domingo, 10 de novembro de 2013

O PECADO DA CONIVÊNCIA

O PECADO DA CONIVÊNCIA Vivemos na era chamada de pós moderna. Nosso cotidiano está marcado pelo afastamento constante de Deus e seus mandamentos, tendo como propulsor principal o mesmo ato que afastou o primeiro homem do jardim do Éden, o PECADO. Além de menosprezarmos o próprio Senhor da Criação, e nos "divinizarmos", homens contemporâneos, em nossa tola arrogância, nos achamos no direito de dizer o que é certo e errado. Disto resulta a falta de parâmetros e referências morais, levando nosso mundo ao relativismo, construindo impérios de imoralidades e perversões, escondendo as vestes maculadas com capas de virtude e santidade, fabricando emoções de púlpito como sustentáculo de autoafirmação, escapando da sobriedade requerida em 1Pedro (1Pe_1:13-16). Ministérios crescem desordenadamente em nossos dias, professando uma fé falha, fundamentadas sim nas escrituras, porém falhas, que ocultam e omitem a verdade. Alguns 50%, outros 20%, e no meu ponto de vista as mais nocivas são as que omitem 0,1%. Nocivas, pois omitem verdades que certamente passam despercebidas pela grande maioria, mas que podem arruinar completamente os planos de Deus, pois sabemos que um grão de fermento pode levedar toda a massa (Gl_5: 9). Temos sido indulgentes, coniventes com situações e realidades que antes eram tidas como inaceitáveis. E por que isso ocorre? Isso ocorre porque a forma de pensar contemporânea exige que o homem seja tolerante com tudo e todos a sua volta, sacrificando até mesmo os princípios bíblicos absolutos do certo e errado. Em outras palavras: Estamos aos poucos nos conformando com este mundo! Precisamos estar atentos, pois Deus não muda. Assim como Ele não aceitou e não deixou o pecado impune no principio (Gn_3: 11), por certo que Deus não aceita as condutas permissivistas humanas nos dias atuais. Entendo que tal conivência nasce de nossa natureza pecaminosa, herdada de Adão, que o fez rejeitar o bem e aceitar o mal quando atinge a consciência. Contudo, Deus irá mostrar sua ira ao povo que insiste em desobedecer-Lhe. (Ap_6) Se o pecado nasce dentro de cada indivíduo, cada indivíduo deve exteriorizar seus pecados, na forma de confissão, mediante a fé em Cristo Jesus, o qual convence e conduz ao arrependimento genuíno (Mc_1: 15).Não é por outro motivo que o escritor aos hebreus nos diz que "sem a santificação ninguém verá a Deus". O antídoto contra a conivência, o remédio contra a permissividade com o pecado, sem dúvida, é a santificação. Ou seja, uma vida de contínua e progressiva separação do pecado. Outra verdade que precisa ser examinada é quanto ao AVIVAMENTO. Certamente a conivência com, e o próprio ato pecaminoso cria um obstáculo para nossos dias em que há a dispensação da graça. É preciso falar da necessidade de viver separado do pecado, pecado este que nada tem que ver com costumes, tradições ou hábitos, mas que é o cumprimento da Palavra de Deus. A permissividade traz a fragilização da família, das igrejas e da sociedade como um todo e nós, que deveríamos ser luz do mundo e sal da terra, acabamos influenciados pelo mundo pecaminoso, não mais brilhando, e deixando que as trevas dominem, inclusive em nossas reuniões de adoração, bem como perdendo o sabor espiritual, tornando-se cada vez mais insípidos. O pecado existente em cada indivíduo, portanto, numa velocidade espantosa, como um vírus, infecta toda a humanidade, gerando um quadro de corrupção generalizada. Aliás, o próprio Jesus nos adverte que os dias da sua vinda seriam semelhantes aos dias de Noé (Mt_24: 37; Lc_17: 36), dias que a Bíblia diz serem dias em que “… a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente…” (Gn_6: 5). O pecado domina o homem e, por causa disto, toda a organização social acaba sendo uma organização que permite e estimula o pecado e a sua prática. Dominada pelo pecado, a sociedade onde estamos, denominada de “MUNDO” pelas Escrituras, sempre criará circunstâncias que favorecem a prática da iniquidade. Ao longo dos séculos, temos visto como as estruturas criadas pelos homens na sociedade sempre estimulam e incentivam a prática do pecado, mas, nos dias em que vivemos, isto chegou a um nível nunca antes imaginado. Nestes últimos dias, há um verdadeiro ataque aos princípios da “MORAL CRISTÔ, ainda persistentes, sobretudo, no tratamento jurídico da família. Dissemina-se a prática do divórcio, ataca-se violentamente a instituição do casamento, com a legalização e aumento crescente das uniões sem casamento entre as pessoas, sem se falar na chamada “liberação sexual”, que deu guarida e conivência com todo o tipo de prática sexual condenada pelas Escrituras Sagradas e que foi até um dos significados que teve a palavra “permissividade”, com especial enfoque no homossexualismo. Esta permissividade no campo da família atingiu a sociedade como um todo, até porque a formação das gerações futuras ficará completamente comprometida, ante a instabilidade surgida com a multiplicidade de casamentos, com as uniões informais e com o aumento da promiscuidade sexual, que levou, inclusive, à legalização da prática do aborto em muitos países, agora sendo pauta no congresso nacional. A permissividade social é tanta que as igrejas são influenciadas pelo curso deste mundo (Ef_2: 2), até porque está no mundo, embora não sejamos do mundo (Jo_17: 11). Entretanto, a igreja é formada por salvos, que são luz do mundo e sal da terra (Mt_5: 13), devendo, pois, influenciar e não ser influenciad. A conivência é, portanto, a tolerância com o pecado, a permissividade com o pecado, o consentimento em pecar. Mas, o Apóstolo Pedro é bem categórico ao afirmar que devemos ser santos em toda a nossa maneira de viver. Somente pelo perdão e purificação dos nossos pecados, mediante o sacrifício de Cristo Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo_1: 29), nós podemos nos apresentar diante de Deus, libertos do pecado que então nos dominava (Jo_8: 36). A purificação pelo sangue de Cristo, que é contínua, a partir da nossa salvação (I Jo_1: 7), justifica-nos e passamos a ter paz com Deus (Rm_5: 1). Por isso, passamos a ter vestidos de justiça (Ap_7: 14), vestes estas que devem ser mantidas brancas até o fim (Ap_3: 4,5). REFERÊNCIAS DANIEL, Silas. A Sedução das Novas Teologias. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio: o Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. KREEFT, Peter e TACELLI, Ronald K. Manual de Defesa da Fé: Apologética Cristã. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2008. MACARTHUR, John. A Guerra pela Verdade: lutando por certeza numa época de engano. São Paulo: Fiel, 2008. RENOVATO, Elinaldo. Perigos da Pós-modernidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

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