sábado, 13 de outubro de 2012

EVANGELHO? QUE EVANGELHO?

"A apatia está em toda parte. Ninguém se preocupa em verificar se o que está sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um sermão é um sermão, não importa o assunto; só que, quanto mais curto, melhor" "Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a aplausos? (...) se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo, volte à sua fazenda ou ao seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas permita-me sussurrar em seus ouvidos: 'Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?'" "Estão as igrejas vivenciando uma condição saudável ao terem apenas uma reunião de oração por semana e serem poucos que a freqüentam?" "O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhe tragam satisfação.Na falta de pão, se alimentam de cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice" . "Não há dúvidas de que todo tipo de entretenimento, que manifesta grande semelhança com peças teatrais, tem sido permitido em lugares de culto, e está, no momento, em alta estima. Podem essas coisas promover a santidade ou nos ajudar na comunhão com Deus? Poderiam os homens, ao se retirarem de tais eventos, implorar a Deus em favor da salvação dos pecadores e da santificação dos crentes?" Hoje, os seguidores da "nova onda" revoltam-se contra os que defendem o evangelho de Cristo. Mas o que diriam eles destas palavras que foram ditas por Spurgeon? pregador inglês Charles Haddon Spurgeon nasceu em 19 de junho de 1834 e começou a pregar em 1850. Ele, que tem sido considerado o príncipe dos pregadores, pregou o evangelho de Cristo e combateu heresias e modismos de seu tempo até 1892, quando partiu para a eternidade. As citações acima(de sua autoria) deixam-nos com a impressão de que ele se referia aos trabalhosos dias em que vivemos...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Propaganda eleitoral na igreja é crime

Estamos ativamente na corrida eleitoral, onde iremos escolher os novos rumos da cidade de Simões Filho, e como você já deve saber, algumas igrejas evangélicas (e também católicas ou de outras vertentes) têm como costume ceder o púlpito para candidatos discursarem. Toda véspera de eleição é comum ver o altar se transformar em palanque e as portas dos templos se abrindo para toda classe de charlatanismo. Basta às eleições se aproximarem, que se torna absolutamente comum, candidatos transformarem os altares das igrejas em palanque eleitoral, afirmando que receberam um chamado especial da parte de Deus para se candidatar a algum cargo público, abusando da confiança que fiéis têm neles pra conseguir votos. O discurso é sempre o mesmo: o nome de Jesus e o linguajar emocional. Ser pastor, líder religioso, e deter um cargo político, ao mesmo tempo, não dá. Cometem o primeiro ato de corrupção quando induzem seus fiéis a ajudar na candidatura para ganhar cargos políticos. E depois se atolam na mesma lama dos corruptos a quem deveriam mostrar o exemplo. É necessária muita cautela nesse tempo eleitoral. Os políticos já deram conta que a comunidade evangélica é dona de muitos votos. Nem todos sabem, mas segundo a Lei 9.504/97 e de acordo com o artigo 13 da resolução 22.718/2008, do Tribunal Superior Eleitoral é proibida a propaganda eleitoral, impressa ou verbal, nos templos religiosos, e o desrespeito a esta regra pode acarretar a aplicação de multa de até R$ 8 mil. Sendo assim, se você notar que estão usando sua igreja como curral eleitoral, DENUNCIE. Precisamos dar um basta nessa politicagem dentro dos templos. Igreja é lugar de louvar a Deus! Distribuir santinhos, fazer o púlpito de palanque eleitoral e colocar cabresto no eleitor é uma atitude criminosa. Para denunciar a politicagem na sua igreja, basta procurar a delegacia ou o cartório eleitoral.

sábado, 2 de junho de 2012

Entre ovelhas e currais eleitorais

Há algumas décadas a política era demonizada por muitos evangélicos, hoje para a maioria deles é o caminho para implantação do Reino de Deus, do qual os pastores são os maiores representantes. Não é pequeno o número de clérigos que ultimamente têm ingressado na carreira política em “nome de Deus”. A mudança de mentalidade ainda em andamento no Brasil, no meio evangélico, concernente ao cristão e à vida pública é muito benéfica. Não podemos estar alheios à política, somos cidadãos dos céus, embora também brasileiros mas o que pensar sobre pastores que estão ingressando em carreiras políticas? Muitos pastores que se candidataram nas últimas eleições afirmaram o estar fazendo devido a uma vocação divina. O que percebemos hoje é que a maior parte deles não conseguiu ser eleita. Diante desse fato concluímos: ou Deus mentiu para eles ou eles mentiram para a igreja. Admitir que Deus os chamou para serem políticos mas não permitiu que eles fossem eleitos é extremamente contraditório. Esses homens estão no ministério, segundo eles, pela vontade de Deus. No entanto, muitos têm abandonado a carreira para serem homens do governo. Qual a vontade de Deus para eles afinal? Em sua mentalidade está a certeza de que podem conciliar o ofício pastoral com a vida política. Pensam que estar no ministério é pregar aos finais de semana e administrar a igreja à distância. Ao contrário, o ministério exige disponibilidade de tempo e entrega de vida. Um sermão não é uma palavra “inspirada” na hora, nem fruto apenas de uma boa ideia, é resultado de um estudo sério das Escrituras e de um caráter forjado por Deus. Pastorear é estar com as ovelhas e para isso é necessário tempo. Ter uma função parlamentar não é apenas cumprir os horários e participar das votações e reuniões, mas viver uma vida árdua e com uma agenda extensa. Logo, a concomitância nas duas carreiras levará à mediocridade em ambas. Tais indivíduos profanam o serviço pastoral por duas razões. Primeiro por abandonarem a graça sublime do ministério pastoral, pois abdicam da vontade original de Deus por interesses pessoais. Segundo, por fazerem da igreja, direta ou indiretamente, um curral eleitoral. Em princípio, estamos falando nesse texto sobre pastores, mas não é pequeno o número de lobos e falsos profetas infiltrados no rebanho. Assim que as eleições chegam eles retiram suas vestes de pastores e revelam seus reais interesses: angariar os votos dos fiéis e usá-los como difusores de sua campanha eleitoral em nome da fé e em troca de “grandes galardões nos céus”. Seria bom ver, nas próximas eleições, cristãos capacitados concorrendo a cargos públicos. Seria bom vê-los ganhar com a graça de Deus. Mas faça um favor ao seu pastor que se iludiu com os poderes desse mundo: não vote nele! Ajude-o a lembrar para qual propósito Deus o escolheu.

domingo, 1 de abril de 2012

Mais uma ... de Hipocrisia

Uma das coisas mais desagradáveis que sou obrigado a conviver no convívio com “pastores”, é a hipocrisia doutrinária comparativa. Líderes de ministérios estão todo o tempo fazendo comparações. Desde o número de “membros” em uma determinada congregação, passando pelas estratégias que oferecem resultados, pelas análises pseudo intelectuais de suas fundamentações teológicas e, finalmente, com a arrecadação nos gasofilácios. É sempre assim. Escolhem como critério de comparação aquilo que julgam serem melhores que os demais. Ninguém jamais quer ser comparado em um quesito que seja um ponto fraco de seu ministério/igreja.

Nesta fúria estúpida por desejar ser melhor que outros, uma das coisas que mais me ofende são os pastores retrucadores. Aqueles que sempre tem alguma coisa a acrescentar… e adoram citar textos gringos para sustentar seus pontos de vista. Temos uma geração falida em vários quesitos… e que encontrou no estilo de ser “cabeção”, a maneira de ser idolatrada por suas ovelhas. É uma pena que ficar calado é uma das coisas que o “amplo conhecimento” não ensina a nenhum pastor. Uma geração de pessoas hipócritas e louca para dar respostas a todas as coisas (como se isso fosse possível).
E além de tudo, uma geração idólatra, que coloca pessoas de ministérios distantes como “grandes”, enquanto ignora completamente as virtudes e acertos de seus compatriotas; talvez por os considerar como concorrência.
De métodos as igrejas também estão fartas. Já sabemos até como xingar com propósito, apostolicamente ou em células. Mas tudo isto não foi capaz de produzir a tal revolução que arde no coração dos verdadeiros filhos de Deus. Um pastor que se considera treinado, preparado ou cheio de métodos e experiência, deve necessariamente ser desqualificado do serviço. Este já possui seu coração corrompido pela soberba. Não dá pra ignorar que Jesus escolheu para seus discípulos exatamete o tipo de gente que jamais escolheríamos para líderes. Jesus errou? Somos nós melhores?
Pastores, líderes, ministérios e pessoas… todos devem se apresentar de maneira transparente. Precisamos ser inspiradores mas também autênticos. Somos altamente capazes de falar sobre a glória de Deus… mas de que adianta apenas falar? Deveríamos nos revirar do avesso, mostrando nossas angústias, dificuldades, sofrimentos, medos… e TAMBÉM nossa única esperança. Devemos jogar a imagem do pastor e do super-crente no lixo. Por que o mundo jamais precisou de tais pessoas. O mundo precisa de pessoas de verdade, especialistas em chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram. Pessoas que apesar de todo o sofrimento e dificuldade, são os primeiros a por mão no bolso em favor do desconhecido que passa por necessidade.
A luz do evangelho brilha muito mais em pessoas reais.
Aqueles que olham para pessoas e enxergam como elas realmente são.
E que consideram a todos superiores a si mesmos. Pela fé!

sábado, 3 de março de 2012

Uma derradeira carta do Inferno

Denominacionalismo e doutrinas de homens são fogo no rastilho neste ensaio bombástico homenageando famosa série de C.S. Lewis. 

 Chamo-me Wormwood. Fiquei famoso por minhas aparições nas páginas de um jornal britânico, o The Gardian, em artigos produzidos por C. S. Lewis. Ele, pensador cristão, anglicano, autor da consagrada trilogia Crônicas de Narnia, dispensa apresentações. Eu, para aqueles que não me conhecem, devo esclarecer desde início: sou um demônio. Também devo apresentar meu Tio, Screwtape, que durante bom tempo, com toda paciência e dedicação, instruiu-me na arte de fazer as almas se perderem eternamente. As cartas que me enviava, contendo seus conselhos, acabaram apelidadas “Cartas do Coisa-Ruim” - pura maldade da oposição. Ele, claro, era também um demônio, só que muito mais experiente. Digo ‘era’ como força de expressão, já que não pode deixar de ser, nem que desejasse. Apenas aposentou-se, e hoje, sou eu quem catequiza os demônios mais novos por meio de cartas. A carta que você tem em mãos é uma exceção. Nunca escrevo para as minhas vítimas. Na verdade, sempre falo com elas, mas disfarçadamente: um dos meus disfarces favoritos me faz parecido a um anjo bom; ‘anjo de luz’ como diria certo São Paulo, que, para minha sorte, vocês cristãos não costumam dar ouvidos (apesar de se dizerem o povo da Escritura). “Porque você lhes escreveria?”, perguntou-me tio Screwtape, adivinhando minhas intenções. Sinto, incomodado por certa nostalgia, uma vontade imensa de agradecer. Ora, sei que a gratidão não é algo possível à natureza de alguém como eu, mas tem coisas que vocês entendem melhor por antropoformismos, bem sei. Metafísica de botequim à parte, deixem-me ser grato! Ah, tenho tantos motivos! Pode ser até que lhes escreva outras vezes, mas hoje o tema da minha gratidão é por vocês terem se esquecido do mero cristianismo. Uns querem ‘pentecostalizar’ o mundo, outros ‘prebiterianizá-lo’, outro tanto só pensa em ‘anglicanizar’... Mero Cristianismo, escrito assim com letras maiúsculas e tudo mais – como iria preferir o já citado C. S. Lewis -, é aquele que não oferece ajuda “a ninguém que esteja hesitante entre duas denominações cristãs”. Em outras palavras, é pregar Cristo por Cristo, Cristo na Cruz, Cristo no Gólgota, Cristo à destra de Deus, ... Ressuscitado. Posto de outro modo: mero cristianismo é não sucumbir à tentação de transformar tradições humanas em Dogma Cristão. Mas vocês, minhas vitimas!; já não sabem o que é isso! Uns querem 'pentecostalizar' o mundo, outros 'prebiterianiza-lo', outro tanto só pensa em ‘anglicanizar’. Já encontrei até quem ache que os que negam o Dispensacionalismo serão “deixados para trás”. Também me lembro de certo pregador berrando que “crente que não fala em línguas não tem combustível para subir!”. Tudo isso é música para os meus ouvidos! Confesso que cheguei a me sentir inseguro algumas vezes. Por exemplo, quando o sangue dos mártires lavou o paganismo do Império Romano. Mas, logo o poder subiria a cabeça de alguns, e a coisa meio que desandou. Depois veio certo monge, com mania de me ver em tudo quanto é lugar. E acho que ele realmente me viu, pois percebeu o que eu fazia, e tratou logo de me exorcizar com 95 Teses. Daí pareceu-nos bem promissor tentar fazer estes cristãos, novos, reformados, cometerem os mesmos erros de seus pais, sem que pudessem dar conta disso. Como? Uma historinha de dormir que tio Screwtape nos contava à beira do Lago Fumegante ajudou muito na elaboração de um plano. Ele nos dizia sobre o modo correto de cozinhar um sapo vivo. Primeiro, coloca-se o sapo numa panela fria, que vai sendo aquecida pouco a pouco, até que o sapo cozinhe vivo. Ora, nunca tentei fazer isso com um sapo, mas quase sempre dá certo com vocês, cristãos. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Um pouco aqui, um pouco ali, um acréscimo aqui, outro lá. Pouco a pouco, como no passado, vocês foram transformando novas tradições em novos Dogmas, e aquilo que era uma Reforma, virou apenas cópia, e, cá entre nós, da mal feita. Um Cristianismo puro e simples tornou-se algo tão estranho a vocês, que facilmente os convenci a buscar coisas mais extravagantes. O Cristo crido e pregado por vocês é completamente irreconhecível, mesmo para alguém como eu, que pude vê-lo de perto no Getsêmani. Ele não ficava grilado com roupas, cerveja, cigarro; não ensinava cobertura espiritual, sacrifícios financeiros, plantações de ‘sementes’, e tão pouco sobre o quanto os cristãos devem ser felizes, saudáveis e consumistas. A pureza e a simplicidade da sua mensagem, creiam-me, o tornariam um herege em muitas Igrejas atuais. Vocês o acusariam de bêbado, amigo de pecadores e talvez até de bem humorado demais! Adoro vê-los satanizar Mickey Mouse e Harry Potter, enquanto seus ídolos musicais possam de estrelas, cobram cachês milionários e distribuem autógrafos. Isso me faz lembrar outra parábola interessante, essa contada por Jesus, e seria terrível para nós, no Inferno, se os cristãos tivessem aprendido alguma coisa dela (sorte minha!). Vocês certamente se lembrarão dela, mas talvez imaginem que ela valia apenas para os fariseus. Sim, Jesus disse que eles coavam mosquitos e engoliam camelos - felizmente vocês não aprenderam a lição. Adoro fazer vocês dividirem Igrejas por causa de uma guitarra, ou uma eleição convencional, enquanto seus líderes se digladiam nos bastidores por meia-hora na televisão, ou por cargos eclesiásticos. Adoro vê-los satanizar Mickey Mouse e Harry Potter, enquanto seus ídolos musicais posam de estrelas, cobram cachês milionários e distribuem autógrafos. Divirto-me ao ver que não percebem que o verdadeiro satanismo de Potter, o humanismo, desde muito está canonizado nos hits e palavras de ordens de seus pastores, bispos e apóstolos... Ah! Mesmo assim batem em seus peitos, cheios de orgulho e autoconfiança: “Não somos como os seguidores do Papa! Nós seguimos apenas as Escrituras!”. Será? Pouco me importa, já que os resultados me tem sido satisfatórios. Dia desses, aliás, recepcionamos aqui um grupo interessante de novos hospedes. Um deles tentando simular um Shofar com as mãos trêmulas, desesperado para afastar o que julgava ser apenas um pesadelo, divertia-nos a todos. Menos seus três companheiros. Os outros três, apesar do desespero da situação, tentavam montar uma agência para evangelizar e converter o Inferno – apenas não conseguiam decidir se isso se deveria acontecer pentecostalizando, arminianizando ou luteranizando o submundo do Encardido. É por isso todo o meu esforço para afastá-los do Mero Cristianismo. Porque se começarem a acreditar que o Evangelho da Graça é suficiente, estaremos perdidos aqui em baixo, no submundo. Neste caso, o sonho de Spurgeon, sobre o céu estar mais cheio do que o Inferno, poderia se tornar realidade em segundos. Muito mais produtivo é fazê-los acreditar que a Graça não é o bastante. Você deve ser convencido que precisa também de uma lista de mandamentos humanos, uma coleção de “pode-não-pode”, não importa qual, nem escrita por quem, basta que haja a tal lista e, ainda melhor, se a virem como a mais perfeita entre outras tantas listas escritas por homens circulando por ai... Paro por aqui, para não correr o risco de, ao invés de simplesmente agradecer, terminar alertando-os. Deus me livre! A gente se vê... Ou não?

domingo, 22 de janeiro de 2012

QUE ESTAMOS PREGANDO?

A Igreja do Senhor Jesus Cristo tem sido marcada, ao longo dos séculos, pelos seus pregadores. Pregar é nobre, sublime e honroso. Algumas vezes pregar é sacrificial. Pregar exige renuncia, dedicação e conhecimento das Escrituras. A determinação de pregar deve ser conseqüência do chamado para pregar. O chamado para pregar exige preparação para pregar. Pregadores sinceros, bíblicos, prudentes, piedosos e espirituais sempre terão um auditório preparado para ouvi-los. Geralmente, com os mesmos atributos. Pregadores levianos e superficiais sempre serão aplaudidos por igual tipo de criaturas. Existe a pregação que distrai. Tanto distrai como destrói. Existe a pregação que apenas faz rir. Faz rir na hora e faz chorar depois. Existe a pregação que faz chorar. Faz chorar no presente, enquanto assegura alegria e felicidade para sempre. Existem os pregadores que animam os auditórios, assim como existem auditórios que animam os pregadores. Os pregadores-arautos trabalham com as ferramentas que Deus usou para compor a Bíblia: inspiração, iluminação e revelação. Os pregadores são chamados e levantados para falarem em nome de Deus. São porta-vozes da Divindade que abençoam a Humanidade. É sublime sua tarefa e abrangente o seu ministério. Precisamos, como Lutero, pensar na pregação como coisa grande. Recordemos o que ele declarou: Essa coisa grande e maravilhosa é realizada inteiramente por meio do ofício da pregação do Evangelho. Visto superficialmente, parece algo insignificante, sem qualquer poder, como qualquer discurso ou palavra de um homem comum. Mas quando tal pregação é ouvida, seu poder invisível e divino está em ação no coração dos homens por meio do Espírito Santo. O labor da pregação não pode subestimado à condição de sobremesa. Muito menos deve ser absorvido como um tira-gosto que antecede a refeição. Ela sempre deve ser o prato principal. Que os nossos púlpitos se enriqueçam, cada vez mais, com pregações fervorosas, bíblicas, simplesmente profundas embora também profundamente simples. Sabe-se facilmente se a pregação atingiu o objetivo de Deus. Quando o pregador pronuncia o amém e o culto se encerra, as pessoas nunca dizem: que extraordinário pregador!. Elas comentam a uma só voz: "Que maravilhoso Jesus..."