sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Determinações Bíblicas Para Dízimos e Ofertas Alçadas*

1. DÍZIMOS

O assunto principal que quero abordar é a base bíblica das ofertas, não pretenderia, portanto, me alongar no tratamento do dízimo. Sinto-me, entretanto, na obrigação de colocar algumas poucas e objetivas palavras sobre a questão do dízimo. Não é minha intenção dar uma exposição detalhada de que o dízimo é uma determinação procedente de Deus, que precedeu a lei cerimonial e judicial da nação de Israel (incorporando-se posteriormente a essas), sendo portanto válido para todas as épocas e situações. Não é, também, minha intenção partir para uma exposição da seriedade com a qual Deus apresentou e tratava essa questão do dízimo. Não vou, portanto, examinar as severas advertências àqueles que desprezavam suas determinações. Tudo isso já foi dito e exposto por outros de uma forma bem melhor e mais completa do que eu poderia aqui fazer.

Gostaria apenas de reforçar dois princípios bíblicos sobre o dízimo, extraídos do Novo Testamento. Por isso os classificaremos como princípios neotestamentários, que devem regular a nossa contribuição sistemática:

a) O primeiro princípio neotestamentário que desejo ressaltar, é que a Palavra de Deus nos ensina que devemos contribuir planejadamente. Temos este ensinamento em 2 Co 9.7, que diz: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento (Atualizada: ‘necessidade’); porque Deus ama ao que dá com alegria”.

Freqüentemente nos concentramos apenas no entendimento superficial do versículo, e interpretamos que ele fala simplesmente da voluntariedade da contribuição. Mas o fato de que ele nos ensina que a nossa contribuição deve ser alvo de prévia meditação e entendimento nos indica, com muito mais força, que ele deve ser uma contribuição planejada, não aleatória, não dependente da emoção do momento. O dar com emoção é válido. O dar seguindo o impulso momentâneo do coração, possivelmente, mas ambos não se constituem no cerne do “dar” neotestamentário.

Deus está nos ensinando que o seu “mover do nosso coração” não significa a abdicação de nossas responsabilidades. Ele nos ensina que não podemos simplesmente esquecer as portas abertas que ele coloca à nossa frente, relacionadas com as necessidades de sua igreja, e esperar o “mover do espírito”. Tudo isso soa muito piedoso e espiritual, mas se vamos propor no nosso coração, significa que vamos considerar com seriedade que a nossa contribuição deve ser planejada.

Bem, o irmão pode achar uma excelente forma de planejar, mas eu não encontro melhor forma do que a estabelecida na Bíblia: que é a dádiva do dízimo, reconhecimento simbólico de que tudo o que temos pertence a Deus. O dízimo representa a essência da contribuição planejada e sistemática e, conseqüentemente, deveríamos propor no nosso coração dar o dízimo. Vêem como isso muda a compreensão que tantos têm do verso? Alguns dizem: o dízimo constrange e retira a alegria da contribuição, quando o ensinamento é justamente o contrário: proponha no seu coração, sistematize sua contribuição e a contribuição fluirá de você sistematicamente, sem constrangimentos, com alegria. Não procure inventar: contribua na forma ensinada pelo próprio Deus ao seu povo.

b) Um segundo princípio neotestamentário, é que Deus espera que a nossa contribuição seja proporcional aos nossos ganhos, ou seja, devemos contribuir proporcionalmente. Encontramos esta lição em 1 Co 16.2-3, que diz: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar.”

O ensinamento é, mais uma vez muito claro. É óbvio que Paulo espera uma contribuição sistemática, pois ele diz que ela deveria ser realizada aos domingos (no primeiro dia da semana), que é quando os crentes se reuniam. O versículo é muito rico em instrução, demonstrando até a propriedade de nos reunirmos e cultuarmos ao Senhor aos domingos, contra os ensinamentos dos sabatistas, testemunhas de jeová e, agora, até da Valnice Milhomens, de que deveríamos voltar ao Velho Testamento e estarmos guardando o sábado, o sétimo dia da semana.

Quero chamar a sua atenção, entretanto, para o fato de que Paulo, pela inspiração do Espírito Santo, nos ensina que temos que contribuir conforme Deus permitir que prosperemos, ou seja, conforme os nossos ganhos. Essa é a grande forma de justiça apontada por Deus: as contribuições devem ser proporcionais, ou seja um percentual dos ganhos. Assim, todos contribuem igualmente, não em valor, mas em percentual.

Mais uma vez, o irmão pode querer inventar um percentual qualquer. Admito até que isso pudesse acontecer se nunca tivesse tido acesso ao restante da Bíblia, mas todos nós sabemos qual foi o percentual que o próprio Deus estabeleceu ao seu povo: dez por cento dos nossos ganhos! Isso, para mim me parece satisfatório e óbvio. Não preciso sair procurando por outro meio e forma, principalmente porque se assim eu o fizer posso até dizer, eu contribuo sistematicamente com o percentual que eu escolhi, mas nunca vou puder dizer que o faço em paridade e justiça com os outros irmãos, pois quem garante que o percentual dele é igual ao meu? Eu destruiria com isso, o próprio ensinamento da proporcionalidade que Deus nos ensina através de Paulo. Porque não seguir a forma, o planejamento e a proporção que já havia sido determinada por Deus?

Sabemos que temos muita argumentação falha, a favor do dízimo, que procura utilizar prescrições da lei cerimonial (cumprida em Cristo) ou da lei judicial de Israel (de caráter temporal, para aquela nação). Entretanto, temos, igualmente, muitos princípios válidos e exemplos sobre o dízimo, tanto no Velho como no Novo Testamento. No nosso caso, procurei me concentrar apenas nesses dois princípios.

Acredito, portanto, na primazia da contribuição sistemática, planejada, que não está sujeita ou escravizada às flutuações da nossa natureza pecaminosa, mas que segue o modelo e percentual utilizado pelo povo de Deus e que procedeu das próprias determinações divinas.


2. OFERTAS

Necessitamos, em adição, ir até à Palavra de Deus e verificarmos que a contribuição sistemática, periódica e proporcional não é a única encontrada nas Escrituras, nem como registro histórico, nem como determinação.

Além do dízimo, Deus fez registrar a propriedade das ofertas alçadas, ou seja, de contribuições esporádicas que fluíam dos corações de servos movidos pelo desejo de ir além, de sua contribuição dizimal, quer por mera gratidão, quer por uma causa específica, colocada por Deus perante eles, quer por uma necessidade extrema de auxílio, de caráter social.

Nesse sentido, vamos estudar algumas passagens. Elas não esgotam o assunto, mas são ilustrativas de nossas responsabilidades e privilégios perante Deus, no que diz respeito a essa questão.

a. Velho Testamento:

(1) Êxodo 25-36
Este trecho nos fala da construção do tabernáculo. Foi uma construção ordenada por Deus. Aquela construção atenderia a necessidade de providenciar um local de adoração ao povo que peregrinava pelo deserto. Dizia respeito, portanto, ao acondicionamento físico do povo e dos instrumentos litúrgicos. Muitas das coisas determinadas aqui possuem o simbolismo característico do Velho Testamento e eram destinadas a demonstrar a majestade da presença de Deus, a sua santidade e a apontar para o redentor prometido.

Deus, com todo o seu poder, poderia ter produzido do nada uma casa de adoração. Quis ele que tudo fosse feito com os recursos do povo, entrelaçando a construção com o dia-a-dia de Israel. Para a construção e para os ornamentos havia a necessidade de muitos objetos de valor, utensílios, ouro, prata, cobre. Nenhum estudioso sério da palavra de Deus questionaria que o dízimo estava em vigor, nesta ocasião (no máximo temos os que questionam a sua validade no novo testamento, mas quanto à isso, já nos posicionamos). Porque Deus não utilizou os dízimos de seu povo para esta necessidade? A razão é bem direta: porque os dízimos, sendo a contribuição sistemática, já tinham a sua aplicação normal: serviam ao sustento dos levitas, dos líderes religiosos, e serviriam à manutenção dos atos de adoração, mas não poderiam fazer face à necessidade específica, esporádica e extra-normal que agora era colocada por Deus perante seu povo. Deus os chama, conseqüentemente, a contribuir com ofertas alçadas, extras.

O princípio básico está colocado no versículo 2: “Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada”. A versão Atualizada, diz apenas “oferta”. O original (hebr.: T’Rumáh—oferta alçada, da raiz Rum­–oferta), entretanto, traz “oferta alçada”. Isso não quer dizer nada com relação ao valor – se seria pouco ou muito. Representa algo (um bem, metal precioso, ou dinheiro) extraído do meio do povo que é levantado (alçado) e apresentado ao Senhor como uma dádiva especial, de forma voluntária. Os rituais levíticos posteriores tinham as ofertas alçadas, que eram levantadas perante o altar apenas uma vez, pelo sacerdote, e a oferta “abanada”, que era levantada ou movida várias vezes perante o altar, representando a consagração da dádiva. Tal oferta não era, nem poderia ser, compulsória. Ela era voluntária. O texto diz com muita clareza: todo o homem cujo coração se mover voluntariamente. Esses eram os contribuintes. Eles deveriam trazer ofertas especiais, de gratidão e reconhecimento, coisas de valor a serem utilizadas nas necessidades físicas da adoração espiritual que é devida somente a Deus.

Os próximos seis capítulos de Êxodo (até o 31) registram em detalhes o que Deus queria que fosse feito em sua casa de adoração. No capítulo 35, Moisés chama o povo e começa a passar a ele as instruções recebidas de Deus. No versículo 5 ele diz: “Tomai de entre vós uma oferta para o Senhor; cada um cujo coração é voluntariamente disposto, a trará por oferta alçada ao Senhor: ouro, prata e bronze…” Mais uma vez, o caráter voluntário da oferta é ressaltado. Nos versículos 21 e 22, temos o registro da ocorrência das ofertas (recapitulando: primeiro Deus ordena a Moisés, depois Moisés ordena ao povo e agora, temos o fato real). Mais uma vez o registro da voluntariedade é ressaltado. Diz o trecho:

(21) E veio todo homem cujo coração o moveu, e todo aquele cujo espírito o estimulava, e trouxeram a oferta alçada do Senhor para a obra da tenda da revelação, e para todo o serviço dela, e para as vestes sagradas.

(22) Vieram, tanto homens como mulheres, todos quantos eram bem dispostos de coração, trazendo broches, pendentes, anéis e braceletes, sendo todos estes jóias de ouro; assim veio todo aquele que queria fazer oferta de ouro ao Senhor.

O versículo 29 reforça ainda mais o princípio:

(29) Trouxe uma oferta todo homem e mulher cujo coração voluntariamente se moveu a trazer alguma coisa para toda a obra que o senhor ordenara se fizesse por intermédio de Moisés; assim trouxeram os filhos de Israel uma oferta voluntária ao Senhor.

Perante essa evidência não podemos, meus irmãos, dizer que o dízimo é a única forma de contribuição encontrada na Palavra de Deus. Ofertas voluntárias têm o seu lugar e são apropriadas em casos específicos, como o que Deus colocou à nossa frente.

Uma segunda coisa que aprendemos nesse trecho, é que a voluntariedade da oferta não significava aleatoriedade. Ou seja, por ser voluntária não significava que não podia ser planejada. Na realidade lemos, no capítulo 36, v. 3, o seguinte: “…e receberam de Moisés toda a oferta alçada, que os filhos de Israel tinham do para a obra do serviço do santuário, para fazê-la; e ainda eles lhe traziam cada manhã ofertas voluntárias”. Ou seja, enquanto durou a construção, as ofertas eram trazidas sistematicamente, repetidamente, a cada manhã. Não vamos pensar, portanto, que o planejamento e sistematização tiram a espiritualidade da oferta planejada e dada de coração. Essa sistematização muito deve ter auxiliado aqueles que necessitavam dar andamento à construção.

Que glorioso resultado foi alcançado com o entendimento correto e com a predisposição do povo de Deus, nessa dádiva de ofertas. Vejam o que registram os versículos 4 a 7, deste mesmo capítulo 36:

(4) Então todos os sábios que faziam toda a obra do santuário vieram, cada um da obra que fazia,

(5) e disseram a Moisés: O povo traz muito mais do que é necessário para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse.

(6) Pelo que Moisés deu ordem, a qual fizeram proclamar por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais.

(7) Porque o material que tinham era bastante para toda a obra, e ainda sobejava.

Que coisa gloriosa se Deus fosse servido mover o nosso povo ao ponto em que precisaríamos vir até à frente PROIBIR, para que nada mais se trouxesse!

(2) Levítico 22:18-19
Este outro trecho da Palavra de Deus está inserido nas regras e determinações sobre o dia-a-dia das práticas do povo de Deus. Temos esta colocação nos versículos 18 e 19:

“Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel, e dize-lhes: Todo homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros em Israel, que oferecer a sua oferta, seja dos seus votos, seja das suas ofertas voluntárias que oferecerem ao Senhor em holocausto, para que sejais aceitos, oferecereis macho sem defeito, ou dos novilhos, ou dos cordeiros, ou das cabras.”

Desse registro aprendemos:

1. Mesmo sem nenhuma ocasião especial, a prática de ofertas voluntárias era permitida e disciplinada no meio do povo de Deus. Não existe, portanto incompatibilidade entre os dízimos e ofertas.

2. O que era ofertado deveria vir sem defeito, ou seja, não ofertamos daquilo que nós mesmos não queremos, mas sim do que é agradável e aceitável. Deus merece o melhor.

3. A determinação era para os israelitas e para os estrangeiros em Israel, ou seja, não podemos restringir a oferta voluntária apenas aos membros do povo de Deus. Lembremo-nos, entretanto, que são ofertas voluntárias e não demandadas, solicitadas, constrangidas. A responsabilidade primordial é do Povo de Deus.


b. Novo Testamento.

(1) Uma Oferta a Paulo
Paulo estava na prisão quando escreveu a carta aos Filipenses. É uma carta de amor e gratidão, na qual ele expressa a possibilidade do crente exercitar essa alegria em Cristo independentemente das circunstâncias pelas quais está passando. Pensemos na situação de Paulo. Ela era dura e amarga. Estava afastado do convívio dos seus amigos, em uma prisão e certamente tinha várias necessidades.

A igreja de Filipo, consciente das necessidades de Paulo, levantou e enviou uma oferta específica para ele. No capítulo 4 (10-19) temos o registro e alguns detalhes da ocorrência. Lemos ali:

(10) Ora, muito me regozijo no Senhor por terdes finalmente renovado o vosso cuidado para comigo; do qual na verdade andáveis lembrados, mas vos faltava oportunidade.

(11) Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre.

(12) Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade.

(13) Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

(14) Todavia fizestes bem em tomar parte na minha aflição.

(15) Também vós sabeis, ó Filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo no sentido de dar e de receber, senão vós somente;

(16) porque estando eu ainda em Tessalônica, não uma só vez, mas duas, mandastes suprir-me as necessidades.

(17) Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta.

(18) Mas tenho tudo; tenho-o até em abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus.

(19) Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus.

Vemos que é o agradecimento de ofertas, remetidas duas vezes e com toda probabilidade em dinheiro, pois no verso 16 lemos: “não somente uma vez, mas duas, mandastes o bastante para as minhas necessidades”. Essas ofertas foram levadas à Paulo por Epafrodito, como nos fala o verso 18, e é exatamente para este versículo que eu gostaria de dirigir a nossa atenção, pois dele extraímos quatro lições sobre ofertas.

Aprendemos que a oferta voluntária:

1. É um ato desejável por Deus (“aroma suave”). A oferta é comparada a um aroma suave, a um perfume não agressivo, mas suave. Aquele cheiro que permanece e que nos traz memórias e lembranças, que nos faz desejar estar de novo sentindo ele. Nesse sentido, é um privilégio poder contribuir, poder fazer algo que é desejável por Deus. Veja no versículo 10 que Paulo diz que “..vos faltava oportunidade”. Isso significa que devemos ver as situações de necessidade de contribuição que Deus coloca à nossa frente, como grandes oportunidades a serem aproveitadas.

2. É um ato aceitável por Deus (“Sacrifício aceitável”). Não podemos, portanto, dizer que ofertas não sejam aceitas por Deus, pois Paulo nos ensina o contrário.

3. É um ato agradável a Deus (“aprazível”). O texto diz que ela é aprazível, ou seja, traz prazer a Deus.

4. É um ato direcionado a Deus (“a Deus”, traz o final do verso). Se vamos contribuir com outro propósito em mente: prosperidade, barganha com Deus, para agradar o Conselho, para agradar o pastor, até para termos mais orgulho da Igreja, tudo isso foge ao propósito principal: a oferta correta é direcionada a Deus e somente a ele. Nesse sentido é que acompanha o dízimo como um ato de gratidão e de louvor.

(2) Uma oferta aos Crentes de Jerusalém
Uma outra situação de necessidade foi registrada no Novo Testamento: os crentes de Jerusalém passaram a ser intensamente perseguidos e começaram a passar dificuldades financeiras. Muitos foram expulsos de suas casas, outros perderam suas ocupações, não podiam exercer suas profissões. Paulo registra que coletas foram feitas em favor das necessidades destes crentes em Romanos 15:25-28 (“…coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém.”) pelas igrejas da Grécia (Acáia) e Macedônia. Em 2 Coríntios 8 e 9 ele menciona essas coletas e fornece vários princípios relativos a contribuições.

Peço que os irmãos notem, neste trecho e incidente, os seguintes ensinamentos:

1. Proporcionalidade e voluntariedade não são incompatíveis entre si – 2 Co 8.3: “…na medida de suas posses.” Mais uma vez a questão da proporcionalidade no dar. Teríamos, possivelmente, uma inferência aos dízimos. Mas o versículo continua e registra: “e mesmo acima delas se mostraram voluntários.” Não resta dúvida que fala de contribuições voluntárias, destinadas a fazer face à uma necessidade. Contribuindo, dessa forma eles foram além dos dízimos, além da contribuição sistemática. Os versos 12 e 13 reforçam a questão da proporcionalidade e da justiça nas contribuições: Deus não quer o que o homem não tem. O seu propósito não é o de dar sobrecarga, mas o de proporcionar a igualdade.

2. O privilégio de contribuir – 2 Co 8.4. Lemos que os crentes dessas regiões “pediram com muitos rogos” a graça de participarem da assistência que se apresentava! Que diferença aos dias de hoje. Verificamos que hoje os solicitantes e não os crentes é que emitem “muitos rogos” compelindo os contribuintes a darem tudo de qualquer forma, sob qualquer pretexto. Que bênção seria se tivéssemos os diáconos sendo abordados “com muitos rogos” por crentes ansiando a participação no privilégio de contribuir com suas ofertas às necessidades da igreja! Este privilégio é uma atitude desejável - 2 Co 8.7. Paulo suplica para que eles continuem “abundando nesta graça”, ou seja, a prática da contribuição voluntária é algo desejável, é uma graça da parte de Deus aos seus servos. O desprendimento das coisas materiais e a colocação delas ao serviço do Mestre são um alvo a ser alcançado pelo servo fiel.

3. A procedência da contribuição verdadeira. É o coração sincero. A oferta, na visão de Paulo, era uma prova da “sinceridade do vosso amor” (8.8). Paulo estava dizendo que aquelas ações provariam as palavras de apreço, que não ficaram só nas palavras, mas estavam sendo transformadas em ação.

4. A importância do planejamento. Em 9.3, Paulo escreve que o fato das igrejas da Acáia (Grécia) estarem preparadas desde o ano anterior, para tal contribuição era uma prova do “zelo” deles e representava “um estímulo” para muitos. Não existia, portanto, nada não espiritual no planejar. Na realidade, Paulo informa que mandou um mensageiro de ante-mão, para que a reputação dos irmãos não fosse abalada (9.3) e eles estivessem preparados com a oferta que estavam a coletar. Paulo recomenda, portanto que “preparem de antemão a vossa dádiva”, chamando-a de “expressão de generosidade e não de avareza.” Muitas vezes somos chamados a planejar nossas ofertas porque isso pode auxiliar os que dela precisam e pode servir também de estímulo aos demais que, vendo a fidelidade da Igreja, se animam a contribuir.

(3) Uma oferta de uma pessoa pobre
Em Marcos 12.41-44 e Lucas 21.1-4 temos o registro de uma oferta trazida por uma viúva pobre ao templo. Lemos nesses trechos:

MARCOS 12

(41) E sentando-se Jesus defronte do gazofilácio (cofre das ofertas), observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos depositavam grandes quantias.

(42) Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante.

(43) E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no gazofilácio;

(44) porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento.

LUCAS 21

(1) Jesus, levantando os olhos, viu os ricos deitarem as suas ofertas no cofre;

(2) viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas;

(3) e disse: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos;

(4) porque todos aqueles deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha para o seu sustento.


Podemos, desse resgistro, extrair as seguintes lições:

1. Deus se agrada das ofertas. Isso fazia parte da liturgia e não há qualquer palavra de condenação à prática.

2. Faz parte, portanto, de nossos deveres, pois Jesus aprovou a oferta da viúva.

3. A evidência do amor, não é a quantidade dada, mas a quantidade comparada com as nossas posses.

4. Deus requer de nós o mínimo, mas é apropriado até darmos tudo o que temos a Ele.

5. Deus não despreza a oferta humilde, na realidade Ele lhe dá maior valor do que a que procede do sobejo.

6. Não existe pessoa, portanto, que não possa, dessa forma, mostrar o seu amor a Deus.

7. Devemos estar constantemente pesquisando os nossos motivos, nas nossas ofertas.

8. Devemos pesquisar os nossos valores, também: estamos ofertando somente daquilo que sobra, aquilo que não tem serventia para ninguém?


3. CONCLUSÃO

Muitas outras passagens e ensinamentos poderiam ser examinados. Acreditamos, entretanto, que aqueles que tivemos a oportunidade de estudar, representam prova de que Deus se agrada e se tem prazer em nossas ofertas. Essas não tomam o lugar do dízimo, mas representam uma forma adicional de prestarmos a nossa adoração e amor para com Ele. Que possamos ter a visão bíblica da realidade, que não sejamos avarentos, mesquinhos e que estejamos sempre prontos a atender as necessidades que Deus colocou na nossa frente, sempre com ações de graças por termos parte em tão grande privilégio.

* Estudo adaptado de uma palestra originalmente proferida em uma Igreja Presbiteriana formada na “cultura do dízimo” mas com muitos questionamentos com relação a quaisquer outros tipos de ofertas.


em solanoportela@solanoportela.net

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Relacionamentos - Texto de Rubem Alves e musica de Sound Garden

COMO DIFERENCIAR PASTORES E LOBOS

Por Osmar Ludovico da Silva

Sobre Pastores e Lobos

Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.
Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.
Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.
Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.
Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.
Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.
Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.
Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.
Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.
Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.
Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.
Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.
Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.
Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.
Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores” (Mateus 7:15).

Casais Tênis x Frescobol

Texto de Rubem Alves
Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: ‘Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?’ Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar”.
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O império dos sentidos”. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra – é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: “Eu te amo, eu te amo…” Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, ‘eu te amo’ não quer dizer mais nada”. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma”.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada – palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra – pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir… E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos…
A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá…
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre este jogo de tênis: “Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: ‘Não se faça mais estúpido do que é, meu amigo’. A galeria torce e sorri pouco à vontade. Ele cora, aproxima-se dela, beija-lhe a mão suspirando: ‘Tens razão, minha querida’. A situação está salva e o ódio vai aumentando”.
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão… O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor… Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim… (O retorno e terno, p. 51.)

MUDE O DESTINO DE SUA FAMÍLIA

I Samuel 25. 18 conta a respeito de uma mulher muito especial que tomou providências urgentes para que sua família fosse preservada!

Davi estava muito irritado contra Nabal, marido de Abigail, pois o mesmo havia negado alimentos para ele e sua caravana, mesmo depois de Davi haver ajudado seus eMpregados quando estes precisaram.

Nabal era um homem duro e arrogante.

Quando Abigail soube da atitude desprezível de seu marido em relação a Davi, tomou a atitude de ir ao encontro de Davi e resolver a situação.

Davi estava disposto a guerrear contra Nabal e toda a sua casa.

Quantas famílias sendo destruídas só porque eu e você não tomamos nenhuma atitude para mudar a situação?

Você quer mudar o destino de sua família? Então...

1) Tenha a visão correta de Deus ( Ozéias 6.3) " Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor..."

Você e eu conhecemos o Deus Verdadeiro?
• Só Ele faz o impossível acontecer ( Isaias 43.13) "...operando Eu, quem impedirá?"

• Ele nunca se atrasa ( João cap. 11) Lázaro doente, Jesus demora chegar, Lázaro morre..."Se o Senhor estivesse aqui, meu irmão não teria morrido"...Foi a reclamação de Marta e posteriormente de Maria, irmãs de Lázaro! Jesus parecia atrasado, mas não estava! Deus não se atrasa nunca! Espere o milagre na sua família! Ele age no tempo certo sempre!

• Ele respeita a vontade do homem ( II Crônicas 7.14 ) " Se o meu povo que se chama pelo meu nome se humilhar e orar e buscar a minha face..." Você só tem que querer! Ele pode, mas respeita você! Abigail quis e agiu para mudar o destino de sua família, impedindo-a de ser totalmente eliminada! Para onde está caminhando sua família? qual destino está reservado para ela? você quer mudar isso? S e quiser...
2) Seja um exemplo de fé ( Lucas 8.25 ) ..." Onde está a vossa fé? "... Foi a pergunta de Jesus aos discípulos no momento do desespero da tempestade!
Não tem como mudar alguma coisa sem fé! Sua fé está em coisas que passam ou no Deus Eterno que não muda?
Você quer mesmo mudar o destino de sua família? Então...
3) Experimente o amor incondicional de Jesus ( Lucas 7.36-50 )
Um fariseu chama Jesus para almoçar em sua casa... entra uma prostituta, chora, regando os pés de Jesus com suas lágrimas e seca-os com os cabelos, beijava seus pés e ungia-os com perfume... Jesus aceitou a adoração daquela mulher, a vida dela foi transformada naquele momento, embora o dono da casa custasse entender isso!
Você ama seu filho, só se ele for "bonzinho"? Seu pai, mãe, irmãos... só serão amados se corresponderem ao seu amor?
Jesus não é assim! Ele ama a gente, mesmo sabendo quem somos! Leia João 3.16 e deixe Deus falar a você sobre Seu amor incondicional! Você não pode salvar sua familia, sem conhecer Deus! Sem conhecer Jesus! Você não pode amar alguém incondicionalmente, mesmo sendo de sua família, sem experimentar o AMOR incondicional de JESUS na sua própria vida! Faça isso agora mesmo, aí onde você está!
Deus abençoe você nesta nova caminhada!
Else Dias do Amaral Pereira

sábado, 27 de novembro de 2010

Como dar um jeito em alguém que você não gosta

Como dar um jeito em alguém que você não gosta

em Ilustrações - 4.175 views postado por Equipe Sermão
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“… aquilo que o homem semear, isso também colherá…” (Gálatas 6:7). “Há muito tempo, uma menina chamada Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra. Depois de alguns dias, passou a não se entender com a sogra, pois as personalidades delas eram muito diferentes e Lili foi se irritando com seus hábitos e a sogra, por sua vez, freqüentemente a criticava. Meses se passaram e elas cada vez mais discutiam e brigavam.
De acordo com antiga tradição chinesa a nora tinha que se curvar à sogra e obedecê-la em tudo. Lili, já não suportando mais conviver com ela, decidiu tomar uma atitude e foi visitar um amigo de seu pai. Depois de ouvi-la, ele pegou um pacote de ervas lhe disse: – Vou lhe dar várias ervas que irão lentamente envenenando sua sogra. Você não poderá usá-las de uma só vez para se libertar de sua sogra porque isso causaria suspeitas. A cada dois dias ponha um pouco destas ervas na comida dela. Agora, para ter certeza de que ninguém suspeitará de você quando ela morrer, você deve ter muito cuidado e agir de forma muito amigável. Lili respondeu: – Sim, Sr. Huang, eu farei tudo o que o que o senhor me pedir.
Lili ficou muito contente, agradeceu e voltou apressada para casa para começar o projeto de assassinar a sua sogra. Semanas se passaram e a cada dois dias Lili servia a comida “especialmente tratada” à sua sogra. Ela sempre lembrava do que Sr.Huang tinha recomendado sobre evitar suspeitas e, assim, controlou o seu temperamento, obedeceu a sogra e a tratou como se fosse sua própria mãe. Depois de seis meses, a casa inteira estava com outro astral. Lili tinha controlado o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Nesses seis meses, não tinha tido nenhuma discussão com a sogra, que agora parecia mais amável e mais fácil de lidar. As atitudes da sogra também mudaram e elas passaram a se tratar como mãe e filha.
Um dia, Lili foi novamente procurar o Sr. Huang para pedir-lhe ajuda e disse: – Querido Sr. Huang, por favor, me ajude a evitar que o veneno mate minha sogra. Ela se transformou numa mulher agradável e eu a amo como se fosse minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei. Sr. Huang sorriu e acenou com a cabeça. – Lili, não precisa se preocupar.
As ervas que eu dei eram vitaminas para melhorar a saúde dela. O veneno na verdade estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído pelo amor que você passou a dar a ela”.

Amados, em vez de envenenarmos cada vez mais as pessoas, deveríamos nos esforçar para amá-las… QUEM SABE ELAS NÃO MUDAM???

domingo, 7 de novembro de 2010

Porque o mal nos atinge

Porque o mal nos atinge

em Sermões - 133 views postado por Equipe Sermão

João-16.0-33:33

Nunca fiz mal a ninguem. Sou crente fiel. Mas porque Senhor?
(No mundo tereis aflições).

Quero colocar 4 motivos principais “porque o mal chega até nós”

1ª- HUMANIDADE ; (Sou humano) O sol nasce para todos. Mt 5;45 – Ecl 9;12 Tudo sucede igualmente a todos.
Somos humanos, o mal acontece a todos. Alguns acham que é Maldição Hereditária. Outros dizem só acontece aos pecadores. Lc 13;3 (diz o Senhor.)

2ª- AÇÃO SOBERANA DE DEUS ; (Permissão de Deus) Através de provações, ele nos corrige. Jó é exemplo. Jó 5;17 Devemos aceitar a correção. Hb 12;5.7 Ele corrige a quem ama.

3ª- AÇÃO DE SATANÁS ; II Co 2;11 Não o ignore. (ele é bom naquilo que faz) Sua missão; matar, roubar e destruir. Jo 10;10 Não devemos dar (brécha) lugar ao Diabo. Ef 4;27 Vigiai. I Pe 5;8.9

Dragão= Asas de àguia (agilidade) – Patas de leão (força) – Calda de serpente (sagacidade)

4ª- ESTILO DE VIDA ; Gal 6;7 Não vos engane, tudo que plantar, irá colher.

Quem bebe demais, o fim é cirrose. O fumante = câncer. O homossexual = aids O valentão = sempre Achará outro + valente – morte. O marido quebra tudo em casa, bate na esposa e ela abandona o lar. Não adianta colocar a culpa no diabo. O empregado não é esforçado, vive chegando atrasado. = Na hora de cortar os gastos o patrão vai mandar quem embora? – Fui despedido, acho que é perseguição porque sou crente. Que testemunho!
tenho que ser exemplo. caso contrário sofrerei as consequencias. Se ultrapassar
a velocidade permitida. =Levo multa, correndo risco de acidente. Se gasto mais do que ganho.= SPC. Se comer demais, principalmente à noite.= Problemas no aparelho digestivo. (glutonaria)
– Coma para Matar a fome e não para passar mal. – Gosto de uma picanha gordinha.= colesterol alto. Etc…
A solução Onde está… Há casos que nem corrente de oração adianta.
“Podemos escolher o que semear, (livre arbítrio) mas somos obrigados a colher o que plantamos.¨”O que plantar isso irás colher.

A SOLUÇÃO É DEUS, Só ele pode mudar a tua história. Ex. povo de Israel. Deus abriu o mar. No deserto, deu agua da rocha, maná do céu, suas roupas não envelheceram. De dia, para proteger do sol deu-lhes uma nuvem.

A noite para os proteger do frio deu-lhes uma coluna de fogo.

DEUS INTERFERE NA NATUREZA PARA NOS AJUDAR. Somos povo seu… Elias em época de estiagem (fome) Deus manda os corvos o alimentar.

I Re 17;6 DEUS MOVE O SOBRENATURAL.

Seguro estou. O malígno não pode nos tocar. 1 Jo 5;18,19 Não importa o que tu já fez no passado, o senhor pode agir a teu favor. NÃO MPORTA A ORIGEM DO MAL. O que importa é que DEUS TEM PODER. Alguem já te rotulou dizendo; esse já não tem mais jeito!. Só o Senhor tem poder para Quebrar toda a maldição, Tem poder para cortar todo o mal. Não diga, não tem solução. Não posso!.. TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE. Fil 4;13 Para tudo tem solução, com Cristo venceremos. SE DEUS É POR NÓS, QUEM SERÁ CONTRA NÓS. Rm 8;31 O senhor te dará força Para vencer. Rm 8;18 – “ DEUS TEM PODER PARA INTERFERIR EM TODO O PROCESSO DA TUA VIDA” Só ele pode mudar a tua história. 1 Pe 5;10 E o Deus de toda graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória,
Depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer.
A ele seja o domínio para todo o sempre. Amem

Cinco maneiras de afastar seu filho da igreja

Cinco maneiras de afastar seu filho da igreja

em Sermões - 43 views postado por Equipe Sermão,
Provérbios-22.0-6:6

PRIMEIRA:
Diante das menores dificuldades, tais como indisposição, chuva, frio, cansaço, não vá aos cultos nem à Escola Bíblica. Com isso, seu filho vai crescer com a idéia de que participar das atividades da igreja não é assim tão necessário. “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quando vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb 10.24,25).

SEGUNDA:
Quando estiver à mesa ou em reuniões da família, faça críticas ou comentários negativos sobre as orientações do pastor e de outros líderes da igreja. Assim, seu filho vai crescer não tendo respeito por eles, nem dando crédito aos seus ensinos. “Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós” (1Ts 5.12,13).

TERCEIRA:
Cuide para que seu filho cresça num lar que não seja diferente de qualquer outro. Afinal, que valor há em aplicar os princípios da palavra de Deus a todos os aspectos da vida familiar? “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te” (Dt 6.6,7).

QUARTA:
Gaste diante da televisão todo o tempo que passa em casa, em vez de separar parte dele para a leitura da Bíblia e oração. Basta apenas orar na hora das refeições. Com certeza, seu filho aprenderá que oração e estudo da palavra de Deus não são coisas importantes para a vida do crente. “E o terá consigo (o livro da lei), e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, e a guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, a fim de os cumprir” (Dt 17.19).

QUINTA:
Comente à vontade e sem misericórdia a vida dos demais membros da igreja e de outras pessoas. Depois, aos encontrá-los, não deixe cumprimentá-los com um forte abraço e um largo sorriso. Com isso, seu filho terá a impressão de que a vida cristã é pura hipocrisia e desejará seguir o mesmo caminho. “Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas moderados, mostrando toda a mansidão para com todos os homens” (Tt 3.2).

FAÇA ISTO:
Incentive seu filho a ser um cristão verdadeiro e a ter compromisso com Deus e com a igreja. Seja um exemplo para o seu filho. Transmita a seu filho os valores da palavra de Deus. Se ele ainda não fez uma decisão por Jesus, ajude-o a fazer isso. Faça o possível para que ele seja feliz e cumpridor dos seus deveres como cristão e como cidadão.
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22.6).
fonte : www.sermao.com.br Oliveira de Araújo

sábado, 16 de outubro de 2010

A importância da Bíblia para o crescimento saudável da Igreja

A importância da Bíblia para o crescimento saudável da Igreja

O crescimento da igreja é um dos temas mais discutidos na atualidade. Todo pastor anseia ver sua igreja crescer. A igreja sadia deve crescer, precisa crescer! Se não cresce, é porque está enferma. Fidelidade e esterilidade não podem viver juntas sem grandes conflitos. Concordo com Rick Warren, quando afirma: “Pergunta errada: o que fará nossa igreja crescer? Pergunta certa: o que está impedindo nossa igreja crescer?”.
Na busca pelo crescimento da igreja, muitos pastores estão negociando valores inegociáveis. Estão pregando o que funciona, e não o que é certo, preceituado pela Palavra de Deus.
Há quatro desvios em relação às Escrituras que são verdadeiros perigos que atentam fortemente contra o crescimento saudável da igreja em nossos dias:
1º O liberalismo teológico – O liberalismo teológico tenta esvaziar a Escritura, desacreditando sua veracidade, negando, assim, sua inerrância. Onde ele chega, mata a igreja. O liberalismo teológico coloca a razão acima das Escrituras. Ele começa nos seminários, desce aos púlpitos e daí mata a igreja. Há muitas igrejas mortas na Europa, na América do Norte e também no Brasil em função do liberalismo teológico.
2º O Sincretismo religioso – O sincretismo religioso esvazia a Escritura acrescentando a ela o experiencialismo, negando, assim, sua suficiência. Nossa cultura é profundamente mística. Somos uma mistura de raças e de crenças como a pajelança indígena, a idolatria do romanismo, o cardecismo europeu e os cultos afro-brasileiros. Hoje muitas igrejas mudaram o rótulo, mas mantêm o povo preso ao mesmo misticismo: sal grasso, óleo santo, copo d’água em cima da televisão e outras coisas que tem a mesma natureza ou qualidades (cimento da prosperidade, gruta dos milagres, rosa vermelha, lenço ungido, e etc.).
O sincretismo religioso, esvazia a autoridade da Escritura, pois embora creia na sua suficiência, não a coloca em prática. Na verdade, aqueles que são adeptos do sincretismo religioso, são tão mortíferos para a verdadeira ortodoxia quanto os liberais, pois eles falam que crêem na Bíblia, mas buscam experiências fora das Escrituras para conduzir sua vida.
3º A ortodoxia morta – A ortodoxia morta também esvazia a autoridade da Escritura, pois embora creia na sua infalibilidade, não a coloca em prática. Existem muitas pessoas na atualidade que não vivem o que professam. A vida do pregador fala mais alto que os seus sermões. A ação fala mais que as palavras. Exemplos influenciam mais que preceitos. E.M.Bounds disse que “homens mortos tiram de si sermões mortos e sermões mortos, matam”. Martinho Lutero dizia que sermão sem unção endurece o coração. A. N. Martin diz que a pregação poderosa está enraizada no solo da vida do pregador. Charles Haddon Spurgeon alertava os seus alunos dizendo-lhes que o mais maligno servo de Satanás é o ministro infiel do evangelho.
4º A superficialidade no púlpito – O analfabetismo bíblico esvazia a Escritura por não lhe dar o devido valor. Muitos pastores são preguiçosos, não estudam, não alimentam o povo com a Palavra. Dão palha em vez de pão ao povo. Outros alimentam o povo de Deus com uma sopa rala feita dos mesmos ossos. Não é sem motivo que vemos tantos crentes desnutridos espiritualmente, andando de um lado para outro, em busca de algo que lhes sacie a fome. Falta fome da Palavra na igreja brasileira.
O missionário Ronaldo Lidório, trabalhando entre os Konkombas, em Ghana, experimentou grandes maravilhas divinas como resultado da fiel pregação da Palavra. Em nove anos de trabalho missionário, plantou 23 igrejas com cinco mil pessoas convertidas entre tribos animistas e feiticeiras.
Os céus se fenderam e Deus desceu com grande poder, curando enfermos, salvando feiticeiros e libertando cativos. Ronaldo traduziu o Novo Testamento para a língua nativa desse povo até então não alcançado pelo evangelho. Mas, antes do Novo Testamento ser vertido para a língua Konkomba, uma mulher de setenta anos fez uma viagem de quatro dias a pé até a aldeia onde morava o missionário Ronaldo para decorar treze versículos da Palavra de Deus. Ao regressar para a sua casa, depois de dois dias de viagem, esqueceu-se de um versículo. Ela só conseguiu se lembrar de doze; então, regressou do meio do caminho e voltou à aldeia onde estava o missionário para memorizar o versículo perdido e justificou: “A Palavra de Deus é muito preciosa para ficar perdida no meio do caminho”.
Somente através da fiel pregação poderemos ver e experimentar um real crescimento na igreja. Que Deus nos ajude a sermos mais zelosos para com a Sua Palavra. Deus o abençoe!

Marcadores: Devocionais, Ministério Pastoral, Rick Warren

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Receita para uma igreja bem sucedida texto de Ricardo Gondim

Receita para uma igreja bem sucedida
Ricardo Gondim

Gabriel Andrada é jovem, seminarista, recém casado, e cheio de ideais. Evangélico desde o berço, diz que só se converteu de fato com 17 anos em um acampamento de carnaval. Desde a experiência de conversão, que o levou às lágrimas, participa de eventos evangelísticos de sua igreja. Agora se sente vocacionado para ser pastor. Ávido por ser “usado” por Deus, Gabriel matriculou-se em um pequeno instituto bíblico.

Gabriel me conheceu na internet e escreveu pedindo ajuda. Precisa que eu lhe ensine o “caminho das pedras” para começar uma igreja do zero. Pensei, pensei! Sem conhecê-lo, sem saber exatamente aonde o noviço quer chegar, resolvi correr o risco de responder. Disse que para uma igreja ser bem sucedida no Brasil são necessários a combinação de pelo menos dois, de quatro ingredientes.

1) Um pastor carismático. Que tenha traquejo para falar em público com desenvoltura. Que cante afinado, ou que pelo menos comece os hinos no tom certo. Que tenha boa memória para decorar versículos e saiba citá-los sem tomar fôlego. Que seja simpático e bem humorado no trato pessoal.

2) Um bom prédio em uma boa localização. Que a igreja seja em um lugar de fácil acesso. Que tenha bom estacionamento. Que seja confortável, preferivelmente com cadeiras acolchoadas, climatizado com ar condicionado. Que os banheiros limpos não cheirem a creolina.

3) Acesso à mídia. Que a nova igreja tenha programa de rádio ou de televisão. Mas que a programação ressalte as qualidades especiais do líder como o apóstolo escolhido de Deus para os últimos dias. Que repita sem parar que a igreja é especial, diferente de todas as outras. É bom que o locutor fale em línguas estranhas (glossolalia) e profetize sobre detalhes da vida dos crentes. Que crie uma aura de “poder” pentecostal e curiosidade nas pessoas de comparecerem aos cultos.

4) Teologia da Prosperidade. Que o pastor não tenha escrúpulo de prometer milagre à granel. Que a maior parte do culto seja gasto colhendo testemunhos de gente que enricou com as campanhas dos sete dias, com os jejuns da conquista, com as rosas santas, com os cultos dos Gideões, com as maratonas de oração. Quanto mais relatos, melhor.

Ressalto. Gabriel não precisa se valer de todos os pontos para se tornar o novo fenômeno gospel brasileiro. Entretanto, sem o quarto ingrediente, ele não vai a lugar nenhum. Basta que combine qualquer um com o último e seguramente se tornará um forte concorrente nos disputadíssimo mercado gospel.

Entretanto, como vai concorrer com expoentes bem consolidados, terá que trabalhar muito. Talvez precise fazer o programa de rádio ou de televisão na madrugada. No começo, para pagar o horário, terá que fazer merchandise de Ginka Biloba. Gabriel não deve ter receio de oferecer, por uma pequena oferta, lenço ungido, óleo sagrado ou água do rio Jordão. Se necessário, pode até vender cadernos escolares com a capa espiritual; tipo, um rapaz surfando e uma frase ao lado: “Cristo é ‘sur-ficiente’ para mim”.

Não sei se Gabriel entenderá a minha ironia. Caso leve os meus conselhos a sério, logo teremos uma nova igreja de nome bizarro. Contudo, quando estiver nos píncaros da glória, todos saberão que a trajetória de Gabriel Andrada não foi tão espiritual quanto se poderia supor. “Há algo de podre no reino da Dinamarca” – Shakespeare.

Soli Deo Gloria.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pregação ou Palavrão?

Por: Pr. Carlos Roberto Silva

Temos presenciado através de mensagens pregadas no púlpito, e até mesmo em programas de televisão, internet e outros veículos de comunicação, um festival de palavras que denigrem o púlpito e a pregação do evangelho.

Sei perfeitamente, que cada ser humano tem o seu próprio temperamento, no entanto, é de bom alvitre que cada um que esteja imbuído de uma função pública, ou que tenha que se comunicar com o público em geral, que se contenha e procure ter domínio e equilíbrio em seu temperamento, de tal maneira que não ofenda aqueles aos quais se dirige.

Creio que isso vale para qualquer um, mas tal exigência, em especial se torna sagrada, principalmente quando estamos no cumprimento da nobre função de mensageiro do Eterno, de pregadores do evangelho, de anunciadores das boas novas.

Qualquer ser pensante entende o que é um púlpito, senão consultemos o dicionário:

1 - Tribuna, na igreja, da qual o sacerdote prega aos fiéis. 2 - fig A eloqüência sagrada; o conjunto dos pregadores.

Nos tempos de Neemias, temos o primeiro relato de púlpito como nos dias atuais:

E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele, à sua mão direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua mão esquerda, Pedaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão - Neemias 8: 4

Analisando com cuidado, veremos que no capítulo 8 de Neemias, há registro para tudo:

Do posicionamento do pregador e do povo, - Neemias 8: 5

Da atitude dos ouvintes, da liturgia: leitura, declaração, explicação e entendimento. - Neemias 8: 8

Resultado: Louvor genuíno ao Eterno, sem manipulação, ou seja, naturalmente! - Neemias 8: 6

Vejamos o que o apóstolo Paulo orientou a Tito:

Em tudo te dá, por exemplo de boas obras, na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós. Tito 2: 8

Tiago também deixa claro que, aqueles que possuem mais sabedoria, e agora digo eu, que se esmeram em ensinar, que o façam com mansidão, senão vejamos:

Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Tiago 3: 13

Em que pese ser pentecostal, e considerar perfeitamente que um pregador pentecostal nem sempre consegue, por questão cultural, observar todas as normas da homilética, isso não nos dá o direito de extrapolar em gritarias que em nada resolvem e o pior de tudo, introduzir essa malfadada moda de palavreado chulo em nosso meio.

Para refrescar a minha própria memória e a de meus leitores, reproduzo aqui, o que diz o dicionário acerca da homilética:

1 - Eloqüência de cátedra. 2 - Ramo da Teologia prática que trata da composição e do pronunciamento de sermões e homilias; arte de pregar.

Ainda que não seja a intenção do pregador, é bom que fique bem claro, que atitudes assim, demonstram a banalização do sagrado, a falta de respeito para com a igreja, a qual é composta de homens, mulheres, jovens e crianças, os quais não podem copiar esse mau exemplo, principalmente procedente do púlpito, lugar sagrado de onde se espera ouvir a voz de Deus.

Vejamos o que diz o dicionário sôbre palavras chulas:

Chulo - 1 - Baixo, grosseiro, rústico. 2 - Diz-se de termos de calão, impróprios da linguagem educada.

Já é demais para a nossa geração, ter que conviver com a falta de sermões expositivos, baseados única e exclusivamente nas sagradas escrituras, conviver com mensagens de auto-ajuda, as quais mais caracterizam uma verdadeira lairbeirização da Igreja (sistema de Lair Ribeiro), e ainda ter que ouvir palavras chulas, perdoe-me, como: bandido, picareta, 171, safado, pilantra, ludibriador? etc...

O pior de tudo é que, tem gente que vai achando que isso é tão certo, que vai copiando e até piorando o cenário. Há poucos dias ouvi uma “pregação”, onde o dito “mensageiro”, no afã de atingir os seus objetivos, apelou até para citação de “peças íntimas” do vestuário masculino, e para piorar a situação, segundo a sua citação, não eram limpas. Vi irmãs idosas baixarem o rosto de vergonha e clamarem pela misericórdia do Altíssimo.

Onde vamos parar?

Que o Senhor nos ajude a sermos pregadores, mas antes de tudo cumpridores da sua Palavra.

Termino esta reflexão com o conselho do apóstolo Paulo Temóteo:

Ninguém despreze uma tua mocidade; mas se o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, fé na, na pureza. 1 Tm 4: 12

Pr. Carlos Roberto Silva

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Entre o Agradar e o Amar

Entre o Agradar e o amar
Agradar a todos... Eis uma coisa que a maioria das pessoas se esforça por fazer; queremos agradar os pais, os filhos, os irmãos da Igreja, o cônjuge, os colegas de trabalho, os vizinhos etc. e quando descobrimos que tal façanha é impossível, afinal já até existe um comum adágio popular que afirma que nem Jesus Cristo agradou a todos, nós então mudamos o alvo: passamos a querer agradar tantas pessoas quantas forem possíveis. Antes que o amigo leitor tire conclusões precipitadas, afirmamos que é nobre tentar agradar as pessoas e fazer com elas se sintam satisfeitas, isso faz um bem momentâneo para elas, ou em alguns casos até duradouro, e também para o nosso próprio ego, afinal um elogiosinho faz um bem considerável para a auto-estimai do individuo.
Nestas tentativas de agradar nos esbarramos muitas vezes no problema ético das atitudes, da prática do que é certo ou do errado, cometer coisas que desagradam ao Deus Santo, para massagear o próprio ego e serem considerados, são muitos os que escolhem atitudes erradas e pecaminosas para ficarem bem com as pessoas e se tornarem populares, encher igrejas, serem consagrados ao ministério ganhar um abraço do filho etc. só que quando apoiamos o errado, seja qual for o nosso fator motivante; geramos com isso um outro erro e conseqüências que podem ser desastrosas para nós mesmos e para as outras pessoas, a quem pretendíamos agradar.
Vejamos o caso do sacerdote Arão: este fato a Bíblia nos relata no livro de Êxodo entre os capítulos 24 e 32. O contexto nos conta que Moisés tinha subido ao monte para ouvir as orientações de Deus para a nação israelita, e com o passar do tempo o Povo de Israel foi ficando inquieto, e a inquietação trouxe o questionamento de fé, neste momento de questionamento e insegurança o povo precisava de um líder, mas um líder que possuísse por prioridade o certo, o agradar a Deus, e não as pessoas que ali estavam, até por que elas se sentiam desorientadas e não sabiam que atitudes tomar, e a primeira coisa a fazer foram pedir um deus para si. Arão sabia o que era o certo, afinal tinha acompanhado Moisés desde o inicio da luta pela libertação do povo, estando presente nos momentos mais cruciais desde o Egito até no presente momento, e por experiência conhecia o Deus verdadeiro; mas Arão sucumbiu, quis agradar o povo, e com suas próprias mãos construiu uma aberração em forma de um bezerro feito de ouro para que o povo pudesse adorar. Esta atitude trouxe de principio contentamento a todos, mais depois veio à terrível desgraça sobre o povo, aquela geração não pode entrar na Terra Prometida, salvo duas exceções: Josué e Calebe.
Arão quis agradar as pessoas, mas desagradou a Deus, e sua atitude repercutiu como exemplo a não ser seguido, ficou mais famoso pelo erro de ter feito o bezerro de ouro do que pela prática do sacerdócio; infelizmente muitos estão indo pelo mesmo caminho do erro de Arão; são conhecedores de Deus e da sua vontade, mas para agradar o povo, tem abandonado os rudimentos da doutrina de Cristo, e entregado o povo a pratica danosa do pecado; para se tornarem populares, para terem igrejas cheias, para possuírem agendas em grandes eventos, abrem as portas para o erro, se esquecendo que Deus ama os pecadores, mas detesta o pecado.
Deus não espera de nós que agrademos todo o povo, mas sim que possamos amá-los, e amar nem sempre é agradar. Um pai que ama seu filho não lhe presenteia com algo que possa lhe trazer dano, mesmo que o esperado presente agrade seu filho. Vamos amar o povo, pregando a verdade da palavra de Deus e encaminhando todas para uma comunhão santa que resultara na salvação da alma e na eternidade com Cristo. Conforme Paulo aconselha a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; pois fazendo isso, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” I Tm 4:16.


Pb. Sadrac Pereira
Licenciado em Filosofia. Bacharel e Mestre em Teologia, especialista em Gestão Escolar. Coordenador adjunto de ensino da A.D. em Colombo PR.

sábado, 4 de setembro de 2010

AMIZADE E VONTADE DE DEUS


AMIZADE E VONTADE DE DEUS

1. Quais as características de um bom amigo?
2. Na sua opinião, o cristão pode (deve) ter como melhor amigo uma pessoa descrente? Porque?
3. Até que ponto chega a amizade com pessoas que não conhecem a Deus?
4. Faça uma avaliação de seus relacionamentos de amizade. Até que ponto estão de acordo com os princípios bíblicos e dentro da vontade de Deus?
Michael W. Smith, em sua música "Amigos Para Sempre", descreve assim a amizade verdadeira:

"Ser amigos é para sempre, como eterno é nosso Deus
Como amigos nós diremos, até breve, não adeus
Eu agora vou partir, sob a mão do Pai seguir
E, amigo, nada vai nos separar"
 Vamos tentar descobrir, com a ajuda de Provérbios, como podemos checar relacionamentos de amizade profundos, maduros e sinceros.

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM AMIGO
Existe um provérbio popular que diz: Diga-me com quem andas, e eu te direi quem és! O Livro de Provérbios diz: "O justo serve de guia para o seu companheiro, mas o caminho dos perversos os faz errar... Quem anda com sábios, será sábio, mas o companheiros dos insensatos, se tornará mau", Pv 13.26; 12.20. O bom "amigo" constrói o caráter do seu companheiro; o "amigo" perverso o corrompe.

VEJAMOS TRÊS CARACTERÍSTICAS DO BOM AMIGO, DESCRITAS NO LIVRO DE PROVÉRBIOS:
1. O bom amigo provoca melhoras no seu caráter.
2. O bom amigo dá conselhos sadios.
3. O bom amigo é fiel em todas as circunstâncias.

Cabem aqui algumas perguntas difíceis: Será que sou um bom amigo? Eu tenho amigos de verdade? Estou influenciando positivamente os outros ao meu redor?

EXEMPLOS DE AMIZADES VERDADEIRAS E CONSTANTES DESCRITAS NA BÍBLIA:
1. 1 Sm 18.1; 20.17; 20.41; 2 Sm 1.26.
2. Rt 1.16.
3. 2 Rs 2.2.

RELACIONAMENTOS COM NÃO CRENTES
O que você acha? Um crente pode ter grande relacionamento de amizade com um não crente? Pode vir alguma coisa boa desse tipo de relacionamento? Penso que primeiro para começarmos a responder a essas perguntas é descobrir:

"QUEM ESTÁ INFLUENCIANDO QUEM?"
Êx 1; Jz 13-16; Êx 2; Mt 11.19
Acho que podemos chegar a algumas conclusões sobre a vontade de Deus para nossa vida com relação às nossas amizades:
Lembre-se sempre: Deus quer a nossa comunhão, Sl 133.1 e que andemos sempre em unidade, Ef 4.13; 1 Co 1.10 e em amor, 1 Jo 4.7-7.
Para você refletir:
1. Estou influenciando positivamente os outros ao meu redor?
2. Existem relacionamentos quebrados que precisam ser concertados?
Amizade bíblica não é brincadeira. A vontade de Deus é clara - somente relacionamentos puros e compromissados se enquadram na definição de amizade verdadeira. Que Deus nos dê relacionamentos profundos, alicerçados na Palavra, caracterizados na definição bíblica de amizade: "Ser amigos para sempre", "Em todo tempo ama o amigo e na angústia nasce o irmão", Pv 17.17.

Bibliografia
1. Revista UNIJOVEM - 2º TM/97 - JUMOC - Para quem decidiu pegar firme - Guia do Discipulado - Pr. David J. Merkh.
1. Amizade - Aproveitando-as ao Máximo Série: Você e Seus Conflitos - Bill Jones - JUMOC.