Por: Pr. Carlos Roberto Silva
Temos presenciado através de mensagens pregadas no púlpito, e até mesmo em programas de televisão, internet e outros veículos de comunicação, um festival de palavras que denigrem o púlpito e a pregação do evangelho.
Sei perfeitamente, que cada ser humano tem o seu próprio temperamento, no entanto, é de bom alvitre que cada um que esteja imbuído de uma função pública, ou que tenha que se comunicar com o público em geral, que se contenha e procure ter domínio e equilíbrio em seu temperamento, de tal maneira que não ofenda aqueles aos quais se dirige.
Creio que isso vale para qualquer um, mas tal exigência, em especial se torna sagrada, principalmente quando estamos no cumprimento da nobre função de mensageiro do Eterno, de pregadores do evangelho, de anunciadores das boas novas.
Qualquer ser pensante entende o que é um púlpito, senão consultemos o dicionário:
1 - Tribuna, na igreja, da qual o sacerdote prega aos fiéis. 2 - fig A eloqüência sagrada; o conjunto dos pregadores.
Nos tempos de Neemias, temos o primeiro relato de púlpito como nos dias atuais:
E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele, à sua mão direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua mão esquerda, Pedaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão - Neemias 8: 4
Analisando com cuidado, veremos que no capítulo 8 de Neemias, há registro para tudo:
Do posicionamento do pregador e do povo, - Neemias 8: 5
Da atitude dos ouvintes, da liturgia: leitura, declaração, explicação e entendimento. - Neemias 8: 8
Resultado: Louvor genuíno ao Eterno, sem manipulação, ou seja, naturalmente! - Neemias 8: 6
Vejamos o que o apóstolo Paulo orientou a Tito:
Em tudo te dá, por exemplo de boas obras, na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós. Tito 2: 8
Tiago também deixa claro que, aqueles que possuem mais sabedoria, e agora digo eu, que se esmeram em ensinar, que o façam com mansidão, senão vejamos:
Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Tiago 3: 13
Em que pese ser pentecostal, e considerar perfeitamente que um pregador pentecostal nem sempre consegue, por questão cultural, observar todas as normas da homilética, isso não nos dá o direito de extrapolar em gritarias que em nada resolvem e o pior de tudo, introduzir essa malfadada moda de palavreado chulo em nosso meio.
Para refrescar a minha própria memória e a de meus leitores, reproduzo aqui, o que diz o dicionário acerca da homilética:
1 - Eloqüência de cátedra. 2 - Ramo da Teologia prática que trata da composição e do pronunciamento de sermões e homilias; arte de pregar.
Ainda que não seja a intenção do pregador, é bom que fique bem claro, que atitudes assim, demonstram a banalização do sagrado, a falta de respeito para com a igreja, a qual é composta de homens, mulheres, jovens e crianças, os quais não podem copiar esse mau exemplo, principalmente procedente do púlpito, lugar sagrado de onde se espera ouvir a voz de Deus.
Vejamos o que diz o dicionário sôbre palavras chulas:
Chulo - 1 - Baixo, grosseiro, rústico. 2 - Diz-se de termos de calão, impróprios da linguagem educada.
Já é demais para a nossa geração, ter que conviver com a falta de sermões expositivos, baseados única e exclusivamente nas sagradas escrituras, conviver com mensagens de auto-ajuda, as quais mais caracterizam uma verdadeira lairbeirização da Igreja (sistema de Lair Ribeiro), e ainda ter que ouvir palavras chulas, perdoe-me, como: bandido, picareta, 171, safado, pilantra, ludibriador? etc...
O pior de tudo é que, tem gente que vai achando que isso é tão certo, que vai copiando e até piorando o cenário. Há poucos dias ouvi uma “pregação”, onde o dito “mensageiro”, no afã de atingir os seus objetivos, apelou até para citação de “peças íntimas” do vestuário masculino, e para piorar a situação, segundo a sua citação, não eram limpas. Vi irmãs idosas baixarem o rosto de vergonha e clamarem pela misericórdia do Altíssimo.
Onde vamos parar?
Que o Senhor nos ajude a sermos pregadores, mas antes de tudo cumpridores da sua Palavra.
Termino esta reflexão com o conselho do apóstolo Paulo Temóteo:
Ninguém despreze uma tua mocidade; mas se o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, fé na, na pureza. 1 Tm 4: 12
Pr. Carlos Roberto Silva
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Entre o Agradar e o Amar
Entre o Agradar e o amar
Agradar a todos... Eis uma coisa que a maioria das pessoas se esforça por fazer; queremos agradar os pais, os filhos, os irmãos da Igreja, o cônjuge, os colegas de trabalho, os vizinhos etc. e quando descobrimos que tal façanha é impossível, afinal já até existe um comum adágio popular que afirma que nem Jesus Cristo agradou a todos, nós então mudamos o alvo: passamos a querer agradar tantas pessoas quantas forem possíveis. Antes que o amigo leitor tire conclusões precipitadas, afirmamos que é nobre tentar agradar as pessoas e fazer com elas se sintam satisfeitas, isso faz um bem momentâneo para elas, ou em alguns casos até duradouro, e também para o nosso próprio ego, afinal um elogiosinho faz um bem considerável para a auto-estimai do individuo.
Nestas tentativas de agradar nos esbarramos muitas vezes no problema ético das atitudes, da prática do que é certo ou do errado, cometer coisas que desagradam ao Deus Santo, para massagear o próprio ego e serem considerados, são muitos os que escolhem atitudes erradas e pecaminosas para ficarem bem com as pessoas e se tornarem populares, encher igrejas, serem consagrados ao ministério ganhar um abraço do filho etc. só que quando apoiamos o errado, seja qual for o nosso fator motivante; geramos com isso um outro erro e conseqüências que podem ser desastrosas para nós mesmos e para as outras pessoas, a quem pretendíamos agradar.
Vejamos o caso do sacerdote Arão: este fato a Bíblia nos relata no livro de Êxodo entre os capítulos 24 e 32. O contexto nos conta que Moisés tinha subido ao monte para ouvir as orientações de Deus para a nação israelita, e com o passar do tempo o Povo de Israel foi ficando inquieto, e a inquietação trouxe o questionamento de fé, neste momento de questionamento e insegurança o povo precisava de um líder, mas um líder que possuísse por prioridade o certo, o agradar a Deus, e não as pessoas que ali estavam, até por que elas se sentiam desorientadas e não sabiam que atitudes tomar, e a primeira coisa a fazer foram pedir um deus para si. Arão sabia o que era o certo, afinal tinha acompanhado Moisés desde o inicio da luta pela libertação do povo, estando presente nos momentos mais cruciais desde o Egito até no presente momento, e por experiência conhecia o Deus verdadeiro; mas Arão sucumbiu, quis agradar o povo, e com suas próprias mãos construiu uma aberração em forma de um bezerro feito de ouro para que o povo pudesse adorar. Esta atitude trouxe de principio contentamento a todos, mais depois veio à terrível desgraça sobre o povo, aquela geração não pode entrar na Terra Prometida, salvo duas exceções: Josué e Calebe.
Arão quis agradar as pessoas, mas desagradou a Deus, e sua atitude repercutiu como exemplo a não ser seguido, ficou mais famoso pelo erro de ter feito o bezerro de ouro do que pela prática do sacerdócio; infelizmente muitos estão indo pelo mesmo caminho do erro de Arão; são conhecedores de Deus e da sua vontade, mas para agradar o povo, tem abandonado os rudimentos da doutrina de Cristo, e entregado o povo a pratica danosa do pecado; para se tornarem populares, para terem igrejas cheias, para possuírem agendas em grandes eventos, abrem as portas para o erro, se esquecendo que Deus ama os pecadores, mas detesta o pecado.
Deus não espera de nós que agrademos todo o povo, mas sim que possamos amá-los, e amar nem sempre é agradar. Um pai que ama seu filho não lhe presenteia com algo que possa lhe trazer dano, mesmo que o esperado presente agrade seu filho. Vamos amar o povo, pregando a verdade da palavra de Deus e encaminhando todas para uma comunhão santa que resultara na salvação da alma e na eternidade com Cristo. Conforme Paulo aconselha a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; pois fazendo isso, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” I Tm 4:16.
Pb. Sadrac Pereira
Licenciado em Filosofia. Bacharel e Mestre em Teologia, especialista em Gestão Escolar. Coordenador adjunto de ensino da A.D. em Colombo PR.
Agradar a todos... Eis uma coisa que a maioria das pessoas se esforça por fazer; queremos agradar os pais, os filhos, os irmãos da Igreja, o cônjuge, os colegas de trabalho, os vizinhos etc. e quando descobrimos que tal façanha é impossível, afinal já até existe um comum adágio popular que afirma que nem Jesus Cristo agradou a todos, nós então mudamos o alvo: passamos a querer agradar tantas pessoas quantas forem possíveis. Antes que o amigo leitor tire conclusões precipitadas, afirmamos que é nobre tentar agradar as pessoas e fazer com elas se sintam satisfeitas, isso faz um bem momentâneo para elas, ou em alguns casos até duradouro, e também para o nosso próprio ego, afinal um elogiosinho faz um bem considerável para a auto-estimai do individuo.
Nestas tentativas de agradar nos esbarramos muitas vezes no problema ético das atitudes, da prática do que é certo ou do errado, cometer coisas que desagradam ao Deus Santo, para massagear o próprio ego e serem considerados, são muitos os que escolhem atitudes erradas e pecaminosas para ficarem bem com as pessoas e se tornarem populares, encher igrejas, serem consagrados ao ministério ganhar um abraço do filho etc. só que quando apoiamos o errado, seja qual for o nosso fator motivante; geramos com isso um outro erro e conseqüências que podem ser desastrosas para nós mesmos e para as outras pessoas, a quem pretendíamos agradar.
Vejamos o caso do sacerdote Arão: este fato a Bíblia nos relata no livro de Êxodo entre os capítulos 24 e 32. O contexto nos conta que Moisés tinha subido ao monte para ouvir as orientações de Deus para a nação israelita, e com o passar do tempo o Povo de Israel foi ficando inquieto, e a inquietação trouxe o questionamento de fé, neste momento de questionamento e insegurança o povo precisava de um líder, mas um líder que possuísse por prioridade o certo, o agradar a Deus, e não as pessoas que ali estavam, até por que elas se sentiam desorientadas e não sabiam que atitudes tomar, e a primeira coisa a fazer foram pedir um deus para si. Arão sabia o que era o certo, afinal tinha acompanhado Moisés desde o inicio da luta pela libertação do povo, estando presente nos momentos mais cruciais desde o Egito até no presente momento, e por experiência conhecia o Deus verdadeiro; mas Arão sucumbiu, quis agradar o povo, e com suas próprias mãos construiu uma aberração em forma de um bezerro feito de ouro para que o povo pudesse adorar. Esta atitude trouxe de principio contentamento a todos, mais depois veio à terrível desgraça sobre o povo, aquela geração não pode entrar na Terra Prometida, salvo duas exceções: Josué e Calebe.
Arão quis agradar as pessoas, mas desagradou a Deus, e sua atitude repercutiu como exemplo a não ser seguido, ficou mais famoso pelo erro de ter feito o bezerro de ouro do que pela prática do sacerdócio; infelizmente muitos estão indo pelo mesmo caminho do erro de Arão; são conhecedores de Deus e da sua vontade, mas para agradar o povo, tem abandonado os rudimentos da doutrina de Cristo, e entregado o povo a pratica danosa do pecado; para se tornarem populares, para terem igrejas cheias, para possuírem agendas em grandes eventos, abrem as portas para o erro, se esquecendo que Deus ama os pecadores, mas detesta o pecado.
Deus não espera de nós que agrademos todo o povo, mas sim que possamos amá-los, e amar nem sempre é agradar. Um pai que ama seu filho não lhe presenteia com algo que possa lhe trazer dano, mesmo que o esperado presente agrade seu filho. Vamos amar o povo, pregando a verdade da palavra de Deus e encaminhando todas para uma comunhão santa que resultara na salvação da alma e na eternidade com Cristo. Conforme Paulo aconselha a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; pois fazendo isso, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” I Tm 4:16.
Pb. Sadrac Pereira
Licenciado em Filosofia. Bacharel e Mestre em Teologia, especialista em Gestão Escolar. Coordenador adjunto de ensino da A.D. em Colombo PR.
sábado, 4 de setembro de 2010
AMIZADE E VONTADE DE DEUS
AMIZADE E VONTADE DE DEUS
1. Quais as características de um bom amigo?
2. Na sua opinião, o cristão pode (deve) ter como melhor amigo uma pessoa descrente? Porque?
3. Até que ponto chega a amizade com pessoas que não conhecem a Deus?
4. Faça uma avaliação de seus relacionamentos de amizade. Até que ponto estão de acordo com os princípios bíblicos e dentro da vontade de Deus?
Michael W. Smith, em sua música "Amigos Para Sempre", descreve assim a amizade verdadeira:
"Ser amigos é para sempre, como eterno é nosso Deus
Como amigos nós diremos, até breve, não adeus
Eu agora vou partir, sob a mão do Pai seguir
E, amigo, nada vai nos separar"
Vamos tentar descobrir, com a ajuda de Provérbios, como podemos checar relacionamentos de amizade profundos, maduros e sinceros.
CARACTERÍSTICAS DE UM BOM AMIGO
Existe um provérbio popular que diz: Diga-me com quem andas, e eu te direi quem és! O Livro de Provérbios diz: "O justo serve de guia para o seu companheiro, mas o caminho dos perversos os faz errar... Quem anda com sábios, será sábio, mas o companheiros dos insensatos, se tornará mau", Pv 13.26; 12.20. O bom "amigo" constrói o caráter do seu companheiro; o "amigo" perverso o corrompe.
VEJAMOS TRÊS CARACTERÍSTICAS DO BOM AMIGO, DESCRITAS NO LIVRO DE PROVÉRBIOS:
1. O bom amigo provoca melhoras no seu caráter.
2. O bom amigo dá conselhos sadios.
3. O bom amigo é fiel em todas as circunstâncias.
Cabem aqui algumas perguntas difíceis: Será que sou um bom amigo? Eu tenho amigos de verdade? Estou influenciando positivamente os outros ao meu redor?
EXEMPLOS DE AMIZADES VERDADEIRAS E CONSTANTES DESCRITAS NA BÍBLIA:
1. 1 Sm 18.1; 20.17; 20.41; 2 Sm 1.26.
2. Rt 1.16.
3. 2 Rs 2.2.
RELACIONAMENTOS COM NÃO CRENTES
O que você acha? Um crente pode ter grande relacionamento de amizade com um não crente? Pode vir alguma coisa boa desse tipo de relacionamento? Penso que primeiro para começarmos a responder a essas perguntas é descobrir:
"QUEM ESTÁ INFLUENCIANDO QUEM?"
Êx 1; Jz 13-16; Êx 2; Mt 11.19
Acho que podemos chegar a algumas conclusões sobre a vontade de Deus para nossa vida com relação às nossas amizades:
Lembre-se sempre: Deus quer a nossa comunhão, Sl 133.1 e que andemos sempre em unidade, Ef 4.13; 1 Co 1.10 e em amor, 1 Jo 4.7-7.
Para você refletir:
1. Estou influenciando positivamente os outros ao meu redor?
2. Existem relacionamentos quebrados que precisam ser concertados?
Amizade bíblica não é brincadeira. A vontade de Deus é clara - somente relacionamentos puros e compromissados se enquadram na definição de amizade verdadeira. Que Deus nos dê relacionamentos profundos, alicerçados na Palavra, caracterizados na definição bíblica de amizade: "Ser amigos para sempre", "Em todo tempo ama o amigo e na angústia nasce o irmão", Pv 17.17.
Bibliografia
1. Revista UNIJOVEM - 2º TM/97 - JUMOC - Para quem decidiu pegar firme - Guia do Discipulado - Pr. David J. Merkh.
1. Amizade - Aproveitando-as ao Máximo Série: Você e Seus Conflitos - Bill Jones - JUMOC.
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