quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Seja flexível



Seja flexível, mas não aceite não cumprir os seus compromissos;
Seja flexível, mas não relativize o absoluto para explicar as suas falhas;
Seja flexível, mas não se desvie de seu foco;
Seja flexível, até mude de ideia, mas não se venda, deixando seus valores de lado;
Seja flexível, mas não abandone sua identidade para ser aceito;
Seja flexível sempre, mas seja radical.

Tenho certeza de que a última frase deixou muita gente sem entender. Afinal a palavra radical é empregada geralmente como um defeito, como fanatismo ou até como um comportamento irracional.

A palavra radical vem do latin: radix, -icis, raiz + -al. Ou seja, o seu significado fala de raiz. O fraco, a famosa Maria vai com as outras, é aquele indivíduo que não tem raiz. Que diante das adversidades, logo desiste. Numa hora ele bate no peito com a maior convicção do mundo. No outro instante, aquela certeza se transforma num amontoado de justificativas.

Todas as pessoas vitoriosas são radicais. São capazes de lutar por seus ideais, alguns capazes de morrer por eles, como Tiradentes, Willian Wallace e muitos outros. Sua convicção inspira multidões e suas raízes o fazem permanecerem fortes e inabaláveis diante das tempestades.

Hoje em dia, ter personalidade, ser original é objeto de desejo perseguido por muitos jovens em busca de autoafirmação. Não estou falando desta originalidade barata, movida a rebeldia pra estampar capa de CD de artista que foi tão revolucionário que morreu de overdose, deixando todo mundo falando sozinho. Falo de valores que não fazem parte das modinhas. Falo de raízes presentes nas biografias dos maiores pensadores e revolucionários da história da humanidade.

O mundo que conhecemos foi construído por esses idealistas radicais e é habitado por muitos que, infelizmente, flexibilizam os seus fundamentos (alicerces) e por isso passam pela vida sem construir algo significativo para as próximas gerações.



terça-feira, 24 de junho de 2014

PROFESSOR – UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO



Este texto  é um desabafo de um profissional que está lecionando há mais de 15 anos e que não sabe se aguentará mais 15, que é o tempo que ainda precisarei trabalhar (por mais que ame muito o que faço). Já fui ameaçado com faca em sala de aula, Xingado, zombado, e desrespeitado de todas as formas.  Hoje me fiz muitas perguntas. E talvez a mais preocupante seja: O que será necessário acontecer para se fazer uma reforma educacional neste país?
Leio reportagens com as autoridades educacionais proclamando a má formação de seus professores. Culpando as universidades, a falta de cursos de formação e culpando-nos, evidentemente. Se a educação neste país não vai bem só existe um culpado: o professor.
Mas:
Como um professor pode fazer o seu trabalho se ele precisa ficar constantemente parando sua aula para separar a briga entre os alunos, socorrer aluno que foi ferido por outro aluno?
Dia a dia os professores são alvos de agressões verbais e até mesmo física pelos alunos. A cada dia submetidos a níveis de stress insuportáveis para um ser humano.  Professor tem que dar conta do conteúdo, ser responsável pela segurança física dos alunos, ser médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, psiquiatra, mãe e pai… E se quando ameaçados de morte recorremos a uma delegacia pra fazer um boletim de ocorrência ouvimos: “Não dá nada!”
Qual a motivação de ser bom aluno atualmente? Seus ídolos são jogadores de futebol que não sabem falar o português  e que não hesitam em agredir seus colegas jogadores e até mesmo os árbitros, ensinando que não é necessário haver respeito às autoridades e aos outros. Ou são dançarinas que mostram seu corpo na televisão e ou pousando nuas para ganhar dinheiro.
Conheçoinúmeros profissionais maravilhosos. Pessoas que amam a sua profissão, que se preocupam com seus alunos, que fazem trabalhos excepcionais, mas que estão desgastados e quase arrasados diante da atual situação.
Quem é que quer ser professor? Quem é que quer entrar numa carreira que está sendo extinta, não só pela total desvalorização e desrespeito, mas também pela falta de segurança que estamos enfrentando nas escolas.
A sociedade têm conhecimento de como os professores estão adoecendo? Sabem o que é enfrentar o stress que a violência moral e física têm nos submetido dia-a-dia? Sabe o que é ouvir de um pai frases assim: “Meu filho não mente! Ele é apenas uma criança!” “Eu não sei mais o que fazer com o meu filho!” “Você está passando muita lição para meu filho!” “Ele agrediu o coleguinha, mas não foi ele quem começou.” “Meu filho destruiu a escola, mas não fez isso sozinho!”
Classes superlotadas,  espaço físico destruído, violência, desperdício de merenda, desperdício de material escolar que não valorizam, brigas para abonar faltas, (o aluno não pode faltar muito, não por que isso prejudica sua aprendizagem, mas porque senão perde a bolsa família).
Encerro esse desabafo com uma pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável. “Todo mundo  pensando em deixar um planeta melhor para nossos  filhos…  Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”

sábado, 21 de junho de 2014

Lei da Palmada

Não sou um nenhum homem importante. Mas o pouco que sou hoje, agradeço sim, às vezes que senti uma vara sapecar no meu corpo, os beliscões que ardiam muito, às repreensões e aos castigos. Tive primos que riram das vezes que apanhei, tive vizinhos que caçoaram das vezes que eu não pude sair na rua, de castigo. Meus pais, meus exemplos, foram educados com vara. Meus avós, foram educados com vara. Eu, fui educado com vara. Hoje, vemos uma geração de garotos e garotas mimadas, respondões, que não respeitam os mais velhos e se acham o centro do universo. Estou mentindo? Basta ir a uma escola primária mais próxima... Venho de uma época em que um simples olhar do meu pai, dizia várias coisas. "Ah cara, mas você já errou bastante na sua vida". Sim, errei. Errei muito. Errei demais! Mas quando errava, era repreendido. Fui educado. Ouvia calado, segurava o choro enquanto a vara "cantava o hino nacional no meu lombo". Levantei a voz uma vez para a minha mãe, me arrependo muito disso, mas fui repreendido. Fui educado. Nunca mais. Não persistia no mesmo erro. Não errava duas vezes. Os que riam de mim, não eram educados com vara. [Nem sei se deveria citar isso, porque família é família], mas dos que riam de mim, alguns foram presos, outros tiveram problemas com drogas e alguns outros pagaram com a própria vida. Falta de repreensão. Falta de educação em casa. Falta, até mesmo, de amor. Eu tive a oportunidade de aprender em casa. Aprendi que pais, tios, avós e outros mais velhos que eu, devo respeitar. Aprendi, porque meus pais me educavam com amor, mesmo se isso significasse umas palmadas, umas varadas ou beliscões de vez em quando. Me amavam. Aprendi a voltar da casa do coleguinha que tinha videogame, na hora combinada. Aprendi que as regras e leis, tanto em casa, quanto fora delas, eram pra ser cumpridas. Ah, ‘Lei da Palmada’... se você soubesse o mal que irá fazer para as nossas crianças… Não irão aceitar o “não”, poderão até mesmo ameaçar os pais com “se não me der isso, vou chamar a polícia e falar que você me bate”. Ah, ‘Lei da Palmada’... você irá desestruturar nossas famílias, onde filhos não poderão ser educados em casa, pelos pais, mas na rua. Ah, ‘Lei da Palmada’... se você tivesse tomado umas palmadas, talvez não pensasse assim… Ah, ‘Lei da Palmada’... nossos filhos são o futuro do país. Estamos caminhando para um país sem disciplina. A vara educa. A rua “também”. Mas na rua, a educação é muito mais dolorida. E machuca muito. E a dor, sem amor, não disciplina. Agradeço aos meus pais, tios, avós e outros, que direta ou indiretamente, influenciaram a minha educação. Obrigado por me educarem. Por me disciplinarem. Com vara. Com amor. "Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura." Provérbios 23.13

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Vai Cristo chama, ou vai cortar cana?

Conta-se que certo caipira estava no seu trabalho rotineiro, num canavial, quando, de repente, viu brilhar três letras no céu: VCC. Muito religioso, o caipira julgou que aquelas letras significavam: “Vai Cristo Chama”. Fiel à visão correu ao pastor de sua Igreja e contou-lhe o ocorrido, concluindo que gostaria de devotar o restante de sua vida à pregação do evangelho. O pastor, surpreso diante do relato, disse: — Mas para pregar o evangelho, é preciso conhecer a Bíblia. Você conhece a Bíblia o bastante para sair pelo mundo pregando a sua mensagem? — Claro que sim! – Disse o homem. — E qual é a parte da Bíblia que você mais gosta e conhece? — As parábolas de Jesus, principalmente a do bom samaritano. — Então, conte-a! – Pede o pastor, querendo conhecer o grau de conhecimento bíblico do futuro pregador do evangelho. O caipira começa a falar: — Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu entre os salteadores. E ele lhes disse: Varões irmãos, escutai-me: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. E entregou-lhes os seus bens, e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade. E partindo dali foi conduzido pelo Espírito ao deserto, e tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome, e os corvos alimento lhe traziam, pois alimentava-se de gafanhoto e mel silvestre. E sucedeu que indo ele andando, eis que um carro de fogo o ocultou da vista de todos. A rainha de Sabá viu isso e disse: ‘Não me contaram nem a metade’. Depois disso, ele foi até a casa de Jezabel, a mãe dos filhos de Zebedeu, e disse: ‘Tiveste cinco maridos, e o homem que agora tens, não é teu marido’. E olhando ao longe, viu a Zaqueu pendura pelos cabelos numa árvore e disse: ‘Desce daí, pois hoje almoçarei na tua casa’. Veio Dalila e cortou-lhe os cabelos, e os restos que sobraram foram doze cestos cheios para alimentar a multidão. Portanto, não andeis inquietos dizendo: ‘Que comeremos?’, pois o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. E todos os que o ouviram se admiraram da sua doutrina.” O caipira, entusiasmado, olhou para o pastor e perguntou: — E então, estou pronto para pregar o evangelho? — Olha, meu filho – disse o pastor – eu acho que aquelas letras no céu não significavam: “Vai Cristo Chama”. Antes, deveriam ser lidas: “Vai Cortar Cana”. MORAL DA ESTÓRIA: Um conhecimento superficial das Escrituras poderá causar danos irreversíveis ao ministério, caso o mestre não leve em contar os fatores fundamentais para uma boa interpretação bíblica. fonte: http://www.anderique.blogspot.com

sábado, 15 de fevereiro de 2014

A Cultura da Mentira e a Crise da Verdade

Esperei passar alguns dias para postar algo sobre verdade e mentira, especialmente porque a cultura pós-moderna traz mais apelos à mentira do que à verdade, e com a dedicação de um dia para a celebração da mentira, essa realidade se faz ainda mais clara. O chamado "dia da mentira" já se tornou "cult", ou seja, algo que faz parte da cultura popular, não só no Brasil, mas em todo mundo, envolvendo mesmo aqueles que, por conviccção (?) teológica, abominam a mentira ("Abomino e detesto a mentira; porém amo a tua lei". Sl 119.163). A definição bíblica de que a mentira é pecado, de que o diabo é o seu pai e aqueles que insistem em sua prática se tornam seus filhos (Jo 8.44), e, ainda, que não herdarão o Reino glorioso dos césus (Ap 21.8; 22.15) parece não fazer mais diferença. O temor do Senhor parece ter sido completamente esquecido. Qual é a razão de tamanha apologia à mentira, talvez seja a ausência da verdade. Desde o séc. XVII que a verdade tem sido questionada. O francês René Descartes, considerado o 1º filósofo moderno, disse que o modo de encontrar a verdade, era tirar da mente tudo que se possa duvidar até alcançarmos um fundamento de verdades firmes e asseguradas que não se possa duvidar. Segundo pensava, ele conseguira atingir esse fundamento infalível em seu famoso “cogito, ergo sum”: “Penso, logo existo”. O 1º indivíduo a questionar a verdade foi o diabo. Em Gn 3, ele iludiu Eva levantando dúvidas acerca daquilo que Deus havia falado sobre a desobediência, levando os nossos primeiros pais à queda. A partir daí, ele vem influenciando pessoas no decorrer dos séculos, questionando os padrões absolutos de Deus e provocando confusão. Em sua conversa com Pilatos e estando perto da injusta condenação, Jesus lhe disse que veio dar testemunho da verdade, quando, então, Pilatos, visivelmente impressionado com a sereniodade de Jesus, lhe faz um questionamento: "Que é a verdade"? (Jo 18.37,38). O questionamento de Pilatos ecoa até os dias de hoje: "Que é a verdade"? O mundo pós-moderno perdeu o conceito de verdade e de absolutos. Há hoje, uma grande crise da verdade. Mesmo nos púlpitos, o se diz ser verdade, não se caracteriza como tal. Nancy Pearcey reproduz em seu excelente livro “Verdade Absoluta” (veja uma resenha da obra aqui), uma realidade também nossa: “Em cursos de sociologia, antropologia e filosofia, presumia-se que a verdade é culturalmente relati­va; que idéias e crenças emergem ao longo da história de forças culturais e não são verdadeiras ou falsas em qualquer sentido final”. A verdade hoje,m se tornou algo relativamente cultural. Segundo os sábios deste tempo, não há um padrão absoluto e confiável para repousarmos de nossas aflições. Diante de tamanhã confusão, ecoa, assim como o questionamento de Pilatos, a definição de Jesus acerca da verdade: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6) e: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (Jo 17.17). Cristo é a Verdade de Deus revelada a nós e Sua Palavra é o Seu testemunho vivo deixada a nós como nossa única regra de fé e prática. A cultura da mentira só será extirpada quando a verdade se firmar em sua base única e confiável - Jesus Cristo e Sua santa Palavra. Aliás, a maior alegria do Senhor é ver que estamos andando nesse caminho. " Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade" (3Jo v.4). O filósofo grego Aristóteles disse: "Tudo o que alguém ganha com a falsidade é não receber crédito quando fala a verdade". Que nos livre da mentira e nos ajude a trilhar o caminho da verdade... Sempre.

É Proibido Pensar

Há algum tempo atrás, o cantor João Alexandre compôs uma música que incomodou muita gente, principalmente aqueles que que são adeptos de movimentos, digamos, estranhos às Escrituras e à boa teologia. A canção chamada "E proibido pensar" traz uma reflexão apologética a respeito das práticas bizarras de inúmeros grupos evangélicos brasileiros: Teologia da prosperidade, insanidades místicas, jargões triunfalistas, judaisismo cristão e tantas outras coisas. Deus usou João Alexandre como uma voz profética (mais uma vez), para denunciar os usos e abusos que são praticados em nome da fé. Agora, eis a letra da canção. É PROIBIDO PENSAR (João Alexandre) Procuro alguém pra resolver meu problema, pois não consigo me encaixar nesse esquema, são sempre variações do mesmo tema, meras repetições. A extravagância vem de todos os lados, e faz chover profetas apaixonados Morrendo em pé, rompendo em fé dos cansados que ouvem suas canções... Estar de bem com a vida é muito mais que renascer. Deus já me deu Sua Palavra e é por ela que eu ainda guio meu viver! Reconstruindo o que Jesus derrubou Recosturando o véu que a cruz já rasgou Ressuscitando a lei, pisando na graça, negociando com Deus! No show da fé milagre é tão natural, que até pregar com a mesma voz é normal. Nesse evangeliquês universal, se apossando dos céus Estão distante do trono, caçadores de Deus ao som de um shofar. É mais um ídolo importado dita as regras para nos escravizar É proibido pensar!