segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Entre o Agradar e o Amar

Entre o Agradar e o amar
Agradar a todos... Eis uma coisa que a maioria das pessoas se esforça por fazer; queremos agradar os pais, os filhos, os irmãos da Igreja, o cônjuge, os colegas de trabalho, os vizinhos etc. e quando descobrimos que tal façanha é impossível, afinal já até existe um comum adágio popular que afirma que nem Jesus Cristo agradou a todos, nós então mudamos o alvo: passamos a querer agradar tantas pessoas quantas forem possíveis. Antes que o amigo leitor tire conclusões precipitadas, afirmamos que é nobre tentar agradar as pessoas e fazer com elas se sintam satisfeitas, isso faz um bem momentâneo para elas, ou em alguns casos até duradouro, e também para o nosso próprio ego, afinal um elogiosinho faz um bem considerável para a auto-estimai do individuo.
Nestas tentativas de agradar nos esbarramos muitas vezes no problema ético das atitudes, da prática do que é certo ou do errado, cometer coisas que desagradam ao Deus Santo, para massagear o próprio ego e serem considerados, são muitos os que escolhem atitudes erradas e pecaminosas para ficarem bem com as pessoas e se tornarem populares, encher igrejas, serem consagrados ao ministério ganhar um abraço do filho etc. só que quando apoiamos o errado, seja qual for o nosso fator motivante; geramos com isso um outro erro e conseqüências que podem ser desastrosas para nós mesmos e para as outras pessoas, a quem pretendíamos agradar.
Vejamos o caso do sacerdote Arão: este fato a Bíblia nos relata no livro de Êxodo entre os capítulos 24 e 32. O contexto nos conta que Moisés tinha subido ao monte para ouvir as orientações de Deus para a nação israelita, e com o passar do tempo o Povo de Israel foi ficando inquieto, e a inquietação trouxe o questionamento de fé, neste momento de questionamento e insegurança o povo precisava de um líder, mas um líder que possuísse por prioridade o certo, o agradar a Deus, e não as pessoas que ali estavam, até por que elas se sentiam desorientadas e não sabiam que atitudes tomar, e a primeira coisa a fazer foram pedir um deus para si. Arão sabia o que era o certo, afinal tinha acompanhado Moisés desde o inicio da luta pela libertação do povo, estando presente nos momentos mais cruciais desde o Egito até no presente momento, e por experiência conhecia o Deus verdadeiro; mas Arão sucumbiu, quis agradar o povo, e com suas próprias mãos construiu uma aberração em forma de um bezerro feito de ouro para que o povo pudesse adorar. Esta atitude trouxe de principio contentamento a todos, mais depois veio à terrível desgraça sobre o povo, aquela geração não pode entrar na Terra Prometida, salvo duas exceções: Josué e Calebe.
Arão quis agradar as pessoas, mas desagradou a Deus, e sua atitude repercutiu como exemplo a não ser seguido, ficou mais famoso pelo erro de ter feito o bezerro de ouro do que pela prática do sacerdócio; infelizmente muitos estão indo pelo mesmo caminho do erro de Arão; são conhecedores de Deus e da sua vontade, mas para agradar o povo, tem abandonado os rudimentos da doutrina de Cristo, e entregado o povo a pratica danosa do pecado; para se tornarem populares, para terem igrejas cheias, para possuírem agendas em grandes eventos, abrem as portas para o erro, se esquecendo que Deus ama os pecadores, mas detesta o pecado.
Deus não espera de nós que agrademos todo o povo, mas sim que possamos amá-los, e amar nem sempre é agradar. Um pai que ama seu filho não lhe presenteia com algo que possa lhe trazer dano, mesmo que o esperado presente agrade seu filho. Vamos amar o povo, pregando a verdade da palavra de Deus e encaminhando todas para uma comunhão santa que resultara na salvação da alma e na eternidade com Cristo. Conforme Paulo aconselha a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; pois fazendo isso, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” I Tm 4:16.


Pb. Sadrac Pereira
Licenciado em Filosofia. Bacharel e Mestre em Teologia, especialista em Gestão Escolar. Coordenador adjunto de ensino da A.D. em Colombo PR.

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