Ele tem falado, ou continua falando, de uma forma extrabíblica, à parte das Escrituras.
Algumas vezes, essas revelações extrabíblicas vêm por intermédio de algum “líder divinamente inspirado”. Muitas religiões têm atribuído autoridade divina à pessoa de algum indivíduo, que é infalível quando fala, cujas palavras têm a mesma autoridade, ou mesmo maior autoridade do que as Santas Escrituras. Algumas dessas religiões têm feito seus líderes iguais a Deus.
Em qualquer lugar do mundo, as seitas continuam em busca de uma revelação melhor do que a Palavra de Deus. William Branham, em seu livro “Word to the Bride” (Uma Palavra à Noiva), escreveu: “Uma noite, quando eu estava buscando ao Senhor, o Espírito Santo disse-me que apanhasse a pena e escrevesse. Enquanto eu estendia a mão para apanhar a pena, o Espírito Santo deu-me uma mensagem para a Igreja. Quero anunciá-la a vocês... Tem a ver com a Palavra e com a noiva”.
O Deus da Bíblia, sabendo que isso sucederia no futuro da Igreja, declarou mui claramente que a Sua Palavra, as Escrituras, é a revelação final e insuperável. O Espírito Santo orientou o apóstolo João a encerrar categoricamente a revelação verbal de Deus, quando disse: “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer cousa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa, e das cousas que se acham escritas neste livro” (Apocalipse 22.18,19).
Como é claro, pois, há nas Escrituras uma temível maldição imposta sobre todo aquele que resume apresentar alguma nova revelação verbal da parte de Deus.
É verdade que, nos tempos bíblicos, a Palavra de Deus era transmitida aos homens por meio de anjos (Hebreus 2:2). No entanto a Bíblia instrui-nos que a revelação de Jesus Cristo ultrapassou a tudo isso. “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo” (Hebreus 1.1,2).
Cristo é superior aos anjos, e a todos os anjos de Deus foi determinado que O adorassem. As palavras finais das Escrituras, “a revelação de Jesus Cristo” (Apocalipse 1.1), jamais poderão ser suplantadas pelos ministérios dos anjos. Por essa precisa razão foi que Jesus Cristo advertiu os Seus discípulos: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos...” (João 8.31). Os homens desta nossa época também foram devidamente avisados a darem ouvidos às palavras do Pai: “Este é o meu Filho amado... a ele ouvi” (Mateus 17.5).
É doutrina fundamental do cristianismo que a verdade final, a palavra definitiva, reside em Jesus Cristo. De fato, a Escritura, em si mesma, é ainda mais contundente, pois diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1).
Os sutis ataques que estão sendo desfechados contra a Escritura, nestes dias, precisam ser respondidos por crentes bem preparados, em todos os níveis da sociedade. Não basta dedicarmos à Bíblia uma tranquila veneração, contemplando-a com profunda admiração, como a pedra de toque da fé cristã. A Bíblia é “a espada do Espírito” e torna-se um instrumento eficaz contra os assaltos satânicos, quando tecemos os ensinos das Santas Escrituras nas próprias fibras de nossos seres.
Está sendo incoerente e, talvez, até hipócrita, o indivíduo que professa ter uma visão superior das Escrituras, mas negligencia dissipar a sua própria ignorância da verdade de Deus, mediante um programa sério de estudos bíblicos. A grande e primeira razão do avanço das seitas no mundo atual é a ignorância das sagradas Escrituras por parte dos crentes. A segunda grande razão é a má vontade por parte do povo de Deus em transmitir a verdade divina, mediante o seu testemunho em favor de Cristo, a pessoas que ainda necessitam receber a salvação que há em Cristo.
Segue-se disso que a grande necessidade da comunidade cristã de nossos dias é o retorno ao estudo cuidadoso da Palavra de Deus. A fé de que a Bíblia é a verdade última resulta exatamente desse programa de estudos bíblicos. O estudo das Escrituras produz, na vida do crente, o cumprimento daquela promessa que diz: “E assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17).
O salmista escondia a Palavra de Deus no seu coração, a fim de que pudesse resistir às alternativas pecaminosas da vida (Salmos 119.11). Isso significa que ele memorizava porções das Escrituras, assim deveríamos fazer.
A vida do crente ficará firmemente ancorada, capaz de resistir a toda oposição, quando estiver firmada em um operoso conhecimento da Sagrada Escritura.
Trecho do livro Conheça as Marcas das Seitas, de Dave Breese
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
A IMPORTÂNCIA DO MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO PARA A IGREJA CRISTÃ
Paulo Rogério Petrizi
Vivemos dias onde o papel da Igreja na sociedade, quando questionado, provoca ponderações em diversas direções. Para mim, entretanto, a Igreja está no mundo para fazer diferença nos lugares onde sua influência chega - ela deve cuidar dos interesses de Deus na terra: adorando-o, pregando o Evangelho, ensinando sua Palavra e atentando para os "órfãos e viúvas". O cumprimento de todo este papel exige da Igreja inconformismo (no sentido de Romanos 12:2) "não vos conformeis a este mundo"). Ela não pode acomodar-se, aquietar-se, nem omitir-se; sua guerra é contra o pecado, a injustiça e contra as "hostes espirituais da iniqüidade" (Efésios 6:12) e, para tanto, necessita de santidade, oração e dependência do Espírito.
A sociedade continua tão sedenta de Deus quanto em qualquer outra época da história. Cada vez maior é o número de pessoas desesperadas. Fala-se em 400 mil suicídios por ano no mundo! As pessoas procuram sustentação espiritual, daí tantas religiões que surgem e conquistam adeptos, o que confirma quão grande é a carência do mundo. Se o mundo continua o mesmo em matéria de sede de Deus, a Igreja, por sua vez, sobretudo os evangélicos chamados históricos, necessitam de reflexão sobre seu papel. Penso que a crise de integridade que afeta o evangelicalismo do primeiro mundo já alcança nosso país e tende a agravar-se.
Acredito que a Igreja precisa, hoje, de um avivamento real. Avivamento é viver o Cristianismo com integridade. O problema da Igreja em grande parte reside na pobreza de vida cristã que se vive: são multidões de crentes nominativos, meros freqüentadores semanais de cultos que, quando muito, contribuem financeiramente com suas Igrejas. Há um descompromisso com a Palavra, com a ética e a moral cristãs. A Igreja é um corpo que encarna Cristo e como tal não poderia passar despercebida. Em suma, falta a consciência de discipulado cristão nos membros de nossas Igrejas.
Concordo com Juan Carlos Ortiz, que no seu livro "O Discípulo" fala da Igreja como sendo um orfanato cheio de bebês e que nós, os pastores, passamos grande parte de nosso tempo correndo atrás de "bebês" para dar-lhes "leite". A Igreja somente pode cumprir seu papel em meio à sociedade se prezar pela qualidade de vida cristã. Tenho certeza de que crentes verdadeiramente avivamos são capazes de revolucionar uma sociedade, uma nação, um país inteiro.
Para que a Igreja possa alcançar sua estatura ideal, nos termos de Efésios 4:12 e 13, o ministério da pregação é fundamental. Verdadeiramente a pregação é prioridade na Igreja Cristã. Concordo com Lloyd-Jones, que no livro "Pregação e Pregadores" relaciona o declínio da Igreja ao empobrecimento e desprestígio do púlpito. O grande número de crentes nominativos em nossas Igrejas é conseqüência dos púlpitos insossos, sem unção, vida, nem criatividade. Para que a Igreja cumpra seu papel no mundo é imprescindível que os pregadores desempenhem seu ministério eficientemente e façam com que a pregação da Palavra volte a ser o momento mais importante do culto.
Para que a pregação readquira seu grau de importância é imperativo que os pregadores tenham um preparo adequado, tanto espiritual como intelectualmente. O pregador deve ser vocacionado por Deus para a mais importante tarefa do mundo e, consciente de sua excelente missão, dispor-se nas mãos de Deus buscando a direção do Espírito em todas as áreas de sua vida. A vida do pregador precisa referendar seus sermões. Ele deve viver o que prega, ser exemplo de vida, de santidade, amor, oração, honestidade, chefe de família. O preparo intelectual é igualmente importante. É mistér que o pastor seja homem dado aos estudos, primeiramente das Escrituras, mas não somente conhecimento bíblico é fundamental ao bom pregador. Ele precisa ter boa formação teológica, conhecimento histórico, filosófico, psicológico, antropológico, dentre outras áreas, e isto exigirá do pregador constante apego aos estudos e pesquisas.
Destaco o preparo homilético do pregador. É fundamental que este se aperfeiçoe homileticamente, que estude, que se aprofunde na homilética a fim de conhecer técnicas, métodos e formas sermônicas que enriquecerão seu trabalho.
Concordo com aquilo que ouvi, que o bom sermão é aquele que "conforta os abatidos e incomoda os acomodados", pois creio que o sermão deve constituir-se num instrumento de Deus para falar ao seu povo. Assim, quero destacar alguns aspectos que creio serem importantes na preparação dos sermões:
a) Dependência do Espírito. O pregador deve encher-se dEle continuamente (Efésios 5:18), pois o Espírito foi quem o escolheu e é quem o capacitará para a sua tarefa.
b) Oração. É fundamental a todo cristão, principalmente ao pregador que, através da oração, poderá trilhar o caminho do ministério da pregação com eficiência.
c) Estudo da Bíblia. Meditação e estudo são imprescindíveis. O pregador precisa alimentar-se da Palavra, ouvir os conselhos de Deus para sua vida antes de transmiti-los aos seus ouvintes.
d) Visão. O pastor precisa ter visão de onde pretende chegar com seu rebanho. Como Igreja, temos uma Missão tremendamente abrangente e a visão do pastor orientará o rebanho na parcela que lhe caberá dentro dessa Missão. A partir da visão, de onde se quer chegar, e da consciência de onde se está no momento, o pregador estabelecerá um programa de pregação que vise alimentar e conclamar seu rebanho na direção certa. Este programa deve ser previamente elaborado e dosado de criatividade e variedade, haja visto que a monotonia prejudicará a comunicação.
e) Técnicas de comunicação e homilética. O pregador precisa especializar-se a fim de eficientemente comunicar-se com seu povo. Para isso, pode buscar reciclar-se através de leituras ou aperfeiçoar-se com cursos de pós-graduação. Este aperfeiçoamento é importante para que consiga transmitir idéias contidas nos sermões com clareza de modo a serem absorvidas pelos ouvintes. Este cuidado levará o pregador a ter sempre um objetivo específico em cada sermão e a saber como alcança-lo mediante a pregação.
f) Conhecimento da natureza humana. O pregador que busca a eficiência em seu trabalho precisa conhecer seu povo e reconhecer suas carências. Se o sermão não for relevante, também não será interessante ao povo. A Bíblia não pode ser usada a pretexto, pois a pregação eficiente é bíblica e contemporânea. Concordo com L. M. Perry e Charles Sell que no livro "Pregando Sobre os Problemas da Vida" afirmam que de nada vale falar de detalhes da vida do século I e nada dizer sobre a vida do século XX.
g) Boa administração do tempo. Em geral os pregadores se envolvem com diversas atividades, mas o bom pregador é alguém que reconhece a preciosidade da obra que tem a desempenhar e investe a parcela necessária de tempo neste trabalho. Vale ressaltar que a preguiça é uma terrível inimiga da eficiência do pregador.
h) O celeiro de idéias. É uma prática igualmente importante. Uma simples agenda pode registrar idéias para sermões e ilustrações que o pregador leu, ouviu ou mesmo viveu e que futuramente poderão lhe servir para enriquecer seu trabalho.
i) Criatividade e variedade. O pastor nunca deve ser tido como repetitivo e previsível em seu trabalho como pregador. Deve surpreender sua congregação ao usar de inteligência e criatividade, podendo alcançar isto variando as formas homiléticas de apresentar seus sermões. Sermões narrativos, segmentados, monólogos, biográficos, dentre outros, poderão compor o calendário de pregação.
j) Avaliação. Destaco a necessidade do pregador avaliar-se e, para tanto, acredito que uma pessoa de confiança do pastor pode auxiliá-lo (quase sempre a esposa é uma pessoa indicada). Sugiro também que todo pregador vez por outra grave seus sermões e depois os ouça a fim de avaliar-se.
Os rumos que a Igreja deverá seguir daqui para a frente dependerão dos seus púlpitos. Se os pregadores forem aptos a discernir a vontade de Deus e dedicados a transmiti-la aos seus ouvintes, viveremos tempos de colheita abundante.
Vivemos dias onde o papel da Igreja na sociedade, quando questionado, provoca ponderações em diversas direções. Para mim, entretanto, a Igreja está no mundo para fazer diferença nos lugares onde sua influência chega - ela deve cuidar dos interesses de Deus na terra: adorando-o, pregando o Evangelho, ensinando sua Palavra e atentando para os "órfãos e viúvas". O cumprimento de todo este papel exige da Igreja inconformismo (no sentido de Romanos 12:2) "não vos conformeis a este mundo"). Ela não pode acomodar-se, aquietar-se, nem omitir-se; sua guerra é contra o pecado, a injustiça e contra as "hostes espirituais da iniqüidade" (Efésios 6:12) e, para tanto, necessita de santidade, oração e dependência do Espírito.
A sociedade continua tão sedenta de Deus quanto em qualquer outra época da história. Cada vez maior é o número de pessoas desesperadas. Fala-se em 400 mil suicídios por ano no mundo! As pessoas procuram sustentação espiritual, daí tantas religiões que surgem e conquistam adeptos, o que confirma quão grande é a carência do mundo. Se o mundo continua o mesmo em matéria de sede de Deus, a Igreja, por sua vez, sobretudo os evangélicos chamados históricos, necessitam de reflexão sobre seu papel. Penso que a crise de integridade que afeta o evangelicalismo do primeiro mundo já alcança nosso país e tende a agravar-se.
Acredito que a Igreja precisa, hoje, de um avivamento real. Avivamento é viver o Cristianismo com integridade. O problema da Igreja em grande parte reside na pobreza de vida cristã que se vive: são multidões de crentes nominativos, meros freqüentadores semanais de cultos que, quando muito, contribuem financeiramente com suas Igrejas. Há um descompromisso com a Palavra, com a ética e a moral cristãs. A Igreja é um corpo que encarna Cristo e como tal não poderia passar despercebida. Em suma, falta a consciência de discipulado cristão nos membros de nossas Igrejas.
Concordo com Juan Carlos Ortiz, que no seu livro "O Discípulo" fala da Igreja como sendo um orfanato cheio de bebês e que nós, os pastores, passamos grande parte de nosso tempo correndo atrás de "bebês" para dar-lhes "leite". A Igreja somente pode cumprir seu papel em meio à sociedade se prezar pela qualidade de vida cristã. Tenho certeza de que crentes verdadeiramente avivamos são capazes de revolucionar uma sociedade, uma nação, um país inteiro.
Para que a Igreja possa alcançar sua estatura ideal, nos termos de Efésios 4:12 e 13, o ministério da pregação é fundamental. Verdadeiramente a pregação é prioridade na Igreja Cristã. Concordo com Lloyd-Jones, que no livro "Pregação e Pregadores" relaciona o declínio da Igreja ao empobrecimento e desprestígio do púlpito. O grande número de crentes nominativos em nossas Igrejas é conseqüência dos púlpitos insossos, sem unção, vida, nem criatividade. Para que a Igreja cumpra seu papel no mundo é imprescindível que os pregadores desempenhem seu ministério eficientemente e façam com que a pregação da Palavra volte a ser o momento mais importante do culto.
Para que a pregação readquira seu grau de importância é imperativo que os pregadores tenham um preparo adequado, tanto espiritual como intelectualmente. O pregador deve ser vocacionado por Deus para a mais importante tarefa do mundo e, consciente de sua excelente missão, dispor-se nas mãos de Deus buscando a direção do Espírito em todas as áreas de sua vida. A vida do pregador precisa referendar seus sermões. Ele deve viver o que prega, ser exemplo de vida, de santidade, amor, oração, honestidade, chefe de família. O preparo intelectual é igualmente importante. É mistér que o pastor seja homem dado aos estudos, primeiramente das Escrituras, mas não somente conhecimento bíblico é fundamental ao bom pregador. Ele precisa ter boa formação teológica, conhecimento histórico, filosófico, psicológico, antropológico, dentre outras áreas, e isto exigirá do pregador constante apego aos estudos e pesquisas.
Destaco o preparo homilético do pregador. É fundamental que este se aperfeiçoe homileticamente, que estude, que se aprofunde na homilética a fim de conhecer técnicas, métodos e formas sermônicas que enriquecerão seu trabalho.
Concordo com aquilo que ouvi, que o bom sermão é aquele que "conforta os abatidos e incomoda os acomodados", pois creio que o sermão deve constituir-se num instrumento de Deus para falar ao seu povo. Assim, quero destacar alguns aspectos que creio serem importantes na preparação dos sermões:
a) Dependência do Espírito. O pregador deve encher-se dEle continuamente (Efésios 5:18), pois o Espírito foi quem o escolheu e é quem o capacitará para a sua tarefa.
b) Oração. É fundamental a todo cristão, principalmente ao pregador que, através da oração, poderá trilhar o caminho do ministério da pregação com eficiência.
c) Estudo da Bíblia. Meditação e estudo são imprescindíveis. O pregador precisa alimentar-se da Palavra, ouvir os conselhos de Deus para sua vida antes de transmiti-los aos seus ouvintes.
d) Visão. O pastor precisa ter visão de onde pretende chegar com seu rebanho. Como Igreja, temos uma Missão tremendamente abrangente e a visão do pastor orientará o rebanho na parcela que lhe caberá dentro dessa Missão. A partir da visão, de onde se quer chegar, e da consciência de onde se está no momento, o pregador estabelecerá um programa de pregação que vise alimentar e conclamar seu rebanho na direção certa. Este programa deve ser previamente elaborado e dosado de criatividade e variedade, haja visto que a monotonia prejudicará a comunicação.
e) Técnicas de comunicação e homilética. O pregador precisa especializar-se a fim de eficientemente comunicar-se com seu povo. Para isso, pode buscar reciclar-se através de leituras ou aperfeiçoar-se com cursos de pós-graduação. Este aperfeiçoamento é importante para que consiga transmitir idéias contidas nos sermões com clareza de modo a serem absorvidas pelos ouvintes. Este cuidado levará o pregador a ter sempre um objetivo específico em cada sermão e a saber como alcança-lo mediante a pregação.
f) Conhecimento da natureza humana. O pregador que busca a eficiência em seu trabalho precisa conhecer seu povo e reconhecer suas carências. Se o sermão não for relevante, também não será interessante ao povo. A Bíblia não pode ser usada a pretexto, pois a pregação eficiente é bíblica e contemporânea. Concordo com L. M. Perry e Charles Sell que no livro "Pregando Sobre os Problemas da Vida" afirmam que de nada vale falar de detalhes da vida do século I e nada dizer sobre a vida do século XX.
g) Boa administração do tempo. Em geral os pregadores se envolvem com diversas atividades, mas o bom pregador é alguém que reconhece a preciosidade da obra que tem a desempenhar e investe a parcela necessária de tempo neste trabalho. Vale ressaltar que a preguiça é uma terrível inimiga da eficiência do pregador.
h) O celeiro de idéias. É uma prática igualmente importante. Uma simples agenda pode registrar idéias para sermões e ilustrações que o pregador leu, ouviu ou mesmo viveu e que futuramente poderão lhe servir para enriquecer seu trabalho.
i) Criatividade e variedade. O pastor nunca deve ser tido como repetitivo e previsível em seu trabalho como pregador. Deve surpreender sua congregação ao usar de inteligência e criatividade, podendo alcançar isto variando as formas homiléticas de apresentar seus sermões. Sermões narrativos, segmentados, monólogos, biográficos, dentre outros, poderão compor o calendário de pregação.
j) Avaliação. Destaco a necessidade do pregador avaliar-se e, para tanto, acredito que uma pessoa de confiança do pastor pode auxiliá-lo (quase sempre a esposa é uma pessoa indicada). Sugiro também que todo pregador vez por outra grave seus sermões e depois os ouça a fim de avaliar-se.
Os rumos que a Igreja deverá seguir daqui para a frente dependerão dos seus púlpitos. Se os pregadores forem aptos a discernir a vontade de Deus e dedicados a transmiti-la aos seus ouvintes, viveremos tempos de colheita abundante.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
A “Shekiná” de Deus está aqui. “Shekiná”?
Texto do Pr Marcello de Oliveira.
É normal ouvir em nossos cultos, congressos, seminários, a palavra “Shekiná”. Desde adolescente ouço esta palavra na igreja. Pregadores a usam com freqüência. Os “ministros do louvor” têm o hábito de usá-la. Temos até um cântico muito conhecido: “Derrama a tua “shekiná” sobre nós.
Agora pergunto: De onde tiramos a palavra “shekiná”? O que significa esta palavra? Será “shekiná” uma expressão encontrada nas Escrituras?
Começando pela última pergunta, a palavra “shekiná” não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras! Penso que você neste momento está perplexo. Esses dias atrás, pregando em uma grande igreja aqui em São Paulo, falei sobre isto no púlpito e imagine a reação que isto causou no plenário, bem como nos obreiros que ali estavam. Após o término do culto, várias pessoas me pararam e diziam: Pr Marcelo, já ouvimos vários “pregadores de renome” falar desta palavra, e agora o sr está dizendo que não existe? Será que o sr não está enganado?
Exatamente aqui reside nosso problema. Nós ouvimos os “grandes pregadores” falarem, e aceitamos tudo. Não procuramos pesquisar, averiguar, perscrutar. Tudo o que é novidade, e é falada por alguém de “peso”, nós aceitamos e logo começamos a falar. Falta em nosso meio, cristão bereanos, que analisam a cada dia as Escrituras, para verem se está correto ( At 17.11). Notemos que era Paulo que estava pregando! Homem de cultura invulgar, conhecedor de toda lei judaica, e acima de tudo, um dos maiores pregadores que o mundo conheceu. Ora, se Paulo teve que passar no crivo dos bereanos, o que dizer de nossos pregadores? Serão estes maiores que Paulo?
Mas voltando ao assunto da palavra “shekiná”, este vocábulo não aparece na Bíblia Judaica [ Tanakh] nem no N.T, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica -ש-כ -נ(sh-k-n), cujo significado é “habitar”, “fazer morada”. Se perguntarmos a qualquer irmão, o que significa esta palavra, todos dirão: a glória de Deus, presença de Deus. Acontece que, “shekiná” não significa nada disso! O vocábulo “glória” no hebraico é “kavód” – o peso da glória de Deus. Então, quando cantamos: Derrama tua “shekiná” aqui, estamos dizendo: Derrama a tua habitação aqui. Soa estranho, não? Pedir para o Eterno derramar a habitação Dele sobre nós? Não consigo entender! Pois Ele já habita em nós, através da pessoa do Espírito Santo ( ICo 6.19)
A “shekiná”, como uma idéia concreta, aparece só na literatura rabínica, havendo somente “alusões” a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo “וְעָשׂוּ לִי מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹכָם” – “e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)”[1];”וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹךְ בְּנֵי יִשְׂרָאֵל, וְהָיִיתִי לָהֶם לֵאלֹהִים” – “e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus”[2]; e “יְהֹוָה צְבָאוֹת הַשֹּׁכֵן בְּהַר צִיּוֹן” – “o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião”[3].
Conclusão
Vimos por meio deste singelo estudo que a palavra “shekiná” não está nas Sagradas Escrituras. Aprendemos também que “shekiná” não significa : glória, presença de Deus. Ela vem da raiz “shakhan” que significa – habitar, fazer morada. Esta idéia de “skekiná” aparece somente na literatura rabínica, onde os judeus cabalistas [4] começaram a usá-la a partir do séc XIII. Devemos estar sempre prontos a aprender e não ir além da Escritura. Foi o que Lutero disse para Erasmo: “ A única diferença entre eu [ Lutero] e você [Erasmo] é que eu me coloco debaixo da autoridade das Escrituras, e você se coloca acima dela”.
Pr Marcello de Oliveira é hebraista.
Notas:
[1] Exodo 25.8 – “Shakhan’ti” [ habitarei]
[2] Exodo 29.45 -”Shakhan’ti” [ habitarei]
[3] Isaías 8.18 – “Shakhen” [ habito]
[4] Cabala é um sistema religioso-filosófico que investiga a natureza divina. Kabbalah (QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção. É a vertente mística do judaísmo.
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2010/11/shekina-de-deus-esta-aqui-shekina.html#ixzz1De13kyq5
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike
É normal ouvir em nossos cultos, congressos, seminários, a palavra “Shekiná”. Desde adolescente ouço esta palavra na igreja. Pregadores a usam com freqüência. Os “ministros do louvor” têm o hábito de usá-la. Temos até um cântico muito conhecido: “Derrama a tua “shekiná” sobre nós.
Agora pergunto: De onde tiramos a palavra “shekiná”? O que significa esta palavra? Será “shekiná” uma expressão encontrada nas Escrituras?
Começando pela última pergunta, a palavra “shekiná” não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras! Penso que você neste momento está perplexo. Esses dias atrás, pregando em uma grande igreja aqui em São Paulo, falei sobre isto no púlpito e imagine a reação que isto causou no plenário, bem como nos obreiros que ali estavam. Após o término do culto, várias pessoas me pararam e diziam: Pr Marcelo, já ouvimos vários “pregadores de renome” falar desta palavra, e agora o sr está dizendo que não existe? Será que o sr não está enganado?
Exatamente aqui reside nosso problema. Nós ouvimos os “grandes pregadores” falarem, e aceitamos tudo. Não procuramos pesquisar, averiguar, perscrutar. Tudo o que é novidade, e é falada por alguém de “peso”, nós aceitamos e logo começamos a falar. Falta em nosso meio, cristão bereanos, que analisam a cada dia as Escrituras, para verem se está correto ( At 17.11). Notemos que era Paulo que estava pregando! Homem de cultura invulgar, conhecedor de toda lei judaica, e acima de tudo, um dos maiores pregadores que o mundo conheceu. Ora, se Paulo teve que passar no crivo dos bereanos, o que dizer de nossos pregadores? Serão estes maiores que Paulo?
Mas voltando ao assunto da palavra “shekiná”, este vocábulo não aparece na Bíblia Judaica [ Tanakh] nem no N.T, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica -ש-כ -נ(sh-k-n), cujo significado é “habitar”, “fazer morada”. Se perguntarmos a qualquer irmão, o que significa esta palavra, todos dirão: a glória de Deus, presença de Deus. Acontece que, “shekiná” não significa nada disso! O vocábulo “glória” no hebraico é “kavód” – o peso da glória de Deus. Então, quando cantamos: Derrama tua “shekiná” aqui, estamos dizendo: Derrama a tua habitação aqui. Soa estranho, não? Pedir para o Eterno derramar a habitação Dele sobre nós? Não consigo entender! Pois Ele já habita em nós, através da pessoa do Espírito Santo ( ICo 6.19)
A “shekiná”, como uma idéia concreta, aparece só na literatura rabínica, havendo somente “alusões” a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo “וְעָשׂוּ לִי מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹכָם” – “e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)”[1];”וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹךְ בְּנֵי יִשְׂרָאֵל, וְהָיִיתִי לָהֶם לֵאלֹהִים” – “e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus”[2]; e “יְהֹוָה צְבָאוֹת הַשֹּׁכֵן בְּהַר צִיּוֹן” – “o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião”[3].
Conclusão
Vimos por meio deste singelo estudo que a palavra “shekiná” não está nas Sagradas Escrituras. Aprendemos também que “shekiná” não significa : glória, presença de Deus. Ela vem da raiz “shakhan” que significa – habitar, fazer morada. Esta idéia de “skekiná” aparece somente na literatura rabínica, onde os judeus cabalistas [4] começaram a usá-la a partir do séc XIII. Devemos estar sempre prontos a aprender e não ir além da Escritura. Foi o que Lutero disse para Erasmo: “ A única diferença entre eu [ Lutero] e você [Erasmo] é que eu me coloco debaixo da autoridade das Escrituras, e você se coloca acima dela”.
Pr Marcello de Oliveira é hebraista.
Notas:
[1] Exodo 25.8 – “Shakhan’ti” [ habitarei]
[2] Exodo 29.45 -”Shakhan’ti” [ habitarei]
[3] Isaías 8.18 – “Shakhen” [ habito]
[4] Cabala é um sistema religioso-filosófico que investiga a natureza divina. Kabbalah (QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção. É a vertente mística do judaísmo.
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2010/11/shekina-de-deus-esta-aqui-shekina.html#ixzz1De13kyq5
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
A CRISE RELIGIOSA
texto de Ilton Gonçalves
Os 7.8 - Sincretismo em nossos dias, nova forma de idolatria.
SINCRETISMO=> Sistema em que consiste em conciliar os princípios de várias doutrinas.
SIMULACRO => É um sistema de filosofia instituída no passado para domínio da plebe, do povo menos intelectual e menos culto. Símbolos, cópia infiel.
"Todos os caminhos levam a Deus". É a proposta do sincretismo religioso, ou seja, da mistura de todas as religiões num culto único e que tolere as peculiaridades de cada credo, consideradas "irrelevantes". É algo que nada mais é que o princípio da plataforma que será defendida e implantada pelo falso profeta durante a Grande Tribulação (Cf. Ap.13:11-15).
1) Denominado de "desmoralização religiosa", muitos estão vendo a religião como uma empresa de consumo, e isso gera uma ansiosa concorrência em que acabaram por se meter as religiões e seus profissionais... querem (depressa) resultados palpáveis, seja para os clientes, seja para si mesmas.
Para os clientes, os resultados buscados devem aparecer no mínimo sob a forma de experiências religiosas imediatamente satisfatórias - o êxtase, o transe, o júbilo, o choro, o alívio, enfim, a emoção - ou terapeuticamente eficazes e, no máximo, sob a forma de prosperidade econômica real...para se oferecerem mercadologicamente como soluções mágicas ou experiências místicas, as religiões se mostram cada vez menos ascéticas e moralizadoras...Veja-se o caso brasileiro, as religiões que mais se expandem no Brasil oferecem um tipo de religiosidade 'experiencial', digamos assim, que é muito pouco exigente eticamente, mas muito eficiente misticamente. Passaram a oferecer serviços lábeis...definidos como vias de salvação mágicas ou mágico-místicas.
Perigosamente, está se instalando uma concepção religiosa inspirada na magia, na experiência descompromissada com a santidade e com a obediência a Deus. Está-se mais defendendo a plena liberdade do homem na sua busca do sobrenatural, o que é incentivado sobremaneira pelo movimento da Nova Era. É contra isto que a Igreja deve se levantar, pois só ela tem a verdadeira mensagem que preenche esta necessidade que o homem está a sentir da presença de Deus. Entretanto, muitos têm se deixado seduzir pela proposta satânica do sincretismo (enquanto redijo este texto, v.g., ouço em um programas radiofônicos evangélicos convidam para campanhas de sete semanas para purificação com um sabonete de mirra. Qual a diferença desta prática com as existentes em feitiçarias nas várias religiões afro-brasileiras ?). Precisamos ser santos, porque nosso Deus é santo - I Pe.1:15,16; Lv.11:44; 19:2; 20:7.
2) Boa parte dos fiéis está olhando a religião como se estivesse diante de uma prateleira de supermercado. Empurrando seu carrinho, a pessoa escolhe os itens que mais lhe agradam entre os oferecidos. Nos casos mais extremos desse fenômeno, as pessoas criam a própria religião, através da qual mantêm um contato sem intermediários com o divino.
A proposta do ecumenismo visa a unidade das igrejas cristãs, confundindo, entretanto, unidade com uniformidade. A Igreja de Cristo é una e não poderia ser diferente, pois o Senhor fundou uma única Igreja e deseja que todos sejamos um nEle (Cf. Jo.17:21; Ef.4:3-6).
O sincretismo, entretanto, não se dá apenas com uma formal participação em iniciativas ecumenistas, mas, o que é mais grave, em condutas que são adotadas pelos servos de Deus por puro espírito de imitação, gerando um comportamento tal que faz com que fiquemos muito parecidos com grupos sem qualquer compromisso bíblico e, o que é mais grave, fazendo com que certas posturas adotadas por estes grupos tragam confusão a muitos crentes que, por causa das condutas assimiladas, passam a não mais perceber diferenças. O mais perigoso nos nossos dias é um "sincretismo prático" que, indevidamente, é negligenciado no nosso meio. - Mt.6:7,8, 19-21, 31-34; Os.6:10, 7:14; Ml.1:7,8; Is.58:3-14.
3) Os 7.8 => Aqui se tem a mistura propriamente dita. É a assimilação da cultura mundana, que faz com que se perca a identidade de servo de Deus. O povo de Israel é equiparado ao bolo não virado porque "a fraqueza do seu caráter é como a fraqueza do pão assado de um lado só ". "Porque Israel entrou em alianças com estrangeiros e assimilou outras culturas, ele perdeu as distinções que o fazia digno", Os 7.8
4) Podemos dizer que algumas das características do cristianismo ortodoxo se baseiam nos seguintes pontos:
a) Manter fidelidade incondicional à Bíblia, que é inerrante, infalível e verbalmente inspirada;
b) Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade (verdade absoluta, ou seja, verdade sempre, em todo lugar e momento);
c) Julgar todas as coisas pela Bíblia e ser julgado unicamente por ela;
d) Afirmar as verdades fundamentais da fé cristã histórica: a doutrina da Trindade, a encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a regeneração do Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a ressurreição dos ímpios para o juízo final e a morte eterna e a comunhão dos santos, que são o Corpo de Cristo.
e) Ser fiel à fé e procurar anunciá-la a toda criatura;
f) Denunciar e se separar de toda negativa eclesiástica dessa fé, de todo compromisso com o erro e de todo tipo de apostasia;
g) Batalhar firmemente pela fé que foi concedida aos santos.
5) Como está sendo o cristianismo hoje?
- Um cristianismo misturado com paganismo, "paganização"
- Contudo buscam apenas o sensacionalismo, Ez 33.30-32
- As invencionices de "novas revelações"
- O simulacro, muletas para os aleijados espirituais. Símbolos, imagens e coisas que satisfazem apenas a visão. (seria coisa de índio?)
- Para muitos é tempo de buscar: Galhos de arruda, rosas brancas, água e óleo de Israel, medalhas escritas, cruzes, caixão de defunto para enterrar as misérias, portais da felicidade, túnel do sucesso, fechamento do corpo....
Buscam métodos, filosofias, técnicas de bem viver aqui na terra, cultos divertidos como se fossem reuniões de bailes, onde o verdadeiro estímulo é o balanço do corpo e a estrela que brilha no palco. Buscam tudo aqui na terra. Mas nós não somos daqui, somos de lá, de cima, da glória, do céu...
Jesus te ama, aceite-o por teu único e suficiente Salvador.
Os 7.8 - Sincretismo em nossos dias, nova forma de idolatria.
SINCRETISMO=> Sistema em que consiste em conciliar os princípios de várias doutrinas.
SIMULACRO => É um sistema de filosofia instituída no passado para domínio da plebe, do povo menos intelectual e menos culto. Símbolos, cópia infiel.
"Todos os caminhos levam a Deus". É a proposta do sincretismo religioso, ou seja, da mistura de todas as religiões num culto único e que tolere as peculiaridades de cada credo, consideradas "irrelevantes". É algo que nada mais é que o princípio da plataforma que será defendida e implantada pelo falso profeta durante a Grande Tribulação (Cf. Ap.13:11-15).
1) Denominado de "desmoralização religiosa", muitos estão vendo a religião como uma empresa de consumo, e isso gera uma ansiosa concorrência em que acabaram por se meter as religiões e seus profissionais... querem (depressa) resultados palpáveis, seja para os clientes, seja para si mesmas.
Para os clientes, os resultados buscados devem aparecer no mínimo sob a forma de experiências religiosas imediatamente satisfatórias - o êxtase, o transe, o júbilo, o choro, o alívio, enfim, a emoção - ou terapeuticamente eficazes e, no máximo, sob a forma de prosperidade econômica real...para se oferecerem mercadologicamente como soluções mágicas ou experiências místicas, as religiões se mostram cada vez menos ascéticas e moralizadoras...Veja-se o caso brasileiro, as religiões que mais se expandem no Brasil oferecem um tipo de religiosidade 'experiencial', digamos assim, que é muito pouco exigente eticamente, mas muito eficiente misticamente. Passaram a oferecer serviços lábeis...definidos como vias de salvação mágicas ou mágico-místicas.
Perigosamente, está se instalando uma concepção religiosa inspirada na magia, na experiência descompromissada com a santidade e com a obediência a Deus. Está-se mais defendendo a plena liberdade do homem na sua busca do sobrenatural, o que é incentivado sobremaneira pelo movimento da Nova Era. É contra isto que a Igreja deve se levantar, pois só ela tem a verdadeira mensagem que preenche esta necessidade que o homem está a sentir da presença de Deus. Entretanto, muitos têm se deixado seduzir pela proposta satânica do sincretismo (enquanto redijo este texto, v.g., ouço em um programas radiofônicos evangélicos convidam para campanhas de sete semanas para purificação com um sabonete de mirra. Qual a diferença desta prática com as existentes em feitiçarias nas várias religiões afro-brasileiras ?). Precisamos ser santos, porque nosso Deus é santo - I Pe.1:15,16; Lv.11:44; 19:2; 20:7.
2) Boa parte dos fiéis está olhando a religião como se estivesse diante de uma prateleira de supermercado. Empurrando seu carrinho, a pessoa escolhe os itens que mais lhe agradam entre os oferecidos. Nos casos mais extremos desse fenômeno, as pessoas criam a própria religião, através da qual mantêm um contato sem intermediários com o divino.
A proposta do ecumenismo visa a unidade das igrejas cristãs, confundindo, entretanto, unidade com uniformidade. A Igreja de Cristo é una e não poderia ser diferente, pois o Senhor fundou uma única Igreja e deseja que todos sejamos um nEle (Cf. Jo.17:21; Ef.4:3-6).
O sincretismo, entretanto, não se dá apenas com uma formal participação em iniciativas ecumenistas, mas, o que é mais grave, em condutas que são adotadas pelos servos de Deus por puro espírito de imitação, gerando um comportamento tal que faz com que fiquemos muito parecidos com grupos sem qualquer compromisso bíblico e, o que é mais grave, fazendo com que certas posturas adotadas por estes grupos tragam confusão a muitos crentes que, por causa das condutas assimiladas, passam a não mais perceber diferenças. O mais perigoso nos nossos dias é um "sincretismo prático" que, indevidamente, é negligenciado no nosso meio. - Mt.6:7,8, 19-21, 31-34; Os.6:10, 7:14; Ml.1:7,8; Is.58:3-14.
3) Os 7.8 => Aqui se tem a mistura propriamente dita. É a assimilação da cultura mundana, que faz com que se perca a identidade de servo de Deus. O povo de Israel é equiparado ao bolo não virado porque "a fraqueza do seu caráter é como a fraqueza do pão assado de um lado só ". "Porque Israel entrou em alianças com estrangeiros e assimilou outras culturas, ele perdeu as distinções que o fazia digno", Os 7.8
4) Podemos dizer que algumas das características do cristianismo ortodoxo se baseiam nos seguintes pontos:
a) Manter fidelidade incondicional à Bíblia, que é inerrante, infalível e verbalmente inspirada;
b) Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade (verdade absoluta, ou seja, verdade sempre, em todo lugar e momento);
c) Julgar todas as coisas pela Bíblia e ser julgado unicamente por ela;
d) Afirmar as verdades fundamentais da fé cristã histórica: a doutrina da Trindade, a encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a regeneração do Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a ressurreição dos ímpios para o juízo final e a morte eterna e a comunhão dos santos, que são o Corpo de Cristo.
e) Ser fiel à fé e procurar anunciá-la a toda criatura;
f) Denunciar e se separar de toda negativa eclesiástica dessa fé, de todo compromisso com o erro e de todo tipo de apostasia;
g) Batalhar firmemente pela fé que foi concedida aos santos.
5) Como está sendo o cristianismo hoje?
- Um cristianismo misturado com paganismo, "paganização"
- Contudo buscam apenas o sensacionalismo, Ez 33.30-32
- As invencionices de "novas revelações"
- O simulacro, muletas para os aleijados espirituais. Símbolos, imagens e coisas que satisfazem apenas a visão. (seria coisa de índio?)
- Para muitos é tempo de buscar: Galhos de arruda, rosas brancas, água e óleo de Israel, medalhas escritas, cruzes, caixão de defunto para enterrar as misérias, portais da felicidade, túnel do sucesso, fechamento do corpo....
Buscam métodos, filosofias, técnicas de bem viver aqui na terra, cultos divertidos como se fossem reuniões de bailes, onde o verdadeiro estímulo é o balanço do corpo e a estrela que brilha no palco. Buscam tudo aqui na terra. Mas nós não somos daqui, somos de lá, de cima, da glória, do céu...
Jesus te ama, aceite-o por teu único e suficiente Salvador.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
O antiintelectualismo mata, mas o Espírito vivifica
O antiintelectualismo mata, mas o Espírito vivifica
“Meu negócio não é como teologia, mas com joelhologia”. Essa frase, que tem aparência de espiritualidade, foi criada por um pregador piauense; e expressa um forte antiintelectualismo. O antiintelectualismo se manifesta na oposição do estudo sistemático da Sagrada Escritura, por meio da teologia. Os anti-intelectuais são contra o estudo acadêmico, pois segundo eles, o crente precisa somente orar e o Espírito Santo revela a sua vontade. A curso teológico, mesmo o ortodoxo, é criticado com unhas e dentes.
01) A origem do antiintelectualismo protestante.
O início do antiintelectualismo no protestantismo começou nos exageros do pregadores avivalistas do século 19, onde se dá o início do evangelicalismo. O problemas dos reavivamento nos Estados Unidos é que eles exageraram no aspecto emocional do cristianismo. Reagindo contra a apatia devocional de suas congregações, que eram secas emocionalmente, muitos crentes do século 19 caíram em outro estremo, o desprezo pela intelectualidade. “O pastor não eram mais um professor que ensinava uma determinada congregação, mas era uma celebridade que inspirava o público em massa”, observa Nancy Pearcey, que lembra os avivalistas que souberam manter o equilíbrio entre devoção e racionalismo, citando o exemplo de Jonathan Edwards¹.
O anti-intelectualismo já foi muito forte entre os pentecostais, fato esse que não pode ser negado. O teólogo Stanley M. Horton, o maior expoente hodierno do pentecostalismo clássico, escreveu:
O Dr. Burton Goddard, que me ensinou hebraico no Gordon (Seminário Teológico Gordon-Conwell), incentivou-me a ir para Harvard fazer doutorado em Antigo Testamento. Ele também me ajudou a conseguir uma excelente bolsa de estudos. Quando contei ao irmão Smuland, meu superintendente distrital, que eu estava agradecido a Deus pela bolsa de estudos, ele retrucou: - A Deus ou ao diabo?²
A missionária norte-americana Ruth Dorris Lemos junto como o seu esposo, o Rev. João Kolenda Lemos, implantaram o primeiro seminário assembleiano no Brasil, O Instituto Bíblico das Assembléias de Deus(IBAD) em outubro de 1958. Ela conta que “eles (os pastores brasileiros) não tinham uma visão desse trabalho aqui no Brasil. E também missionários de outros países não tiveram esse sentimento”.³
O antiintelectualismo dos assembleianos brasileiros não partiu dos missionários suecos. Eles sempre valorizaram o estudo bíblico, mas não tinham uma visão de seminários nos moldes americanos. O missionário Gunnar Vingren foi um dedicado seminarista por quatro anos em Chicago(EUA). O que prevaleceu foi as Escolas Bíblicas de Obreiros (EBO), que já fazem parte da tradição assembleiana. As EBO´s eram realizadas em pequenos períodos no ano. Apesar das EBO´s, muitos pastores pentecostais no Brasil eram anti-intelectuais e acusavam os seminários de “fábricas de pastores”.
Esse tempo passou, hoje o número de eruditos pentecostais só está crescendo, os seminários e faculdades assembleianas proliferam por todo o Brasil. Hoje, o perigo está em vários jovens que buscam seminários, e caem em covis de cobras do liberalismo teológico de Rudolf Bultmann ou da neo-ortodoxia de Karl Barth. Há até pentecostal que é considerado maior defensor do teísmo aberto, modismo teológico de origem liberal.
02) o antiintelectualismo e o neopentecostalismo.
O antiintelectualismo se manifesta de maneira violenta, hoje, no neopentecostalismo. O maior líder neopentecostal do Brasil escreveu:
Todas as formas e ramos da teologia são fúteis, não passam de emaranhados de idéias que nada dizem ao inculto, confundem os simples e iludem o sábio. Nada acrescentam à fé e nada fazem pelos homens, a não ser aumentar sua capacidade de discutir e discordar entre si. 4
Será que esse líder não lembra dos benefícios, para o cristianismo, por parte dos teólogos ortodoxos que amavam a palavra de Deus? Certamente, se as ovelhas de muitos mercadores na fé, tivessem o mínimo de conhecimento bíblico, não entregariam os seus bens para sugadores e aproveitados, que usam a Bíblia de maneira indevida.
A cada dia nasce uma nova denominação neopentecostal no Brasil, mas a maioria esmagadora dessas novas denominações, já nascem sem Escola Dominical. Será um interesse na ignorância do povo? Infelizmente, muitas congregações de denominações tradicionais abandonaram a Escola Dominical.
03) a falácia do antiintelectualismo.
Um dos textos bíblicos mas usados pelos defensores do antiintelectualismo, se encontra em 2Co 3.6b(A letra mata, e o espírito vivifica). Quanto Paulo diz que a letra mata, ele não está se referindo ao estudo, mas a letra da lei de Moíses, que a ninguém salva, mas mostra o estado pecaminoso do homem e a severidade em relação ao pecado.
A Bíblia, pelo contrário, incetiva a busca pelo conhecimento:
a) Não se aparte de sua boca o livro dessa Lei; antes medita nele dia e noite (Js 1.8a)
b) A exposição de tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices (Sl 119.130).
c) No ano primeiro de seu reinado, eu Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos (Dn 9.2).
d) Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor (Os 6.3a).
e) Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mt 22.29).
f) Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam (Jo 5.39).
g) Persiste em ler, exortar e ensinar (1Tm 4.13).
h) Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos (2Tm 4.13).
i) Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18).
04) as causas do antiintelectualismo.
Os principais fatores que contribuem para um forte antiintelectualismo no meio evangélico é o pragmatismo religioso e o empirismo desenfreado.
O pragmatismo baseia a verdade em sua utilidade e satisfação. O pragmático nunca pergunta se algo é verdadeiro, mas a sua pergunta é se algo funciona. A partir do momento que a funcionalidade de algo é a busca primaz do agente pesquisador, a sua tendência será o antiintelectualismo. A verdade, e sua busca, está em segundo plano. O pragmático descobre, por exemplo, que um homem cura enfermos com “o cuspe de Cristo”, em vez de buscar a base escriturística e fundamentar esse fato na verdade bíblica, o sujeito prefere a “cura do cuspe”, pois funciona.
O empirismo evangélico é pai do antiintelectualismo, pois baseia as suas “verdades” em experiência. As experiência são levadas as extremos, estabelecendo até doutrinas. Os “empiristas gospel” são anti-intelectuais de carteirinha. Um famoso pregador empirista, chamou o seu doutorado de porcaria, se vê o valor da teologia para esse pregador. É bom observar que há vários sites oferecendo doutorado de teologia por correspondência, puro engano e fraude.
05) o equilíbrio entre intelectualidade e devoção.
Há uma idéia muita errada, que associa estudo a apatia espiritual. O estudo não produz crentes nominais ou pessoas frias na fé com Cristo. Grandes eruditos, como muitos analfabetos estão mortos espiritualmente. O que determina comunhão com Deus não é o exterior (bens materiais, graduações etc), mas uma busca sincera por Deus. O mais importante é o equilíbrio de uma devoção emocional ao estudo intelectualizado. John Stott, em seu livro Cristianismo Equilibrado5, fez uma importante observação:
Alguns crentes são tão friamente intelectuais que se questiona serem eles mamíferos de sangue quente, para não dizer seres humanos, ao passo que outros são tão emocionais que se deseja saber se são possuidores de uma porção mínima de massa cinzenta. Eu me sinto constrangido a dizer que o mais perigoso dos dois extremos é o anteintelectualismo de depois a entrega ao emocionalismo...
Sinto-me na obrigação de acrescentar, contudo, que se o antiintelectualismo é perigoso, a polarização oposta é quase igualmente perigosa. Um hiperintelectualismo árido e sem vida, uma preocupação exclusiva com ortodoxia não é cristianismo do Novo Testamento. Não há dúvida de que os crentes primitivos eram profundamente motivados pela experiência de Jesus Cristo.
Nada de antiintelectualismo, mas não se deve cair no extremo do hiperintelectualismo, como lembra Stott. Ambos são prejudiciais, pois os extremos são perigosos. O estudo não pode deixar ninguém sem emoções, as emoções não podem deixar alguém sem racionalidade.
Conclusão:
O cristão deve regeitar a teologia, filosofia, biologia, psicologia e outros ramos de estudo que trazem conceitos baseados em mentiras, que contrariam as verdades bíblicas. Mas tudo aquilo que a teologia, filosofia, biologia, psicologia e outros ramos de estudo que trazem como verdades, que se baseam na revelação bíblica, deve ser abraçada pelo cristão. A frase do Clemente de Alexandria, um dos pais da igreja, deve ser lembrada, ele disse: “Toda verdade é a verdade de Deus”.
Referências bibliográficas:
1- PERCEY, Nancy. Verdade Absoluta. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 297 e 300.
2- HORTON, Stanley M. O Avivamento Pentecostal. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001. 32,33.
3- frase de: LEMOS, Ruth Dorris. Atividade Feminina: Vida totalmente dedicada ao Mestre. Mensageiro da Paz. Rio de Janeiro, maio de 2006, ano 76, n. 1452. p. 19.
4- MACEDO, Edir. A Libertação da Teologia, p. 17. citado por: SOARES, Esequias. Heresias e Modismos. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 332.
5- Publicado pela CPAD.texto de Gutierres Siqueira
“Meu negócio não é como teologia, mas com joelhologia”. Essa frase, que tem aparência de espiritualidade, foi criada por um pregador piauense; e expressa um forte antiintelectualismo. O antiintelectualismo se manifesta na oposição do estudo sistemático da Sagrada Escritura, por meio da teologia. Os anti-intelectuais são contra o estudo acadêmico, pois segundo eles, o crente precisa somente orar e o Espírito Santo revela a sua vontade. A curso teológico, mesmo o ortodoxo, é criticado com unhas e dentes.
01) A origem do antiintelectualismo protestante.
O início do antiintelectualismo no protestantismo começou nos exageros do pregadores avivalistas do século 19, onde se dá o início do evangelicalismo. O problemas dos reavivamento nos Estados Unidos é que eles exageraram no aspecto emocional do cristianismo. Reagindo contra a apatia devocional de suas congregações, que eram secas emocionalmente, muitos crentes do século 19 caíram em outro estremo, o desprezo pela intelectualidade. “O pastor não eram mais um professor que ensinava uma determinada congregação, mas era uma celebridade que inspirava o público em massa”, observa Nancy Pearcey, que lembra os avivalistas que souberam manter o equilíbrio entre devoção e racionalismo, citando o exemplo de Jonathan Edwards¹.
O anti-intelectualismo já foi muito forte entre os pentecostais, fato esse que não pode ser negado. O teólogo Stanley M. Horton, o maior expoente hodierno do pentecostalismo clássico, escreveu:
O Dr. Burton Goddard, que me ensinou hebraico no Gordon (Seminário Teológico Gordon-Conwell), incentivou-me a ir para Harvard fazer doutorado em Antigo Testamento. Ele também me ajudou a conseguir uma excelente bolsa de estudos. Quando contei ao irmão Smuland, meu superintendente distrital, que eu estava agradecido a Deus pela bolsa de estudos, ele retrucou: - A Deus ou ao diabo?²
A missionária norte-americana Ruth Dorris Lemos junto como o seu esposo, o Rev. João Kolenda Lemos, implantaram o primeiro seminário assembleiano no Brasil, O Instituto Bíblico das Assembléias de Deus(IBAD) em outubro de 1958. Ela conta que “eles (os pastores brasileiros) não tinham uma visão desse trabalho aqui no Brasil. E também missionários de outros países não tiveram esse sentimento”.³
O antiintelectualismo dos assembleianos brasileiros não partiu dos missionários suecos. Eles sempre valorizaram o estudo bíblico, mas não tinham uma visão de seminários nos moldes americanos. O missionário Gunnar Vingren foi um dedicado seminarista por quatro anos em Chicago(EUA). O que prevaleceu foi as Escolas Bíblicas de Obreiros (EBO), que já fazem parte da tradição assembleiana. As EBO´s eram realizadas em pequenos períodos no ano. Apesar das EBO´s, muitos pastores pentecostais no Brasil eram anti-intelectuais e acusavam os seminários de “fábricas de pastores”.
Esse tempo passou, hoje o número de eruditos pentecostais só está crescendo, os seminários e faculdades assembleianas proliferam por todo o Brasil. Hoje, o perigo está em vários jovens que buscam seminários, e caem em covis de cobras do liberalismo teológico de Rudolf Bultmann ou da neo-ortodoxia de Karl Barth. Há até pentecostal que é considerado maior defensor do teísmo aberto, modismo teológico de origem liberal.
02) o antiintelectualismo e o neopentecostalismo.
O antiintelectualismo se manifesta de maneira violenta, hoje, no neopentecostalismo. O maior líder neopentecostal do Brasil escreveu:
Todas as formas e ramos da teologia são fúteis, não passam de emaranhados de idéias que nada dizem ao inculto, confundem os simples e iludem o sábio. Nada acrescentam à fé e nada fazem pelos homens, a não ser aumentar sua capacidade de discutir e discordar entre si. 4
Será que esse líder não lembra dos benefícios, para o cristianismo, por parte dos teólogos ortodoxos que amavam a palavra de Deus? Certamente, se as ovelhas de muitos mercadores na fé, tivessem o mínimo de conhecimento bíblico, não entregariam os seus bens para sugadores e aproveitados, que usam a Bíblia de maneira indevida.
A cada dia nasce uma nova denominação neopentecostal no Brasil, mas a maioria esmagadora dessas novas denominações, já nascem sem Escola Dominical. Será um interesse na ignorância do povo? Infelizmente, muitas congregações de denominações tradicionais abandonaram a Escola Dominical.
03) a falácia do antiintelectualismo.
Um dos textos bíblicos mas usados pelos defensores do antiintelectualismo, se encontra em 2Co 3.6b(A letra mata, e o espírito vivifica). Quanto Paulo diz que a letra mata, ele não está se referindo ao estudo, mas a letra da lei de Moíses, que a ninguém salva, mas mostra o estado pecaminoso do homem e a severidade em relação ao pecado.
A Bíblia, pelo contrário, incetiva a busca pelo conhecimento:
a) Não se aparte de sua boca o livro dessa Lei; antes medita nele dia e noite (Js 1.8a)
b) A exposição de tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices (Sl 119.130).
c) No ano primeiro de seu reinado, eu Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos (Dn 9.2).
d) Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor (Os 6.3a).
e) Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mt 22.29).
f) Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam (Jo 5.39).
g) Persiste em ler, exortar e ensinar (1Tm 4.13).
h) Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos (2Tm 4.13).
i) Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18).
04) as causas do antiintelectualismo.
Os principais fatores que contribuem para um forte antiintelectualismo no meio evangélico é o pragmatismo religioso e o empirismo desenfreado.
O pragmatismo baseia a verdade em sua utilidade e satisfação. O pragmático nunca pergunta se algo é verdadeiro, mas a sua pergunta é se algo funciona. A partir do momento que a funcionalidade de algo é a busca primaz do agente pesquisador, a sua tendência será o antiintelectualismo. A verdade, e sua busca, está em segundo plano. O pragmático descobre, por exemplo, que um homem cura enfermos com “o cuspe de Cristo”, em vez de buscar a base escriturística e fundamentar esse fato na verdade bíblica, o sujeito prefere a “cura do cuspe”, pois funciona.
O empirismo evangélico é pai do antiintelectualismo, pois baseia as suas “verdades” em experiência. As experiência são levadas as extremos, estabelecendo até doutrinas. Os “empiristas gospel” são anti-intelectuais de carteirinha. Um famoso pregador empirista, chamou o seu doutorado de porcaria, se vê o valor da teologia para esse pregador. É bom observar que há vários sites oferecendo doutorado de teologia por correspondência, puro engano e fraude.
05) o equilíbrio entre intelectualidade e devoção.
Há uma idéia muita errada, que associa estudo a apatia espiritual. O estudo não produz crentes nominais ou pessoas frias na fé com Cristo. Grandes eruditos, como muitos analfabetos estão mortos espiritualmente. O que determina comunhão com Deus não é o exterior (bens materiais, graduações etc), mas uma busca sincera por Deus. O mais importante é o equilíbrio de uma devoção emocional ao estudo intelectualizado. John Stott, em seu livro Cristianismo Equilibrado5, fez uma importante observação:
Alguns crentes são tão friamente intelectuais que se questiona serem eles mamíferos de sangue quente, para não dizer seres humanos, ao passo que outros são tão emocionais que se deseja saber se são possuidores de uma porção mínima de massa cinzenta. Eu me sinto constrangido a dizer que o mais perigoso dos dois extremos é o anteintelectualismo de depois a entrega ao emocionalismo...
Sinto-me na obrigação de acrescentar, contudo, que se o antiintelectualismo é perigoso, a polarização oposta é quase igualmente perigosa. Um hiperintelectualismo árido e sem vida, uma preocupação exclusiva com ortodoxia não é cristianismo do Novo Testamento. Não há dúvida de que os crentes primitivos eram profundamente motivados pela experiência de Jesus Cristo.
Nada de antiintelectualismo, mas não se deve cair no extremo do hiperintelectualismo, como lembra Stott. Ambos são prejudiciais, pois os extremos são perigosos. O estudo não pode deixar ninguém sem emoções, as emoções não podem deixar alguém sem racionalidade.
Conclusão:
O cristão deve regeitar a teologia, filosofia, biologia, psicologia e outros ramos de estudo que trazem conceitos baseados em mentiras, que contrariam as verdades bíblicas. Mas tudo aquilo que a teologia, filosofia, biologia, psicologia e outros ramos de estudo que trazem como verdades, que se baseam na revelação bíblica, deve ser abraçada pelo cristão. A frase do Clemente de Alexandria, um dos pais da igreja, deve ser lembrada, ele disse: “Toda verdade é a verdade de Deus”.
Referências bibliográficas:
1- PERCEY, Nancy. Verdade Absoluta. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 297 e 300.
2- HORTON, Stanley M. O Avivamento Pentecostal. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001. 32,33.
3- frase de: LEMOS, Ruth Dorris. Atividade Feminina: Vida totalmente dedicada ao Mestre. Mensageiro da Paz. Rio de Janeiro, maio de 2006, ano 76, n. 1452. p. 19.
4- MACEDO, Edir. A Libertação da Teologia, p. 17. citado por: SOARES, Esequias. Heresias e Modismos. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 332.
5- Publicado pela CPAD.texto de Gutierres Siqueira
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Os mascates do Evangelho
“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a Palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2 Co 2.17)
Neste texto, Paulo está denunciando os falsos apóstolos que estavam entrando na igreja de Corinto pregando um falso evangelho, com um falso comissionamento e com uma falsa motivação. Esses obreiros fraudulentos eram mascates da religião. Eles não tinham compromisso com Deus, com sua Palavra nem com seu povo; visavam apenas o lucro. Faziam da religião um instrumento para se abastar.
Estes falsos apóstolos faziam da igreja uma empresa: do evangelho um produto; do púlpito um balcão, e dos crentes, verdadeiros consumidores das bênçãos de Deus.
Este texto nos mostra algumas verdades, a saber:
1) Como não se deve pregar o evangelho (2 Co 2.17) – “Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a Palavra de Deus [...]”. A palavra grega usada por Paulo, καπηλεύοντες (kapeléuo) – significa mercadejar, mascatear, lucrar comum negócio.
A palavra , καπηλεύοντες (kapeléuo) é usada na Septuaginta, em Isaías 1.22 para aqueles que misturavam vinho com água a fim de enganar os compradores. Esta palavra é usada também por Platão para condenar os pseudofilósofos. A palavra refere-se àqueles que mascateiam ou mercadejam com a Palavra de Deus para benefício próprio. Esta palavra pode ser traduzida também por “adulterar”, uma vez que no original ela vem da mescla fraudulenta dos licores.
Infelizmente, estamos assistindo com profundo senso de vergonha, um vexatório comércio das coisas sagradas. Muitos pastores gananciosos, sem qualquer pudor, sem qualquer temor, diluem a mensagem do evangelho, torcem a verdade e pregam apenas sobre prosperidade, libertação, curas e milagres, sonegando ao povo a verdadeira mensagem da cruz e, fazendo isto, assaltam o bolso de crentes incautos para se enriquecerem.
Esta imagem descrita acima, possui duas idéias. A primeira diz respeito aos motivos dos falsos obreiros; eles fazem do apostolado um negócio para obter ganhos pessoais. A segunda implica no método; eles adulteram o evangelho, como exigências mais palatáveis e perspectivas limitadas, com a finalidade de atender aos seus próprios interesses.
2) Como se deve pregar o evangelho (2 Co 2.17 b) – “[...] antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus”. Há neste trecho, três verdades a serem destacadas.
a procedência da mensagem - Paulo não fala de si mesmo, em seu próprio nome, mas fala da parte do próprio Deus. Paulo não é a fonte da mensagem, mas o canal dela. Ele não gera a mensagem, mas a transmite. Ele não é dono da mensagem, mas servo dela. O pregador é um embaixador. Ele representa seu país e fala da parte e em nome do governo que o comissionou. Quando o embaixador deixa de representar seu governo e começa a falar o que pensa, é sumariamente demitido. Do mesmo modo, Paulo era obrigado a proclamar a própria Palavra de Deus com irrestrita fidelidade.
O método da mensagem – Paulo fala em Cristo, na presença de Deus. Ele não usa malabarismos e subterfúgios para enganar as pessoas. Ele é íntegro na mensagem e também nos métodos. Ele prega uma mensagem que vem de Deus e a apresenta na presença de Deus. Não basta ser aprovado pelos homens, importa ter a aprovação de Deus.
A motivação do mensageiro – Paulo fala na presença de Deus com sinceridade. A palavra sinceridade refere-se a examinar algo à luz do sol. Significa falar com integridade e fidelidade. Os mascates da religião careciam tanto de sinceridade humana como de autoridade divina. A mensagem de Paulo, porém, é divina; seu método transparente e sua motivação é santa. Ele não prega para auferir lucro, mas para manifestar a fragrância do conhecimento de Deus. O seu coração não é governado pela ganância, mas pela sinceridade.
Nele, que nos chama a pregar com fidelidade e integridade
Pr Marcelo Oliveira
Bibliografia: Kistemaker, Simon. 2 Coríntios. Ed. Cultura Cristã – 2006
Lopes, Hernandes Dias. 2 Coríntios. Ed. Hagnos -2008
Rienecker, Fritz e Rogers Cleon. Chave linguistica do N.T – Ed. Vida Nova
Neste texto, Paulo está denunciando os falsos apóstolos que estavam entrando na igreja de Corinto pregando um falso evangelho, com um falso comissionamento e com uma falsa motivação. Esses obreiros fraudulentos eram mascates da religião. Eles não tinham compromisso com Deus, com sua Palavra nem com seu povo; visavam apenas o lucro. Faziam da religião um instrumento para se abastar.
Estes falsos apóstolos faziam da igreja uma empresa: do evangelho um produto; do púlpito um balcão, e dos crentes, verdadeiros consumidores das bênçãos de Deus.
Este texto nos mostra algumas verdades, a saber:
1) Como não se deve pregar o evangelho (2 Co 2.17) – “Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a Palavra de Deus [...]”. A palavra grega usada por Paulo, καπηλεύοντες (kapeléuo) – significa mercadejar, mascatear, lucrar comum negócio.
A palavra , καπηλεύοντες (kapeléuo) é usada na Septuaginta, em Isaías 1.22 para aqueles que misturavam vinho com água a fim de enganar os compradores. Esta palavra é usada também por Platão para condenar os pseudofilósofos. A palavra refere-se àqueles que mascateiam ou mercadejam com a Palavra de Deus para benefício próprio. Esta palavra pode ser traduzida também por “adulterar”, uma vez que no original ela vem da mescla fraudulenta dos licores.
Infelizmente, estamos assistindo com profundo senso de vergonha, um vexatório comércio das coisas sagradas. Muitos pastores gananciosos, sem qualquer pudor, sem qualquer temor, diluem a mensagem do evangelho, torcem a verdade e pregam apenas sobre prosperidade, libertação, curas e milagres, sonegando ao povo a verdadeira mensagem da cruz e, fazendo isto, assaltam o bolso de crentes incautos para se enriquecerem.
Esta imagem descrita acima, possui duas idéias. A primeira diz respeito aos motivos dos falsos obreiros; eles fazem do apostolado um negócio para obter ganhos pessoais. A segunda implica no método; eles adulteram o evangelho, como exigências mais palatáveis e perspectivas limitadas, com a finalidade de atender aos seus próprios interesses.
2) Como se deve pregar o evangelho (2 Co 2.17 b) – “[...] antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus”. Há neste trecho, três verdades a serem destacadas.
a procedência da mensagem - Paulo não fala de si mesmo, em seu próprio nome, mas fala da parte do próprio Deus. Paulo não é a fonte da mensagem, mas o canal dela. Ele não gera a mensagem, mas a transmite. Ele não é dono da mensagem, mas servo dela. O pregador é um embaixador. Ele representa seu país e fala da parte e em nome do governo que o comissionou. Quando o embaixador deixa de representar seu governo e começa a falar o que pensa, é sumariamente demitido. Do mesmo modo, Paulo era obrigado a proclamar a própria Palavra de Deus com irrestrita fidelidade.
O método da mensagem – Paulo fala em Cristo, na presença de Deus. Ele não usa malabarismos e subterfúgios para enganar as pessoas. Ele é íntegro na mensagem e também nos métodos. Ele prega uma mensagem que vem de Deus e a apresenta na presença de Deus. Não basta ser aprovado pelos homens, importa ter a aprovação de Deus.
A motivação do mensageiro – Paulo fala na presença de Deus com sinceridade. A palavra sinceridade refere-se a examinar algo à luz do sol. Significa falar com integridade e fidelidade. Os mascates da religião careciam tanto de sinceridade humana como de autoridade divina. A mensagem de Paulo, porém, é divina; seu método transparente e sua motivação é santa. Ele não prega para auferir lucro, mas para manifestar a fragrância do conhecimento de Deus. O seu coração não é governado pela ganância, mas pela sinceridade.
Nele, que nos chama a pregar com fidelidade e integridade
Pr Marcelo Oliveira
Bibliografia: Kistemaker, Simon. 2 Coríntios. Ed. Cultura Cristã – 2006
Lopes, Hernandes Dias. 2 Coríntios. Ed. Hagnos -2008
Rienecker, Fritz e Rogers Cleon. Chave linguistica do N.T – Ed. Vida Nova
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)